Conectado por

Municípios

Guerra na Ucrânia: ‘Ouvi uma bomba, não consegui acreditar que estava passando por isso’, diz paraense sobre ataque russo


Compartilhe:

Publicado por

em

Em fuga para a região da Romênia acompanhada de um amigo, a paraense Cristiane Barros Nedashkovskaya, de 30 anos, relembra os momentos de pânico ao acordar com barulhos de bomba quando a Rússia iniciou os ataques contra a Ucrânia.

P U B L I C I D A D E

“Eu ouvi o barulho de uma bomba. Foi um momento em que não consegui acreditar que estava passando por isso”, afirma.

 

Casada com um ucraniano, Cristiane precisou deixar a capital sem o companheiro. Com uma mochila e alguns itens, deixou para trás também os papagaios de estimação. Ela segue de carro acompanhada do amigo brasileiro Gabriel Costa para o país vizinho, como relatou em entrevista ao programaMais Vocêdesta sexta-feira (24).

“Nas fronteira, todo ucrânio de 18 a 60 anos está proibido de deixar o país. Então, estão ocorrendo revistas em todos os veículos, cargas e bagagens. Estamos com toda documentação que possam pedir: carteira de vacinação, passaporte em dia, permissões de residência na Ucrânia’, relata a paraense que tenta deixar a Ucrânia.

 

Por redes sociais, ela tenta fazer postagens quando possível, informando familiares e conhecidos sobre como estão: ”Continuamos em segurança, estamos nos afastando da área de conflito”, relatou por volta das 12h40 horário local, início da manhã no Brasil.

 

Segundo ela, o abastecimento dos carros está restrito, por conta da grande procura de moradores tentando deixar o país. “Está restrito a abastecimento com 20 litros de gás por carro. Bom que eles acabam pensando no coletivo. Estamos bem, estamos com suprimentos no carro, conseguimos trocar dólar”, detalha.

No caminho, encontraram centenas de pessoas em seus veículos com o mesmo objetivo: fugir da guerra.

“Embora a gente tenha pegado uma rota alternativa, o fluxo está intenso, muita gente tentando deixar o país por todo lado”, conta.

 

Os dois amigos querem chegar na região próxima à Romênia antes do toque de recolher, que há à noite. “A gente pode sofrer algum ataque na estrada, ou ser abordados por militares, enfim, e causar algum tipo de problema pra gente nesta jornada até a Romênia”, relata.

Paraense é casada com ucraniano e mora em Kiev — Foto: Redes sociais/Reprodução

Paraense é casada com ucraniano e mora em Kiev — Foto: Redes sociais/Reprodução

‘A gente não esperava, ainda mais enquanto todos dormiam”

 

Eles contam que não deixaram o país antes, pois a tensão entre Rússia e Ucrânia era antiga e os próprios moradores nativos não acreditam que haveria, de fato, uma guerra.

“Tenho muito contato com os locais e eles não acreditam que a situação ia chegar a esse ponto A gente não esperava que a Rússia iria invadir a Ucrânia, ainda mais na forma covarde como foi, às 5h da manhã enquanto todo mundo estava dormindo”, afirma.

 

Ela percebeu que a guerra havia começado acordando com um barulho de bomba. O amigo Gabriel, que a acompanha na viagem, ligou para Cristiane às 5h de quinta (24) no horário local.

“”‘Acorda que está acontecendo’. E exatamente quando ele terminou a frase, ouvi o barulho de uma bomba. Não estava acreditando no que estava passando por isso”.

Mapa da Ucrânia mostra locais que foram atacados pela Rússia — Foto: Arte g1

Mapa da Ucrânia mostra locais que foram atacados pela Rússia — Foto: Arte g1

 

G1.globo.com

Nossa webrádio parceira: dj90.com.br