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“Barbie” ou “Oppenheimer”?


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Na semana de estreias do cinema mais tumultuada do ano chega o tão aguardado “Oppenheimer“, novo filme de Christopher Nolan, que será lançado nos cinemas no hoje, dia 20 de julho  junto da estreia de “Barbie“.

P U B L I C I D A D E

 

Hoje, 20 de julho chega ao cinema dois dos filmes mais esperados de 2023: Barbie (Greta Gerwig) e Oppenheimer (Christopher Nolan). Opostos no gênero — “Barbie” é uma comédia romântica e “Oppenheimer” está classificado como guerra e drama —, ambas as produções têm reunido milhares de fãs mundo afora, que se decidem sobre qual dos dois longas verão no cinema no dia da estreia. Os dois filmes tiveram orçamento de US$ 100 milhões.

Elenco de “Barbie” e “Oppenheimer”

“Oppenheimer” conta com elenco composto por Cillian Murphy, Florence Pugh, Jack Quaid, Matthew Modine, Matt Damon, Emily Blunt, Robert Downey Jr., Josh Hartnett, Kenneth Branagh, Gary Oldman, Rami Malek, Gustaf Skarsgard, Dane DeHaan, Jason Clarke e Casey Affleck.

Oppenheimer é o 12º da carreira de Nolan, conta a história do ‘pai’ da primeira bomba atômica, J. Robert Oppenheimer, produzida pelo Projeto Manhattan, no Teste Trinity, e detonada no Novo México em 1945, meses antes do ataque à Hiroshima e Nagazaki — que deixou um total de mais de 110 mil pessoas mortas nas duas cidades.

Baseado na biografia “American Prometheus: The Triumph and Tragedy of J. Robert Oppenheimer” (Oppenheimer: o triunfo e a tragédia do Prometheu americano), de Kai Bird e Martin Sherwin, publicada em 2006 e vencedora do Prêmio Pulitzer, o filme não só traz uma das maiores problemáticas do envolvimento dos Estados Unidos na Segunda Guerra Mundial, como também a explora pela atuação de um elenco brilhante.

São, ao todo, quase três horas de filme, baseados em toda a vida do físico e no projeto da primeira arma nuclear do mundo. Para compor o cenário caótico no qual o Projeto Manhattan foi inserido, da mesma forma como toda a pressão depositava em Oppenheimer, o filme faz uso de cenas fortes, por vezes psicologicamente violentas. Não à toa, foi classificado para maiores de 18 anos: há tomadas de sexo e nudez explícita, conteúdo sensível. Nesse aspecto, Nolan também ressalta sua consagração do cinema: há duas cenas que são bem difíceis de se assistir, uma delas envolve Emily Blunt (Kitty) e Florence Pugh (Jean), outra está disposta em um dos discursos do protagonista. Não porque são violentas, mas porque são expositórias. Quem deseja assistir a “Oppenheimer”, portanto, precisa “ter estômago”: a duração é longa, os diálogos são densos e as cenas são fortes.

Já “Barbie” traz Margot Robbie, Ryan Gosling, Dua Lipa, Hari Nef, Emma Mackey, Ana Cruz Kayne, Sharon Rooney, Issa Rae, Kate McKinnon, Nicola Coughlan e Alexandra Shipp. Encoberto pelo humor e sem medo de se jogar no “ridículo”, a produção entra em uma temática mais complexa, bastante feminista, que se revela um tanto quanto surpreendente no final.

Já reconhecida pelos filmes feministas, Gerwig tem neste longa-metragem talvez um de seus trabalhos mais desafiadores. Além de reviver o sentimento de nostalgia em gerações de mulheres, a diretora teve nas mãos a possibilidade de desenvolver a importância e o impacto da Barbie na vida das pessoas — seja como inspiração ou como padrão de beleza inalcançável. Em resumo, a comédia, em si, em tom de piada, é um dos pontos mais fortes do filme. Mais do que a própria Barbie, ela é o fio condutor de uma jornada de autoconhecimento, que mistura bem a nostalgia e a ilusão de um mundo cor-de-rosa perfeito a uma dura e insensível visão da realidade, que pode ser mais encantadora do que aparenta.

 

 

 

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