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Concurso PRF: candidatos eliminados pelo uso de ritalina? Entenda a situação!


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A lista de polêmicas no concurso público da Polícia Rodoviária Federal (concurso PRF) aumenta. Agora, um grupo de candidatos que foram eliminados no exame médico, por conta do uso de psicofármacos, aponta arbitrariedade nos critérios usados pela junta médica.

P U B L I C I D A D E

No grupo, cerca de 50 candidatos relataram que incluíram tanto na FIP, quanto nos relatórios médicos, o uso de psicofármacos – todos por prescrição médica.

No Brasil, entre os medicamentos mais famosos deste tipo estão a ritalina e o venvanse. Ambos são usados para tratamento psiquiátrico e devem ser usados sob prescrição médica.

A grande maioria dos candidatos que relatou o uso do medicamento foi considerada inapta, apesar de surgirem outros com a condição de temporariamente inaptos. Esta situação, segundo o grupo entrevistado, demonstra a arbitrariedade da junta médica.

De acordo com uma candidata prejudicada e que não quis se identificar, os candidatos incluíram o uso dos medicamentos por “boa fé” e deixaram claro o uso durante todas as fases do concurso PRF.

“A gente foi punido por estar sendo sincero, porque todo mundo apresentou laudo psiquiátrico da forma pedida pela banca. A gente viu que não foi uma análise criteriosa da junta médica, tem pareceres que são praticamente idênticos”, denunciou.

Há candidatos que relataram o uso há mais de sete anos ou que usaram somente por um período determinado (como um há dois meses), além de quem declarou o uso continuado, tudo por prescrição médica.

“A gente foi punido por ser sincero, sendo que todo mundo apresentou o relatório médico da forma como foi pedido”, declarou.

Além disso, uma parte se disse confiante a declarar o uso do medicamente por conta de vídeo com próprio médico PRF junto com o ex-diretor executivo, José Hott.

No vídeo, o Dr. Rossy explica que caso alguém use o medicamente psicofármaco por indicação médica, deve se amparar por laudo médico com o diagnóstico do psiquiatra.

“A indicação desses medicamentos hoje, no Brasil, é só para TDAH, avaliada por médico psiquiatra, que diagnostica doença e indica o medicamento. Se por acaso, aparecer anfetamina e for devido ao uso de psicofármaco, é importante que você se ampare de laudos e do médico que está diagnosticando”, aconselhou o médico.

Você pode ver o trecho em que ele explica esta questão no vídeo abaixo, a partir de 34:56:

De acordo com a candidata, o uso da medicação foi considerado incompatível com todas as atribuições de um Policial Rodoviário Federal, lembrando que há, nas atribuições, uso do bafômetro, contagem de pessoas em um acidente e outras atividades.

Agora, os candidatos se sentem prejudicados, tanto porque precisam passar pelo desgaste de buscar psiquiatras para entrar com recursos, além de que há quem pensa em entrar com uma ação judicial. No momento, grupo aguarda o retorno do concurso PRF para decidir o que realizar.

Lembrando que, no momento, o concurso PRF se encontra suspenso por determinação judicial. A suspensão do concurso PRF provém de ação civil ajuizada pelo Ministério Público Federal, que apontou irregularidades na aplicação da Lei de Cotas na divisão das vagas.

De acordo com o MPF, a aplicação da porcentagem das vagas reservadas para as cotas raciais deve ser aplicada em todas as fases do concurso PRF, não somente no resultado final.

Direção Concursos

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