Clima e a luminosidade ajudam no cultivo de pimenta em Mato Grosso, diz especialistas

O comerciante Amarildo Pereira Rocha contou que começou a cultivar a planta por causa das cores e do sabor.

“Plantei uma semente e começou a produzir as malaguetas. Elas ficaram bonitas e as pessoas queriam comprar, mas eu não queria vender e cobrei um preço bem caro para ele não comprar. O homem pagou e descobri meu ramo”, contou.

O comerciante tem no viveiro de cerca de 40 tipos de pimenta e algumas não são brasileiras. A ‘habanero amarela’, por exemplo, é mexicana, além da ‘tabasco’, que é a umas mais ardidas das malaguetas.

Uma das mais curiosas é a ‘princesa negra’ que é do sul a África, ela amadurece na cor preta, mas é vermelha por dentro. Ainda segundo o comerciante, algumas pimentas mudaram de cor devido à polinização das abelhas

“Algumas pimentas sofreram uma interferência da polinização das abelhas e tem variação de quase cinco cores. Pimentas que são rosas e deveriam ser amarelas. Sem as abelhas eu não teria um pé de pimenta carregado”, contou.

De acordo com o engenheiro agrônomo da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), Lucas Estevam da Silva Freire, a melhor espécie para plantar na região é a pimenta malagueta.

“A pimenta se encaixa muito bem no nosso clima, esse calor, essa luminosidade. Para ter uma planta bem cuidada, é preciso ter uma adubação equilibrada, cuidados sanitários e evitar excessos de água”, contou.

Em uma propriedade que fica no Distrito de Aguaçu, a 50 km de Cuiabá, há quase 2 mil pés de pimenta. O produtor Gerson Moraes contou que planta pimenta há 14 anos.

“Quando cheguei aqui, comecei a andar no mato e via a quantidade de pimenta. Pés bonitos e grandes e com muita pimenta. O sabiá come ela e solta. Achei bonito e resolvi plantar”, disse.

A propriedade produz a pimenta ‘dedo-de-moça’, ‘biquinho’ e ‘malagueta’.