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Controle a gastrite com os alimentos certos


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Você tem desconforto estomacal, dor abdominal, queimação e náuseas? Esses sinais podem ser indicadores de gastrite, inflamação na mucosa do estômago que desregula o aparelho digestivo. O controle dela é um desafio, mas pode ser feito também a partir da escolha de alimentos que agem no equilíbrio do PH da flora intestinal.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a bactéria H.pylori, que causa a doença, atinge 50% das pessoas no mundo. No Brasil, o número é ainda maior, a Federação Brasileira de Gastroenterologia (FBG), estima que ela está presente em cerca de 70% da população.

Para saber mais sobre esse problema e conhecer os alimentos que atuam como vilões e aliados das pessoas com gastrite, continue lendo este artigo! Trouxemos a gastroenterologista Patrícia Rattacaso e a nutróloga Ádila Andrade para ajudar você a tratá-la com os alimentos certos.

O que é gastrite?

É uma inflamação na mucosa que reveste a parede do estômago e pode ter origem em diversos fatores. A doença pode ser aguda ou crônica, sendo causada pela bactéria Helicobacter pylori, ou simplesmente H. pylori.

Para saber os tipos da doença, são avaliados as causas, locais atingidos, duração e o modo como se desenvolve. A gastroenterologista Patrícia Ratacaso explica que uma ela pode se apresentar na forma aguda ou crônica, na forma não erosiva, e em casos mais graves, uma gastrite erosiva.

Isso é, quando há corrosão do revestimento gástrico e até hemorragia. Desse modo, a aguda dura pouco tempo na maioria das vezes, mas pode apresentar complicações se não for tratada.

Já a crônica, se desenvolve no decorrer do tempo, sem apresentar sintomas, sendo caracterizada por durar mais. Assim, Patrícia revela que “a infecção por H. pylori está associada à crônica quase que na totalidade dos pacientes infectados”.

Além disso, a gastrite nervosa é uma doença que mesmo não causando inflamação estomacal, provoca sintomas parecidos. Com: azia, queimação e sensação de estômago cheio. Isso acontece por ela surgir por questões emocionais, por exemplo, o estresse e ansiedade.

Causas e Sintomas

A principal causa de gastrite é a infecção crônica pelo H. pylori, mas vírus, fungos e outras bactérias também podem causá-la.

De acordo com a Dra. Patrícia, o consumo de bebidas alcoólicas, aspirina, anti-inflamatórios e corticoides, dieta inapropriada, tabagismo, estresse e insuficiência hepática, causam também lesão na mucosa gástrica.

Veja o vídeo e saiba também as diferenças entre Azia, Refluxo e Gastrite.

Entre os sintomas, destaca-se dor ou desconforto na região abdominal, náuseas, vômitos, perda do apetite Nos casos da erosiva severa, pode ocorrer hemorragia digestiva alta e sintomas de dispepsia com empachamento.

Fatores de risco para gastrite

Apesar dela ter de maneira geral uma causa comum, ela pode surgir por conta de diversos fatores de risco. Por isso, se não foram interrompidos, podem levar até casos avançados dela.

Alcoolismo

álcool irrita as paredes do estômago, causando queimação e logo, a gastrite. Assim como as bebidas alcoólicas com gás que intensificam a irritação das mucosas estomacais, e acabam liberando caminho para essa doença.

Uso em excesso de medicamentos anti-inflamatórios

Anti-inflamatórios usados ??com frequência prejudicam o organismo na produção do muco que tem a função de proteger as paredes intestinais. Dessa maneira, se utilizar outras medicações em conjunto, o efeito é ainda pior.

HIV

Doenças autoimunes, com destaque para AIDS, causada pelo vírus HIV, são deficientes no combate à ação de bactérias que podem atacar o estômago. Portanto, o órgão fica mais vulnerável à gastrite e demais problemas.

Estresse

nervosismo frequente estimula a produção do suco gástrico no estômago. Esse por sua vez, em quantidades maiores do que a normalidade suportada pelo órgão, causando queimação e desenvolvendo essa doença.

Idade

É comum que, chegando perto da terceira idade, as paredes do estômago fiquem fragilizadas. Dessa maneira, a gastrite pode aparecer por conta das paredes internas do estômago ficarem mais finas.

Ademais, com a idade, medicações são consumidas com maior frequência, o que aumenta o risco de desenvolver esse problema de saúde.

Como é feito o diagnóstico da gastrite

O diagnóstico dela é feito por um médico gastroenterologista, que realiza o exame de endoscopia. Esse procedimento consiste em colocar um tubo fino na boca do paciente. Na ponta do equipamento há uma câmera que sonda todo o estômago, em busca de feridas e inflamações indicativas.

