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Cota mínima do rio Madeira é a pior em Porto Velho nos 56 anos de medições, diz ANA


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Os níveis de água do Rio Madeira em Porto Velho já são os mais baixos das últimas cinco décadas. É o que revelou dados apresentados na 26ª reunião deliberativa extraordinária, realizada nesta segunda-feira (9) pela diretoria da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA).

P U B L I C I D A D E

De acordo com a minuta apresentada pela diretoria da ANA, o nível do rio na capital está abaixo da cota com 95% de permanência, “inferior à cota mínima observada no histórico de 56 anos de medições”.

Diante da seca histórica do Madeira em Porto Velho, a agência decretou situação crítica de escassez de água. A declaração permite que sejam adotadas medidas de prevenção e mitigação de impactos.

Além disso, a Ana poderá determinar novas regras para uso da água e operação de reservatórios. Isso porque o rio Madeira serve como importante hidrovia usada para transporte fluvial de carga e passageiros, com trecho navegável de mais de 1 mil km entre Porto Velho e Itacoatiara (AM).

O rio Madeira também é utilizado como manancial de abastecimento de água para mais de 400 mil habitantes da capital.

Outro fator apontado na reunião da ANA é que as hidrelétricas de Jirau e Santo Antônio foram construídas sobre as águas do Madeira. Juntas, as duas usinas representam 6,7% da potência instalada do sistema elétrico interligado.

Na semana passada, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) anunciou a suspensão da operação da usina hidrelétrica de Santo Antônio por conta da seca histórica do Madeira.

Rio Madeira — Foto: Jornal Nacional/Reprodução

Rio Madeira — Foto: Jornal Nacional/Reprodução

Seca do Rio Madeira

 

Nas últimas semanas, o rio Madeira atingiu níveis mínimos históricos em consequência da seca de afeta toda a região Norte do país. A imensidão de água deu lugar a bancos de areia gigantes e “montanhas” de pedras no meio do “rio”.

Imagens feitas pelo g1, mostram como a seca afetou o cenário do Madeira: chão seco com rachaduras e uma paisagem semelhante ao deserto.

A seca também tem afetado o abastecimento de água nas comunidades ribeirinhas e, diante do desabastecimento, a Companhia de Águas e Esgotos de Rondônia (Caerd) está usando caminhões pipas para levar água direto das estações de tratamento para essas regiões.

Já na área urbana, moradores das zonas Leste e Sul com poços tubulares enfrentam dificuldades de acesso à água.

Em uma nota divulgada nesta segunda-feira, a Caerd diz que está “priorizando o fornecimento regular de água para locais que prestam serviços essenciais, como unidades de saúde, escolas e órgãos públicos, para garantir que essas instalações continuem funcionando adequadamente, apesar das condições adversas de abastecimento de água”.

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