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Cidade de MT bate recorde de calor no ano e registra segunda maior temperatura da história no país


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Cuiabá é conhecida praticamente em todo o Brasil pela sua fama de ser uma das cidades mais quentes o país. Este ano, com a intensa onda de calor enfrentada, principalmente entre o fim de setembro e o começo de outubro, a capital mato-grossense chegou a bater o seu recorde histórico, mas ainda assim ficou atrás de um recorde impressionante, alcançado por Nova Maringá. O município, que fica a 387 quilômetros de distância da ‘Cidade Verde’, alcançou a sua maior temperatura registrada no Brasil em toda a história: 44,6ºC.
Na última segunda-feira (05), a cidade de Nova Maringá chegou aos 44,6ºC, segundo a medição feita pela estação automática do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Este é o segundo maior valor registrado no Brasil e empata com a marca de Orleans, em Santa Catarina, que experimentou este calor em 6/1/1963 e também com Água Clara, município de Mato Grosso do Sul, que chegou a mesma marca no mesmo dia que a da cidade de MT.

P U B L I C I D A D E

Até o dia seis de outubro deste ano, segundo dados oficiais do Inmet, a maior temperatura oficialmente medida no Brasil é 44,7°C, alcançada em Bom Jesus do Piauí, no dia 21 de novembro de 2005. Sendo assim, faltou apenas 0,1ºC para que as cidades de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul batessem o recorde.

No dia 30 de setembro deste ano, Cuiabá também bateu o seu recorde histórico, chegando aos incríveis 44ºC na sombra, segundo medição feita pelo Inmet. No dia 05 de outubro, Campo Grande (MS), também teve uma nova máxima, com a temperatura de 41ºC.

Os cientistas do Copernicus Climate Change Service (C3S) revelaram que setembro de 2020 foi o mês mais quente que se tem registro. O recorde anterior era de setembro de 2019, 0,05°C inferior ao registrado este ano. No Brasil, esse recorde traduziu-se em temperaturas acima da média ao longo do mês passado e que continuam em outubro, culminando em um alerta de risco de morte emitido pelo Inmet.

“Esta onda de calor que se instalou no Brasil no final de setembro e nos primeiros dias de outubro de 2020 será amplamente estudada pela academia porque está reescrevendo a climatologia de temperaturas no país, batendo recordes de calor de mais de cem anos”, afirma a meteorologista Josélia Pegorim, da Climatempo.

Ela explica que a onda de calor se espalhou por todo o país, mas atinge com mais severidade o Centro Oeste e o estado de São Paulo. “O dia 6 de outubro marcou o 11° dia consecutivo em que o interior paulista registrou temperaturas acima de 40°C.”

A depender da influência de fenômenos climáticos como La Niña nos meses restantes, há chances de que 2020 se torne o ano global mais quente de que se tem registro – recorde que permanece com o ano de 2016. Mas os cientistas do C3S revelaram ainda que tanto 2016 quanto 2020 apresentam anomalias de temperatura média global bastante semelhantes.

A onda de calor deve dar trégua na segunda quinzena de outubro após recordes de temperatura em Mato Grosso.

O Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC), ligado ao Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), prevê condições de chuva nesta sexta-feira (9). No entanto, a possibilidade é de apenas 5% até a próxima terça-feira (13), quando as chances sobem para 30%. No mesmo dia, a temperatura que ficava na casa dos 40ºC, cai para a máxima de 33ºC.

Já o Clima Tempo estima uma sexta-feira de céu claro com poucas nuvens, podendo atingir a máxima de 44ºC. Não há possibilidade de chuva. No final de semana, entretanto, as chances de chuva sobem para 90%.

O volume estimado para sábado (10) é de 5 milímetros. O dia será de sol e aumento de nuvens pela manhã. Pancadas de chuva à tarde e tempo aberto pela noite. A máxima é de 41ºC. O volume para domingo é de 10 mm, com aumento de nuvens pela manhã, pancadas de chuva pela tarde e noite. A máxima é de 39ºC.

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