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Divórcio e religião nos EUA


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Um estudo feito pelo “Public Religion Research Institute” (Instituto Público de Pesquisas Religiosas) mostrou que mais filhos de pais divorciados tornaram-se adultos sem religião do que os que não se divorciaram.

P U B L I C I D A D E

As taxas de divórcio subiram para os níveis mais altos de todos os tempos nos anos 1980, quando cerca de metade de todos os casamentos terminaram em divórcio. E nos dias atuais, os americanos estão rapidamente tornando-se menos religiosos. Desde 1972, a proporção de americanos que dizem não aderir a qualquer religião em particular aumentou de 5% da população para 25%.

A pesquisa mostrou ser significante a diferença entre as pessoas cujos pais se divorciaram quando eram crianças, ou em números, 35% dos filhos de pais divorciados disseram aos pesquisadores que agora não são religiosos, enquanto que 23% das pessoas cujos pais eram casados quando eram crianças não são religiosos.

Um dado que até assusta, pois apenas 9% dos norte-americanos relataram que foram criados em um lar não religioso. Dos entrevistados, 13% dos adultos mais jovens relataram que cresceram sem uma identidade religiosa, já para os idosos, esse número é de 4%.

Entre os que tinham uma identidade religiosa quando crianças, 19% tornou-se sem religião quando se tornou adulto. O inverso ocorre também, foram 3% dos americanos que declararam que foram criados sem nenhuma identidade religiosa, mas tornaram-se religiosos quando adultos. O resultado dessa dinâmica é que 16% deixaram de ser religiosos.

Enquanto protestantes não-brancos e grupos religiosos não-cristãos permaneceram razoavelmente estáveis, protestantes brancos e católicos sofreram declínios, com os católicos sofrendo o maior declínio entre os principais grupos religiosos: uma perda geral de 10%. Quase um terço (31%) dos americanos relatou que foi criado em uma família católica, mas apenas 21% dos americanos identifica-se como católico atualmente. Treze por cento dos americanos relatam ser ex-católicos, e 2% dos americanos deixaram sua tradição religiosa para se juntar à Igreja Católica. 

Nos anos 1980, apenas 10% dos adultos jovens (com idades entre 18 e 29 anos) não seguiam uma religião e somente 3% entre os idosos (com 65 anos ou mais). Nos anos 2000, saltou para 20% dos adultos jovens que não seguiam uma religião e 5% entre os idosos. Hoje, já são 39% dos adultos jovens e 13% dos idosos. Entre os adultos jovens foi um salto de quatro vezes.

A maioria dos americanos (62%) que deixam de se identificar com a religião, o fazem antes de completarem 18 anos, 28% deixaram entre 18 e 29 anos, 5% entre 30 e 49 anos e apenas 2% com 50 anos ou mais.

As razões pelas quais os norte-americanos abandonam a religião da infância são: pararam de acreditar nos ensinamentos da religião (60%), sua família nunca foi tão religiosa quando estavam crescendo (32%) e os ensinamentos religiosos negativos sobre gays e lésbicas (29%). Foi ainda apontado pelos entrevistados, o escândalo de abuso sexual do clero (19%), ou sua congregação se tornando muito focada na política (16%).

É informação para fazer pensar todo pastor no que tem feito pela inclusão dos separados e dos filhos desses pais.

Mario Eugenio Saturno (cientecfan.blogspot.com) é Tecnologista Sênior do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e congregado mariano.

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