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Doutora sugere conteúdos para aumentar a libido


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A libido pode ser um assunto fascinante. Recentemente, surgiu uma interessante abordagem na qual uma médica está prescrevendo conteúdos específicos para aumentar a libido. A doutora Carolina Ambrogini, ginecologista e sexóloga da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), sugere que o consumo de determinados livros, séries de TV e outros materiais pode ajudar a despertar o tesão.

P U B L I C I D A D E

Segundo ela, a diminuição do desejo sexual feminino pode ser influenciada por uma combinação de fatores, como fadiga, estabilidade no relacionamento, condições psiquiátricas como ansiedade e depressão, dificuldades na relação afetiva e diferentes fases da vida. Ela ressalta que, embora a sociedade esteja progredindo em relação à abertura e discussão sobre sexualidade, as mulheres ainda enfrentam desafios em termos de carga emocional e exaustão devido ao trabalho.

A especialista destaca que as mulheres, muitas vezes, não são expostas a estímulos sexuais no dia a dia, ao contrário de muitos homens. Não é comum para as mulheres trocarem conteúdos de porno no WhatsApp, por exemplo, nem assistirem a filmes que frequentemente apresentam cenas de sexo de forma pouco realista.

Você sabe o que é libido?

A libido é um conceito fundamental no campo da sexualidade humana. Refere-se ao impulso ou desejo sexual que uma pessoa experimenta. A libido pode variar de pessoa para pessoa e ao longo da vida de uma pessoa, sendo influenciada por diversos fatores físicos, emocionais e ambientais.

A libido é impulsionada por uma complexa interação entre hormônios, neurotransmissores e fatores psicológicos. Nos homens, a testosterona desempenha um papel importante na regulação do desejo sexual, enquanto nas mulheres, a testosterona também é importante, mas outros fatores, como o estrogênio, também têm influência.

Além dos fatores hormonais, a libido também é afetada por aspectos emocionais e psicológicos. O estresse, a ansiedade, a depressão e problemas de relacionamento podem diminuir o desejo sexual. Por outro lado, o bem-estar emocional, a conexão íntima com o parceiro e uma atitude positiva em relação ao próprio corpo podem aumentar a libido.

A idade também pode desempenhar um papel na variação da libido. Na adolescência, a libido pode ser alta devido às mudanças hormonais e ao despertar da sexualidade. Na idade adulta, fatores como o estresse do trabalho, responsabilidades familiares e mudanças no corpo podem afetar o desejo sexual. Na menopausa, as mulheres podem experimentar uma diminuição na libido devido à diminuição dos níveis hormonais.

É importante lembrar que a libido varia de pessoa para pessoa e não há um nível “normal” de desejo sexual. O que é importante é que a pessoa se sinta confortável e satisfeita com seu próprio desejo e que haja uma comunicação aberta e honesta com o parceiro ou parceira sobre as necessidades e desejos sexuais.

Existem várias maneiras de aumentar a libido, como manter um estilo de vida saudável, exercitar-se regularmente, gerenciar o estresse, buscar apoio psicológico se necessário e manter uma comunicação aberta e sincera com o parceiro ou parceira. Também pode ser útil explorar fantasias sexuais, experimentar coisas novas e criar um ambiente romântico e íntimo.

A libido é uma parte natural da sexualidade humana e é importante respeitar e compreender os desejos individuais de cada pessoa. A busca pelo equilíbrio e pela satisfação sexual é um processo contínuo e pessoal, e cada indivíduo tem o direito de buscar uma vida sexual plena e satisfatória de acordo com suas próprias necessidades e desejos.

Como aumentar a libido?

A Dra. Carolina Ambrogini sugere que as pessoas busquem concretizar suas próprias fantasias sexuais. Além disso, ela recomenda buscar inspiração em fontes culturais, como livros, seriados e podcasts que estimulem o erotismo. Para aqueles que se interessam por pornografia, existem filmes da diretora sueca Erika Lust que são voltados para o público feminino, oferecendo histórias mais ricas e menos ênfase em cenas explícitas.

É importante ressaltar que cada pessoa é única e pode encontrar diferentes formas de despertar sua própria libido. O essencial é buscar um equilíbrio entre as necessidades individuais, o autocuidado e a comunicação aberta com o parceiro ou parceira, caso haja um relacionamento.

A sexualidade é um aspecto fundamental de nossas vidas e merece ser compreendida, explorada e celebrada. É encorajador ver profissionais da saúde, como a Dra. Ambrogini, procurando abordagens inovadoras para ajudar as pessoas a alcançarem uma vida sexual satisfatória.

Além disso, a sexualidade é um assunto pessoal e sensível, e cada pessoa tem suas próprias experiências e desejos. É importante respeitar as individualidades e buscar apoio profissional, se necessário, para encontrar as melhores soluções.

O que causa a falta de libido

O desejo sexual, também conhecido como libido, é uma força motivadora que nos impulsiona a buscar intimidade e a se envolver em práticas sexuais. No entanto, a baixa no desejo sexual é uma queixa comum em consultórios de sexualidade, afetando cerca de quatro em cada dez mulheres. Essa questão tende a se intensificar com o passar dos anos e, principalmente, em relacionamentos de longa duração, causando angústia e se tornando um obstáculo nos relacionamentos.

