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Agricultura

Efeito El Niño reduz a janela de plantio em regiões produtoras de grãos


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A primavera, que representa a transição entre o período seco e chuvoso, chegou sem boas notícias para os produtores rurais. Isso porque o período, que marca o início do plantio da safra de grãos, está sob efeito do El Niño, trazendo muitas instabilidades climáticas para as regiões produtoras. Além da intensa onda de calor, que afeta boa parte do país, as previsões do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) apontam para volumes de chuva abaixo da média histórica na maioria das regiões de cultivo, enquanto o Sul deve ter precipitação acima do normal.

P U B L I C I D A D E

O agrônomo especialista em agricultura de precisão da ConnectFARM, Rodrigo Alff, enfatiza que esse cenário está reduzindo consideravelmente a janela de plantio de grãos. No Rio Grande do Sul, onde o solo está encharcado, a produtividade das lavouras de arroz e soja deve ser prejudicada. Para ter uma ideia, no norte de Palmeiras das Missões, por exemplo, os algoritmos indicam uma janela de plantio entre 1 e 15 de novembro. “Um período muito curto, que vai exigir dos produtores uma gestão operacional muito alta”, prevê.

No Centro-Oeste, em Sorriso-MT, por exemplo, a janela de plantio da soja com melhor potencial para cultivares de ciclo médio é de 01 de novembro a 15 de dezembro. Mas as altas temperaturas podem prejudicar o estabelecimento da lavoura, reduzindo a média de produtividade da safra 23/24 em comparação à temporada anterior. “Com tantas adversidades, só terá bons resultados quem fez um bom planejamento de safra”. Ele enfatiza que a chave para o sucesso da colheita não está apenas na escolha das sementes mais modernas ou dos melhores fertilizantes, mas sim na compreensão do ambiente de produção, que envolve a combinação ideal entre genética, solo e manejo. “A receita agronômica para uma área nem sempre é a mesma para o talhão ao lado”, explica.

Inteligência de Dados – É nesse momento que a agricultura digital desempenha um papel fundamental ao auxiliar os produtores, oferecendo inteligência de dados para análises detalhadas por talhões e recomendações precisas para otimizar a produtividade e rentabilidade das lavouras, além de oferecer recursos para lidar com desafios climáticos, inclusive no cenário de El Niño. Na ConnectFARM, mais de um milhão de hectares em dez estados brasileiros são analisados, alimentando os algoritmos da plataforma e aprimorando a interpretação dos dados.

A jornada começa pela coleta de dados das lavouras, que precisam ser organizados e parametrizados na plataforma da empresa. A partir deles é possível saber o que aconteceu na última safra — contudo, para saber porque aconteceu, para onde ir e como chegar, é preciso acrescentar a inteligência de dados dos algoritmos, que indicarão qual o melhor plano de plantio. “A agricultura digital responde muitas questões, faz análise por talhões e, o mais importante, apresenta soluções economicamente viáveis”, define.

 

 

Fonte: Critério

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