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Ataque de mandarová já afeta mais 30% da plantação de municípios do interior do Acre


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Para identificar as plantações que estão sendo afetadas, técnicos da Sepa e do Idaf visitam as comunidades. Baculovírus está sendo aplicado nas plantações.

P U B L I C I D A D E

Produtores de várias comunidades de Cruzeiro do Sul, Rodrigues Alves e Mâncio Lima já tiveram seus roçados totalmente destruídos pelo ataque do mandarová e outros estão com a plantação infestada da lagarta em seu primeiro estágio.

A Secretaria Estadual de Produção e Agronegócio (Sepa) estima que mais de 30% da plantação desses municípios já estejam afetados pela praga.

Em alguns casos, a lagarta já chegou aos últimos estágios e destruiu totalmente o plantio. Na comunidade do Barão, em Mâncio Lima, em algumas propriedades, os técnicos da Sepa não tiveram mais tempo para evitar os danos causados pelo inseto.

De acordo com o gerente de produção da Sepa, Murilo Matos, o agricultor deve fazer uma vigilância constante para controlar a praga enquanto a lagarta ainda está na fase de larva.

“Ele tem que ver se no roçado dele tem mariposa, se alguém da redondeza teve ataque e ver se tem ova para procurar a Sepa para a gente fazer a intervenção”, orienta Matos.

Para identificar as plantações que estão sendo afetadas, técnicos da Sepa e do Instituto de Defesa Agroflorestal (Idaf) visitam as comunidades e orientam os produtores a manter a atenção no roçado.

Na propriedade do agricultor Marcos Araújo, que mora no ramal Tucandeira, em Cruzeiro do Sul, e produz mais de 600 sacas de farinha por ano, os técnicos identificaram, nesta quinta-feira (6), que as 4 hectares de mandioca já estavam sendo atacadas.

“Há um mês já teve uma parte que elas destruíram e agora, se eles não tivessem vindo aqui, o prejuízo tinha sido bem maior, porque eu ainda não tinha prestado atenção e não tinha visto as lagartas”, disse Araújo.

Para controlar a praga no roçado de Araújo, a equipe da Sepa fez a aplicação do baculovírus, um produto feito com a própria lagarta que extermina o inseto quando ainda está no primeiro estágio.

“Este é o terceiro roçado que estamos aplicando o baculovírus, porque temos que ir em campo mostrar para eles o tamanho certo da lagarta para aplicar. O produto tem que ser aplicado nela pequena, porque depois de grande não tem tanta eficiência”, disse o coordenador da Sepa.

A preocupação das instituições de apoio à produção é porque o mandarová age rápido. Na propriedade do Araújo, de acordo com o coordenador da Sepa, se não tivesse sido feita a aplicação do baculovírus a tempo, em poucos dias o roçado estava destruído.

“No máximo, em uma semana, o roçado dele estava dizimado, mas garantimos que estamos aplicando na hora certa e ele não terá nenhum prejuízo”, garante Lima.

 Aplicações estão sendo feitas para tentar conter a praga  — Foto: Mazinho Rogério/G1

Aplicações estão sendo feitas para tentar conter a praga — Foto: Mazinho Rogério/G1

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