Vale reforçar que toda endoscopia é feita com o paciente anestesiado, para evitar qualquer complicação durante o exame. Além disso, um pequeno fragmento do estômago pode ser retirado para fazer biópsia.

Isso é levado a um laboratório e avaliado para constatar se a inflamação é consequência da bactéria H.pylori. Por isso, esse exame é solicitado apenas quando o paciente se queixa de dores, queimação no estômago, dificuldade para comer, enjoos e vômitos persistentes.

Dúvidas comuns sobre ela 

É normal ter diversas dúvidas sobre esse problema de saúde que afeta cerca de 2 milhões de brasileiros. Portanto, vamos tirar suas dúvidas, confira!

Ela tem cura?

Tem tratamento que leva a cura. Feito com medicações e mudanças no estilo de vida e hábitos de consumo. Alimentos gordurosos, carne vermelha, refrigerantes e bebidas alcoólicas devem ser quase que cortados para que o estômago se restabeleça.

Quais são as complicações possíveis dela?

A crônica é persistente e piora com o tempo. Veja as principais complicações dela:
úlcera: ferida que causa dores intensas, vômitos e fezes com sangue e dor;
tumores: podem ser do tipo benigno ou maligno, chamados de câncer.

Mudanças de comportamento podem evitá-la?

Evitar o estresse e cigarro, fazer uma dieta balanceada e rica em frutas, verduras e legumes, ajudam a prevenir a gastrite. Portanto, ter uma vida mais saudável de modo geral é essencial não só para evitá-la, como também outras doenças.

Remédios caseiros funcionam para tratar uma gastrite?

Algumas plantas medicinais têm poder para amenizar ou saná-la de vez. O chá de espinheira-santa ingerido todos os dias antes do almoço, é um exemplo.

Também, tomar suco de batata crua em jejum auxilia a manter as paredes do estômago mais protegidas, além de diminuir o volume de ácido gástrico no órgão.

Dicas para prevenir a gastrite

Veja as principais dicas de como se prevenir:
não fumar;
evitar o estresse;
evitar consumir bebidas alcoólicas e com gás;
moderar o consumo de alimentos com muita gordura e ácidos, como algumas carnes, abacaxi, laranja, entre outras;
controlar a ingestão de café;
manter uma rotina saudável, com consumo adequado de água e prática de esportes regulares;
evitar consumir medicamentos em excesso;
não usar drogas.

Alimentação

má alimentação pode ser responsável por vários distúrbios e patologias, como a gastrite, por exemplo. Desse modo, uma dieta equilibrada e rica em nutrientes, ajuda o corpo a se manter saudável.

Segundo a nutróloga Ádila Andrade, alguns hábitos que devem ser praticados e evitados por quem tem o problema.

“Alimentos de verdade, ricos em nutrientes e pobres em conservantes, são sempre as melhores opções.” (Ádila Andrade — Nutróloga)

Vilões da dieta

A Dra. Adila reforça que uma pessoa com essa condição está com uma mucosa gastrointestinal fragilizada, o que impacta diretamente na absorção e digestibilidade dos alimentos. Portanto, devem ser evitados:
alimentos com elevado teor de gordura;
bebidas alcoólicas;
bebidas com cafeína;
frituras;
farináceos (glúten);
embutidos;
industrializados;
carboidratos simples (açúcares brancos, lactose).

Amigos da dieta

Uma alimentação equilibrada, rica em frutas e hortaliças com propriedades antioxidantes e carotenóides, pode ajudar a diminuir a lesão da mucosa gástrica.

Além disso, deve-se priorizar as frutas não ácidas e alguns chás, como erva-cidreira, espinheira santa, hortelã e camomila. Conheça outros alimentos para evitar e como eles agem para controlá-la:

cranberry: rico em proantocianidinas, reduz inflamação gástrica e intestinal;
suco de aloe vera: também conhecida como babosa, tem alto poder cicatrizante;
pão integral: atua como uma espécie de esponja, absorvendo parte do suco gástrico que agrava os sintomas dela;
frutas: maçã, banana, pera, mamão e melão são as mais indicadas. Por isso,  devem ser consumidas de duas a quatro frutas todos os dias;
batata: reduz a acidez, azia, queimação e dor, diminuindo o processo inflamatório;
gengibre: tem ação anti-inflamatória e bactericida, podendo atuar no controle de H. pylori.

#Dica da nutróloga

A Dra. Ádila deixou uma superdica pra você. Confira!

“Para pessoas que apresentam distensão abdominal, gases, digestão ruim, sem uma causa definida, o sumo do limão em jejum tem diversos benefícios. Ele é desintoxicante e atua como alcalinizante, neutralizando a acidez interna e fazendo com que muitos pacientes larguem os ‘prazóis'”.

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