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Audiência debate riscos e prejuízos da privatização do sistema de água e esgoto no AC


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Uma audiência pública na Comissão de Serviços Públicos da Assembleia Legislativa do Acre debateu os riscos e prejuízos da privatização do sistema de água e esgoto do Acre, nessa quinta-feira (21).

P U B L I C I D A D E

Além da participação de especialistas no tema, representantes do Departamento de Água e Saneamento do Acre (Depasa), Serviço de Água e Esgoto de Rio Branco (Saerb) e trabalhadores da área foram ouvidos pelos parlamentares.

A audiência foi proposta pelo deputado estadual Jenilson Leite (PSB). Representantes do governo estado, prefeitura de Rio Branco e Sindicato dos Urbanitários foram convidados para se posicionarem sobre o tema.

Especialistas, representantes do Depasa, Saerb e trabalhadores da área participaram da audiência nessa quinta-feira (21) na Aleac — Foto: Arquivo/Aleac

Especialistas, representantes do Depasa, Saerb e trabalhadores da área participaram da audiência nessa quinta-feira (21) na Aleac — Foto: Arquivo/Aleac

Segundo o parlamentar, caso seja aprovada a privatização, as pessoas mais pobres serão as mais afetadas por não terem condições de pagar pelos serviços de água e esgoto. Ainda de acordo com ele, é necessário discutir e o melhorar o serviço, para que ele continue público e acessível a todos.

“Hoje a fase é de reestatização, porque a privatização, quando aconteceu em muitos estados brasileiros, e cidades do mundo inteiro, não trouxe aquilo que se tinha expectativa, que era expansão de rede, e melhoramento da conta. Pelo contrário, não houve a expansão de rende e a conta aumentou”, disse o deputado.

O presidente do Sindicato dos Urbanitários do Acre, Marcelo Jucá, disse que a exemplo do que aconteceu com a privatização da Eletroacre, repassar para a iniciativa privada a administração dos serviços de água e esgoto não vai resolver os problemas existentes, mas agravar a dificuldade ao acesso além de encarecê-los.

“A gente está aqui alertando a população, já temos a experiência com o setor elétrico que foi privatizado, e não podemos aceitar que façam sem discutir com a sociedade. A população precisa se envolver enquanto a empresa é pública. Não dá para fazer a situação depois que privatizarem”, afirmou Jucá.

Com a reversão dos serviços do estado para a prefeitura de Rio Branco marcado para janeiro do próximo ano, o Saerb volta a ser o responsável pelo atendimento da maior parte da população acreana. Segundo a assessora de planejamento do órgão, Janaína Dantas, o município não pretende privatizar o sistema.

“A prefeitura jamais pensou em privatização. O corpo técnico do Saerb enxerga como benefício à população a manutenção da gestão pública, junto à prefeitura. A audiência pública é uma forma de esclarecer à população as possibilidades de manter uma gestão dentro do viés público. O serviço vai ser melhorado com uma visão de gestão técnica, é nisso que o prefeito está apostando dentro da gestão do Saerb.”

G1.globo.com

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