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Em Brasília, Cristiane Lopes lança sua Frente Parlamentar de Apoio às Mães Atípicas


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Deputada Federal rondoniense celebra o lançamento da Frente e vê com otimismo os próximos passos

P U B L I C I D A D E

Com o coração transbordando de alegria e gratidão, a deputada federal, Cristiane Lopes realizou nesta quarta-feira (14), uma sessão solene na Câmara dos Deputados para lançar a Frente Parlamentar de Cuidados das Mães de Crianças e Adolescentes com Deficiências, Autismo e Doenças Raras. 

A Frente Parlamentar proposta e presidida pela deputada e que reúne o apoio de mais de 200 parlamentares, preconiza dar voz e visibilidade a essas mães atípicas, definindo políticas públicas de excelência que as amparem além de, criar uma grande rede de apoio para auxílio e cuidado não só com seus filhos que possuem demandas bem específicas, mas consigo mesma. 

Durante seu discurso, a parlamentar contou como surgiu à ideia de criação da frente e ressaltou que a maternidade atípica deve ser amplamente discutida e lembrada. “Criei a frente, pois acredito que precisamos ter um olhar responsável e um toque seguro sobre essas mães. A maternidade é mais do que dar à luz um filho. Eu tenho uma filha de 18 anos e uma bebê de um ano, e as dificuldades que eu enfrentei nos últimos tempos, até mesmo em campanha política, no dia a dia, e que ainda enfrento estando na vida pública me fez pensar e refletir sobre como é a vida das mães atípicas, que não contam, na maioria das vezes, com nenhuma rede de apoio, nenhum suporte, não conseguem ter um tempo para si. Quem cuida delas? Foi a maior motivação que eu tive para lançar a frente e querer muito contribuir com essas mães, que merecem todo nosso reconhecimento”.

Mesmo o Brasil tendo uma sólida legislação para garantir direitos de pessoas com deficiências não reconhecemos quem os protege. A mãe é uma figura atuante e presente na vida dos filhos com deficiência, além de assumir os cuidados desse filho, assume as responsabilidades e afazeres da casa; cuidados de outros filhos e do marido. Tais demandas podem sobrecarregá-la, e desencadear sintomas de condições clínicas como angústia, estresse, comportamentos desorganizados, entre outros.

Essas situações e eventos podem influenciar diretamente em sua qualidade de vida. Segundo a presidente da Comissão de Defesa das Pessoas com Autismo da OAB/DF, Flávia Dias Amaral, o evento é de grande relevância e chama atenção para a necessidade de se promover políticas públicas de cuidado das mães. “É importante constatar que o grande desafio das mães atípicas, nem seria o diagnóstico ou deficiência do filho, mas as séries de abandonos que vem de todos os lados, abandono da sociedade, família e Estado”. 

Segundo o último levantamento de 2019 do instituto brasileiro de geografia e estatística (IBGE), na população brasileira acima de 2 anos há 17,3 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência, o que representa 8,4% da população do país. Segundo dados de 2012 divulgados pelo Instituto Baresi, no Brasil, cerca de 80% dos pais abandonaram as mães de crianças com deficiência e doenças raras antes de os filhos completarem cinco anos. 

Muito emocionada em sua fala, a advogada, Larissa Lafaiete de Godoi, mãe atípica do Augusto Mangussi, (que abrilhantou o evento com seus quadros), presidente do Movimento Terapia de Mães Atípicas, relatou sobre os desafios do dia-a-dia de uma mãe atípica e frisou que um espaço que tenha a participação das mães é fundamental. “A criação dessa Frente Parlamentar traz para nós mães atípicas muita esperança e um grito de socorro pela nossa dignidade”.

Para a vice-presidente da Frente, deputada Delegada Katarina (SE), seu compromisso com a causa é a importância das mães atípicas serem vistas e ouvidas. “Ao conhecer o sofrimento que muitas mulheres passam para assegurar um tratamento digno aos seus filhos, me comprometi a abraçar essa causa em meu mandato. Precisamos, enquanto parlamentares, perseguimos a implementação de políticas públicas que tragam avanços para essa área”. 

A Frente Parlamentar tem agora uma longa agenda de trabalhos, ouvindo especialistas, entidades da sociedade civil, órgãos públicos e principalmente as mães, para elaborar políticas públicas e leis que possam oferecer assistência psicológica, social e econômica e, principalmente, fazer o debate público sobre essa realidade. 

Também compuseram a mesa, Vanessa Medeiros (Membra da Comissão/ Vice Presidente da AMAVI Raras), Lauda Santos, (Presidente da AmaviRaras), Jaqueline Correia, (Presidente do Instituto Diabetes Brasil), além de outras autoridades presentes que participaram de uma parte do evento. 

Ao término, Cristiane Lopes agradeceu a todos os presentes e se colocou a disposição para manter o diálogo com representantes de mães atípicas e instituições no Estado e em todo Brasil, a fim de efetivar as políticas de apoio às mães. “A maternidade atípica merece e precisa ser celebrada, e eu vou enriquecendo as minhas percepções e o meu conhecimento, aprendendo a repensar inúmeras questões, e me tornando melhor, como pessoa e como mãe. Preciso e vou cuidar de quem cuida. Cuidar das mães seja elas típicas ou atípicas. Essa é uma das minhas maiores missões”.

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