A libido é influenciada por uma complexa orquestração de fatores, com o cérebro desempenhando um papel fundamental. Todos os estímulos que recebemos são processados pelo cérebro, que os interpreta como positivos ou negativos. Assim, tudo o que escutamos, vemos, cheiramos, provamos, tocamos ou imaginamos é avaliado pelo cérebro, que determina se essas experiências são excitantes ou inibidoras do nosso desejo sexual.

Essa interpretação é construída com base em nossos desejos, experiências passadas e crenças sobre o sexo. Portanto, a influência na nossa libido é multifatorial, ou seja, diversos fatores podem afetá-la de forma positiva ou negativa. Por esse motivo, até hoje não existe uma solução mágica ou um “viagra” capaz de resolver todas as queixas de baixo desejo feminino. Trata-se de um processo individual de descoberta, no qual é necessário compreender tanto o que se deseja quanto o que pode estar bloqueando esse desejo.

Antes de listar os principais fatores que influenciam o desejo, é importante destacar que é normal que ele se altere com o passar dos anos, especialmente dentro de um relacionamento. Não faz sentido se cobrar e esperar que a libido se mantenha exatamente como era no início, pois isso só gera frustrações e angústias desnecessárias.

No início dos relacionamentos, o desejo sexual tende a ser mais espontâneo, impulsionado pela chamada “química da paixão” e pela ação de diversos hormônios. Além disso, tudo é novidade, e qualquer estímulo é interpretado com intensidade. Após alguns meses (geralmente entre seis e 18 meses), esses hormônios se estabilizam, resultando em uma diminuição do “fogo inicial”.

Essa diminuição é um processo natural. É importante compreender isso para alinhar as expectativas em relação à nossa vida sexual. Embora seja possível construir uma vida sexual satisfatória, a comparação com a fase inicial do relacionamento é ineficaz.

Dito isso, é importante observar nosso desejo e identificar quais pontos podem ser modificados para melhorar a libido. Cada pessoa tem suas particularidades, mas os principais fatores que costumam impactar negativamente o desejo são:

Baixa autoestima

A imagem que temos de nós mesmas afeta significativamente o desejo. Somos constantemente bombardeadas por informações sobre como nossos corpos deveriam ser, o que muitas vezes nos leva a acreditar que não somos boas o suficiente ou bonitas o suficiente para merecer prazer. Muitas mulheres relatam que incômodos com seus corpos diminuem sua libido. Como podemos desejar o outro se não nos desejamos?

Crenças limitantes e tabus

A falta de educação sexual adequada, mensagens negativas sobre o sexo, crenças religiosas, machismo, moralismo, todos esses fatores interferem, pois funcionam como gatilhos negativos na hora do sexo.

Como podemos desejar ou desfrutar algo que nos foi ensinado como errado? Como uma mulher pode ser honesta sobre seus desejos se tem medo de ser julgada?

Fatores psicológicos

Traumas sexuais, transtornos de ansiedade, depressão e estresse também podem contribuir negativamente para o desejo sexual. Em situações de estresse, por exemplo, nosso corpo tende a interpretar a maioria dos estímulos como negativos.

Além disso, o estresse nos coloca em constante estado de alerta, prontas para fugir a qualquer momento, o que nos leva a economizar energia para funções essenciais do corpo, incluindo o desejo sexual.

Fatores relacionais

Conflitos nos relacionamentos, invalidação pelo(a) parceiro(a), falta de segurança na relação, medo de não ter seus desejos validados, receio de não ser aceita na cama, seja fisicamente ou em atitudes, tudo isso muitas vezes aciona o “freio” nas mulheres.

Fatores biológicos

Alterações hormonais normais (menopausa, gravidez, pós-parto), alterações hormonais patológicas (doenças da tireoide, ovários e outras glândulas produtoras de hormônios), efeitos colaterais de medicamentos (como anticoncepcionais, ansiolíticos e antidepressivos) e doenças crônicas podem inibir diversas fases da sexualidade, incluindo o desejo.

Sobrecarga

A desigualdade de gênero ainda está presente em muitos relacionamentos.

As mulheres acabam ficando responsáveis por todas as demandas domésticas, dos filhos e do relacionamento, sem uma divisão justa dessas tarefas. Isso gera uma sobrecarga física e emocional, diminuindo o desejo nas relações.

Insatisfação sexual

Uma script sexual insatisfatório é outro fator que influencia negativamente. Se o sexo não é prazeroso, não ocorre a liberação de substâncias que promovem relaxamento e bem-estar no cérebro. Portanto, o cérebro entende que se engajar nessa atividade não vale a pena, já que demanda tempo e energia, mas oferece pouco retorno – o que acaba com o desejo.

Além dos mencionados aqui, existem diversos outros fatores que podem inibir o desejo, como cansaço, falta de privacidade, medo de engravidar ou contrair uma infecção sexualmente transmissível, entre outros. Cada pessoa é única em relação a esses aspectos.

Algumas pessoas simplesmente não conseguem se engajar sexualmente quando estão estressadas, enquanto outras sentem que o sexo é um recurso que traz alívio em momentos de estresse. Somente você é capaz de identificar o que inibe seu desejo.

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