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Agronegócios

China retira embargo à carne, e contrato do boi gordo dispara 2,5%


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Segundo analista, a suspensão do bloqueio deve permitir o escoamento do produto estocado, além de favorecer um cenário de alta do boi gordo.

Após reunião com a Comitiva do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) nesta quinta-feira (23) em Pequim, o governo chinês decidiu suspender o embargo à carne bovina brasileira.

P U B L I C I D A D E

As importações do Brasil estavam suspensas desde fevereiro 23 de fevereiro. Portanto, há exatamente um mês, desde a confirmação de um caso atípico de mal da vaca louca em um animal macho de nove anos em uma pequena propriedade no município de Marabá (PA).

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, se reuniu com o Ministro da Administração Geral da Aduana Chinesa (GACC), Yu Jianhua, para tratar do assunto. A liberação das exportações é para as carnes de animais abatidos a partir desta sexta-feira (24).

“Tenho certeza que isso é um passo para que o Brasil avance cada vez mais com o credenciamento de plantas e oportunidades para a pecuária brasileira”, disse Fávaro, ao final do encontro.

Mercado reage em alta

Em reação, o contrato futuro do boi gordo negociado na B3 exibia forte alta. Por volta das 9h40, o vencimento para março disparava 2,48%, a R$ 293,20.

Já no mercado físico, as indústrias ainda não se posicionaram. Da mesma forma, pecuaristas aguardam para tomar decisões.

O analista de proteína animal da Safras & Mercado, Fernando Iglesias, explica que existem dois pontos a serem considerados. “A primeiro questão seria o escoamento do produto estocado em câmaras frias que estava aguardando o aval da China para poder ser despachado ao seu destino”, diz.

“O segundo aspecto está nas escalas de abate que estavam muito encurtadas. Com isso, os frigoríficos precisam comprar gado com mais apetite e pagar mais pela arroba do boi, abrindo espaço para uma potencial subida de preços“, emenda.

De qualquer forma, a notícia do fim do embargo é muito positiva para os frigoríficos. Para Iglesias, a expectativa é de valorização nos preços das ações dos grandes frigoríficos brasileiros na B3.

MONEY TIMES

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