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Em sete meses, número de casos de dengue, zika e chikungunya em Cuiabá supera total registrado em 2021


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Em sete meses, o número de casos de dengue, zika e chikungunya em Cuiabá superou o total de casos de 2021. Conforme a Secretaria Municipal de Saúde da capital, os casos de dengue tiveram um aumento de 20%, de zika cresceu 40% e chikungunya aumentaram em 50%.

P U B L I C I D A D E

Os dados foram registrados pela secretaria, que contabilizou confirmações até o dia 30 de julho deste ano. Além disso, foram cadastrados e analisados 238 bairros de Cuiabá.

Dengue

 

Conforme o boletim, foram registrados 677 casos de dengue em 2021. Até 30 de julho deste ano, já foram confirmados 815 casos — aumento de 20%.

Além disso, a secretaria encontrou casos de dengue em 175 bairros da capital. O bairro Pedra 90 foi responsável pelo maior percentual, sendo 39,2% para dengue.

A maioria das notificações de dengue foi em moradores do sexo feminino e mais de 50% dos casos foram registrados em pessoas de idade entre 20 e 49 anos.

Segundo a secretaria, 2012 foi o ano com a maior epidemia de dengue registrada em Cuiabá, com o maior número de casos graves e óbitos.

Zika

 

Fiscalização em Cuiabá contra o mosquito transmissor da dengue, vírus da zika e febre chikungunya  — Foto: Luiz Alves/Secom

Fiscalização em Cuiabá contra o mosquito transmissor da dengue, vírus da zika e febre chikungunya — Foto: Luiz Alves/Secom

Em relação aos casos de zika, houve um aumento de 40%. Em todo o ano de 2021, foram registrados cinco casos no município. Neste ano já foram confirmados sete casos. Em Cuiabá foram analisados 92 bairros.

Conforme a secretaria, os primeiros casos começaram a ser notificados no segundo semestre de 2015. O maior percentual das notificações do vírus está concentrado em mulheres na faixa etária de 20 a 29 anos.

Possivelmente, ainda de acordo com o município, o maior número de notificações seja das mulheres, considerando que a doença desperta maior preocupação com uma possível gravidez, tendo em vista as malformações que podem ocorrer no feto. Sendo assim, as mulheres demandam mais os serviços de saúde que os homens para orientações sobre a doença e acompanhamento.

Chikungunya

 

Quanto aos casos de chikungunya, foram registrados 10 casos no ano passado e 15 nos primeiros sete meses deste ano. Ou seja, houve um aumento de 50%. O estudo foi feito em 127 bairros da capital.

Conforme a secretaria, o primeiro caso do vírus foi confirmado em 2014. A chikungunya apresenta características epidêmicas pelo maior tempo da presença de partículas virais no sangue.

Os sinais e sintomas são parecidos aos da dengue, porém a intensidade das dores articulares, por exemplo, é maior na chikungunya, além da possibilidade de evolução da doença para fase subaguda ou crônica, informou o município.

A doença apresenta também elevada taxa de morbidade tendo como consequência a redução da produtividade e da qualidade de vida.

Conforme perfil apresentado, o maior registro da doença é no sexo feminino com idade entre 15 e 44 anos. Segundo o estudo, quando os sintomas persistem além de três meses, momento em que a fase crônica é atingida, algumas manifestações clínicas podem variar de acordo com o sexo e a idade.

Tratamento

 

Segundo as Diretrizes Nacionais para a Prevenção e Controle de Epidemias de Dengue, a realização de triagem, utilizando-se a classificação de risco baseada na gravidade da doença, é uma ferramenta fundamental para melhorar a qualidade da assistência.

A classificação de risco tem por objetivo reduzir o tempo de espera do paciente por atendimento médico, visando a aceleração do diagnóstico, tratamento e internação, quando for o caso, e contribuindo para a organização do fluxo de pacientes na unidade de saúde e a priorização do atendimento dos casos, de acordo com a gravidade.

Segundo a secretaria, para que o cenário atual seja diferente, é necessário montar estratégias que criem vínculo da população com a unidade básica de saúde da área de abrangência, para que haja uma adesão e, com isso, assegurar fluxos que dêem resultados mais ágeis, com exames laboratoriais e serviços mais resolutivos para ocorrer a adesão da população a estas unidades e mudança no perfil de atendimento na atenção secundaria.

G1

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