Conectado por

Nacional

Em um mês de vacinação, nós só temos pouco mais de 5 milhões de vacinados no Brasil, volume que poderia ser aplicado em dois, três dias no País inteiro pelo Sistema Único de Saúde (SUS)”, afirma especialista


Compartilhe:

Publicado por

em

O País registrou 1.195 mortes pela Covid-19 nas últimas 24 horas, chegando a mais de 242 mil óbitos e a mais de 9.979.276 infectados pelo novo Coronavirus desde o começo da pandemia.

P U B L I C I D A D E

 

Após mais de um ano do início da pandemia da Covid-19 e chegando à marca de 10 milhões de infectados no Brasil, o médico sanitarista e professor de Saúde Pública e Epidemiologia do Centro Universitário São Camilo, Sérgio Zanetta, alerta sobre o atual momento do Pais: “Em um mês de vacinação, nós só temos pouco mais de 5 milhões de pessoas vacinadas, vacinas ?que poderiam ter sido aplicadas em dois, três dias no País inteiro pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Isto já foi feito em determinado momento, quando ?foi preciso fazer uma vacinação contra a Poliomelite. Em um final de semana foram vacinadas 10 milhões de pessoas”.

O professor explica que o número de vacinados é absolutamente irrisório, o que preocupa as autoridades sanitárias: “O Brasil depende do Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) importado da Índia e da China. Já tivemos o atraso nas encomendas e hoje ainda temos a resistência do Governo Federal, pois ouvimos promessas do Ministro da Saúde, mas que não vêm acompanhadas de contratos para fornecimento de vacinas ao Brasil. Nós não temos produção local. As fábricas do Instituto Butantan e da Fiocruz que passarão a produzir o IFA no Brasil só devem ficar prontas no segundo semestre deste ano, na melhor das hipóteses, ou provavelmente no final do ano para começar a produção em 2022. Portanto, 2021 será um ano com muita escassez de vacina”.

Quando é questionado sobre qual vacina seria melhor para controlar os casos de infecção pelas novas cepas, o especialista enfatiza: “A vacina com eficácia de 50% ou mais é uma vacina extraordinária, ou seja, o nosso problema não é questionar qual vacina é melhor, nós precisamos de qualquer vacina. Essas novas cepas têm uma rapidez de transmissão maior e podem reinfectar pessoas que já tiveram Covid-19”, alerta o médico,

Zanetta explica qual seria a solução estratégica para este momento no Brasil: “Sem a vacinação em massa e sem chegarmos aos 80% de pessoas vacinadas no País (chamada imunidade coletiva), a qual devemos obter, se tudo der certo, em meados de 2022, será necessário que as autoridades públicas brasileiras coloquem a mão na consciência e exijam, façam cumprir o regulamento sanitário. As medidas de proteção: isolamento e/ou distanciamento social, o uso de máscaras e a higienização das mãos precisam ser repactuadas. Muitos serviços e instituições deixaram de cumprir o básico da sua obrigação e daí as pessoas, alguns mais rebeldes, alguns jovens, algumas pessoas mal informadas, se aproveita?m dessa falta de ação pública para realizar atividades que colocam em risco toda a sociedade”.

Por fim, o professor do Centro Universitário São Camilo fala sobre o questionamento das autoridades sanitárias: “Em 2022 teremos vacinas para todos, afinal, as fábricas estarão prontas. A pergunta que não quer calar é: até o final deste ano teremos quantos vacinados? E pior: quantos mortos teremos pela alta transmissão e a baixa cobertura vacinal”

 

(Assessoria)

Nossa webrádio parceira: dj90.com.br