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Dermatilomania: O que é, causas e tratamento


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O que é Dermatilomania?

A dermatilomania, também chamada de transtorno de escoriação, é o hábito de cutucar, arranhar e coçar a pele compulsivamente. Pessoas com essa condição também podem agravar machucados já presentes no corpo durante uma crise.

P U B L I C I D A D E

“Ela faz parte de um espectro do transtorno obsessivo compulsivo (TOC). Esse hábito costuma aparecer em adolescentes ou no início da vida adulta, sendo pouco comum em crianças”, conta o médico dermatologista Renato Pazzini.

Causas

Renato explica que, assim como o TOC não tem uma causa, a dermatilomania também não. “Ela pode começar com um hábito de cutucar lesões na pele, como espinhas ou pequenas deformidades, e tornar-se uma obsessão”, diz Renato.

Entretanto, alguns especialistas acreditam que a ansiedade pode ser um dos fatores determinantes para o desenvolvimento da condição. Isso porque o indivíduo busca “compensar” a frustração ao tocar a própria pele repetidamente.

Alguns problemas dermatológicos, como o eczema, também podem incentivar o surgimento da dermatilomania. Por ter a coceira como um de seus sintomas, pessoas com essa condição podem acabar desenvolvendo o transtorno durante a vida.

Sinais

Certos sinais ajudam a identificar a dermatilomania:

  • Vontade constante de tocar a pele até que haja formação de feridas;
  • Agravamento de machucados presentes no corpo de forma proposital;
  • Ausência de autocontrole e dificuldade em parar de cutucar a pele;
  • Incapacidade de realizar atividades do dia a dia e de viver socialmente por causa do hábito de tocar a pele;
  • Coçar a pele repetidamente sem que alguma condição cause esse sintoma.

Diagnóstico

De acordo com Renato, o diagnóstico da dermatilomania é clínico, feito através de um exame físico realizado por um dermatologista; a confirmação diagnóstica é feita por um psiquiatra.

Tratamento

O tratamento de dermatilomania envolve diferentes métodos e especialidades. Por se tratar de um transtorno mental, o uso de medicamentos para controlar a ansiedade e o acompanhamento psicológico, com sessões de psicoterapia, podem ser indicados.

Já no aspecto físico, o cuidado dermatológico é feito com a prescrição de cremes cicatrizantes para as lesões geradas na pele.

Complicações possíveis

A condição pode trazer risco à saúde do paciente. “Além do prejuízo inestético (cicatrizes causadas pelo hábito constante de machucar a pele), há um sofrimento psíquico muito grande”, diz Renato.

Segundo o dermatologista, alguns pacientes perdem muito tempo com “rituais” nos quais cutucam a pele. O hábito acaba gerando um ciclo vicioso, já que a pele é machucada, criando uma lesão que, futuramente, será afetada mais uma vez pelo transtorno.

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