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Aumento de casos de covid-19 leva Ji-Paraná a iniciar ano letivo de forma online


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Representantes dos poderes Executivo e Legislativo se reuniram, na manhã desta sexta-feira (11), no gabinete da Secretaria Municipal de Saúde (Semusa) para falar à imprensa ji-paranaense a mudança do início das aulas, na próxima segunda-feira (14), de forma presencial para remota no Município.

P U B L I C I D A D E

Entre os motivos apontados pelas autoridades, está o crescente aumento no número de servidores da Secretaria Municipal de Educação (Semed) contaminados pela Covid-19, a baixa procura pela vacinação na população com faixa etária em idade escolar (dos 5 aos 11 anos de idade) e o aumento de 30,6% no número de pessoas contaminadas em janeiro deste ano, em relação ao mesmo período de 2021.

O secretário de Educação, Jeferson Barbosa, o secretário-adjunto da Semusa, Ivo da Silva, e o vereador Elvis Gomes (Republicanos) concederam entrevista para explicar à população os motivos que levaram o Poder Executivo a decretar o retorno às aulas na Rede Pública Municipal de Ensino “excepcionalmente de forma remota” e não de forma presencial, como estava previsto para acontecer na próxima segunda-feira.

De acordo com Jeferson Barbosa, nos últimos dias, houve um aumento exponencial do número de servidores da Semed contaminados pela Covid-19, entre eles professores, gestores, pessoal de apoio e até mesmo técnicos da Secretaria.

Como os servidores estavam de férias em janeiro, o problema foi subnotificado, porém, com a aproximação do início do ano letivo, muitos servidores têm apresentado sintomas e atestado médico positivo para a Covid.

O baixo índice de matrículas no período é outro fator preocupante segundo o secretário de Educação. Até a última terça-feira (8), apenas 6.837 alunos foram matriculados em toda a Rede Municipal de Ensino.

Para fazer um comparativo, no mesmo período em 2020 haviam 8.566 alunos matriculados. Esses números apresentados este ano só se equipara ao total de alunos matriculados em 2015, que contou com 6.861 alunos matriculados, quando a população ji-paranaense era inferior à atual.

“Esses números, por si, podem indicar o receio dos pais em matricular seus filhos em nossas unidades de ensino por conta da doença”, argumentou o secretário de Educação.

Contaminação e UTI

Corroborando com o observado na Semed, os números levantados pela Secretaria de Saúde são, “no mínimo, preocupante”, explicou Ivo da Silva. Em janeiro de 2021 havia 2,5 mil pessoas infectadas pela Covid-19 em Ji-Paraná. Em janeiro deste ano esse número subiu para 3.265 casos de pessoas infectadas pela Covid, um percentual de 30,6% de aumento em relação ao mesmo período do ano passado.

Especificamente sobre a vacinação na faixa etária dos estudantes da Rede Municipal de Ensino, entre 5 e 11 anos, menos de 2 mil crianças, de um total de aproximadamente 13 mil, foram vacinadas, ou seja, menos de 20% da população em idade escolar do Ensino Fundamental estão imunizadas.

Outro número alarmante é o de ocupação dos leitos de Unidade Intensiva de Tratamento (UTI) reservados para infectados pela Covid-19. Todos os 10 leitos disponíveis no Hospital Municipal Dr. Claudionor Couto Roriz estão ocupados.

“A administração tomou essa decisão, justamente por causa do pico de contaminação da Covid-19 neste período. Se iniciássemos as aulas de forma presencial agora, certamente teríamos uma defasagem muito grande de servidores. Precisamos lembrar que as crianças praticamente não apresentam sintomas da doença, mas são fator contaminante, ou seja, elas podem se contaminar na escola e levar a doença para a família. Essa decisão foi necessária para garantir a segurança não só das nossas crianças, mas da população como um todo. E certamente não somos só aqui em Ji-Paraná, outros municípios como Cacoal e Rolim de Moura, além de várias cidades pelo Brasil afora, acharam por bem não iniciarem as aulas de forma presencial”, lembrou Jeferson Barbosa.

“É sempre melhor prevenir do que remediar. No meu pensamento e de muitos colegas da Casa [de Vereadores], não é hora de baixar a guarda. Essa decisão de não retornar às aulas remotas nesse período, diante destes números apresentados pela Saúde, é uma decisão conjunta do Executivo, do Legislativo e dos secretários da Educação e da Saúde para o bem-estar da nossa população”, finalizou o vereador Elvis Gomes.

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