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Futura ministra fala sobre aborto, terras indígenas e direitos LGBT


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A futura ministra da nova pasta da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, disse nesta quinta-feira que a demarcação de terras indígenas será pauta de muita conversa no governo. O presidente eleito, Jair Bolsonaro, já manifestou intenção de rever a política de demarcação de terras indígenas no país.

P U B L I C I D A D E

“Nós vamos ter que conversar muito sobre isto. Eu, particularmente, questiono algumas áreas indígenas. Sempre lembrando que este ministério vai interagir com os demais ministérios.”, disse a ministra ao ser anunciada pelo futuro ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni. Ela afirmou que dialoga com indígenas há 16 anos, trabalhando pela saúde da criança indígena.

Mulher e aborto

Damares também disse que no novo governo a mulher não receberá salário inferior ao homem se executar a mesma função. “Se depender de mim vou para a porta da empresa em que o funcionário homem, desenvolvendo papel igual da mulher, ganhe mais. Acabou isso no Brasil”.

A futura ministra disse que o ministério será de “proteção à vida” e se declarou contra o aborto. “Acho que nenhuma mulher quer abortar. Queremos um Brasil sem aborto, que priorize políticas públicas de planejamento familiar, que nunca seja visto como um método contraceptivo”. O ministério, segundo ela, não lidará com o aborto. “Essa pasta vai lidar com proteção de vidas, não com morte”. Para ela, a legislação vigente a respeito do tema não deve ser alterada.

LGBT

Questionada, Damares disse que a questão LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros) é delicada, porque “criaram uma falsa guerra entre LGBT e cristãos”. “Essa guerra entre cristãos e LGBT não existe. Dá para a gente conversar, sentar e dialogar”, disse.

A futura ministra acrescentou que o ministério enfrentará a violência fruto do preconceito pela orientação sexual. “Se precisar estarei nas ruas com as travestis, na porta das escolas com as crianças que são discriminadas por sua orientação sexual”. A ministra finalizou afirmando ser possível “um governo de paz entre o movimento conservador, o movimento LGBT e os demais movimentos”.

Com este anúncio, a equipe ministerial tem 21 ministros, faltando apenas a definição para a pasta do Meio Ambiente. Apoiada por setores evangélicos, Damares Alves é educadora, advogada e pastora evangélica.

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