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Hemofilia e COVID-19: O que é preciso saber?


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A doença não é fator de risco para o novo coronavírus, porém, se infectado, o paciente e os médicos devem tomar alguns cuidados

Algumas doenças pré-existentes são consideradas fatores de risco para o novo coronavírus. A hemofilia, embora exija alguns cuidados, não está entre elas, pois pacientes de hemofilia têm um sistema imunológico competente para defesa contra o novo coronavírus. No Brasil, existem cerca de 13 mil pacientes com hemofilia A (decorrente da falta do Fator VIII da coagulação e é a mais comum) e B (decorrente da falta do Fator IX da coagulação e menos frequente) cadastrados pelo Ministério da Saúde. O país é a quarta maior população mundial de pacientes com a doença, que atinge em sua maioria pessoas do sexo masculino, conforme dados do World Federation of Hemophilia.

Mas, se um portador de hemofilia tem o mesmo risco de contágio que um adulto saudável, quais cuidados diferenciados devem ter esses pacientes diante da COVID-19?

– Em primeiro lugar, os pacientes com hemofilia e seus familiares não devem interromper a rotina de idas aos hemocentros para retirada de insumos, evitando comprometer o tratamento;

– É importante observar que não há evidência científica de que crises de tosse – um dos sintomas de COVID-19 – possam provocar hemorragia;

– É fundamental que a equipe de saúde que está tratando do novo coronavírus esteja ciente de que aquele paciente possui hemofilia ou outro distúrbio na coagulação, principalmente caso precise de internação. Deve-se fornecer os contatos com o centro tratador da doença do paciente para esclarecimento de dúvidas sobre o histórico do paciente e decidir a melhor conduta terapêutica entre os profissionais de saúde;

– Não há contra-indicação para as pessoas com hemofilia fazerem exames para detecção da COVID-19, porém para testes e procedimentos mais invasivos é recomendada a administração de dose adicional de reposição de fator VIII para evitar sangramentos, prática já comum em hospitalizações desses pacientes por outras causas que não a COVID-19;

– Conforme a progressão da infecção, os pacientes com COVID-19 grave, com ou sem hemofilia, podem desenvolver uma coagulopatia chamada Coagulação Intravascular Disseminada (CID ou CIVD), apresentando alterações em seus exames laboratoriais que avaliam a coagulação.

– É importante observar que não há evidência de transmissão de COVID-19 pelo sangue. Então, não há risco de contágio pelo concentrado de fator plasmático usado na reposição de fator. Vale lembrar que o concentrado de fator plasmático recebe um preparo antes criterioso que garante sua segurança antes de chegar aos pacientes. A COVID-19 é transmitida pelo toque do aperto de mão contaminadas, por gotículas de saliva, espirro, tosse, catarro e objetos e superfícies contaminadas;

No mais, valem as tais regras de ouro para se proteger, indicadas para todos. Higienização das mãos, uso de máscara ao sair e se tiver alguém doente em casa, distanciamento social o maior tempo possível e usar o antebraço para espirrar ou tossir. E é preciso ficar atento a sintomas como febre, tosse, coriza, dificuldade para respirar, perda de olfato, cansaço e alteração de paladar.

Fontes: ASSESSORIA
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