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Alzheimer: Qual médico procurar para realizar o tratamento?


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O Alzheimer se trata de um quadro de perda das funções cognitivas, como memória, orientação, atenção e linguagem, ocasionado pela morte de células cerebrais. Foi descrito pela primeira vez em 1906, pelo médico alemão Aloysius Alzheimer. Quando identificado no início, é possível retardar seu avanço e ter mais controle sobre os sintomas, garantindomelhor qualidade de vida ao paciente e a sua família. No Brasil, estima-se que existam 1,2 milhão de casos de Alzheimer, a maior parte ainda sem diagnóstico. 

Alzheimer: Qual médico procurar para realizar o tratamento?
Alzheimer: Qual médico procurar para realizar o tratamento?
P U B L I C I D A D E

Neste artigo, você vai conferir qual médico deve procurar nos casos de suspeita de Alzheimer e quais os sintomas de acordo com cada fase da doença, entre outras informações importantes sobre o assunto. Boa leitura! 

Qual médico trata o Alzheimer?

Neurologistas, psiquiatras e geriatras são os especialistas mais indicados para fazer o diagnóstico do Alzheimer. Eles são os profissionais mais capacitados para diferenciar a doença de outras ocorrências comuns do envelhecimento. 

O diagnóstico do Alzheimer não é algo tão simples de ser feito, justamente porque os seus sintomas podem ser facilmente confundidos com outras questões, que muitas vezes são inerentes ao avanço da idade.

Qual médico trata o Alzheimer?
Qual médico trata o Alzheimer?

Para realizar um diagnóstico seguro e adequado, é preciso fazer a investigação por exclusão, checando se os problemas relatados pelo paciente podem ser causados por outras doenças. 

Cada especialista pode abordar aspectos diferentes da doença ao traçar um plano de tratamento. Em todos os casos, o principal objetivo é melhorar a qualidade de vida do paciente e aliviar os sintomas o quanto for possível, já que a doença não tem cura. 

Veja a seguir o papel de cada especialidade no diagnóstico e tratamento do Alzheimer. 

Neurologia

Como o Alzheimer se trata de uma doença degenerativa que acomete o cérebro, é comumente diagnosticado pelo neurologista. Uma vez identificada a doença, o profissional pode prosseguir com o acompanhamento e tratamento do paciente.

Neurologia: pode ser uma das frentes de combate ao Alzheimer
Neurologia: pode ser uma das frentes de combate ao Alzheimer

Devido a sua especialidade, seu trabalho fica concentrado em cuidados com o sistema nervoso. Algumas áreas nas quais o neurologista pode focar sua atenção são as dificuldades motoras e de fala, e a falta de memória. Para isso, pode recorrer à prescrição de medicamentos específicos. 

Psiquiatria

O profissional especialista nesta área também pode contribuir com o diagnóstico de Alzheimer, já que tem condições de diferenciar a doença de outras.

A psiquiatria te ajudará a lidar com as emoções trazidas pela doença
A psiquiatria te ajudará a lidar com as emoções trazidas pela doença

Durante o tratamento e acompanhamento, sua frente de trabalho se difere um pouco da neurologia.

O psiquiatra poderá auxiliar o paciente com relação às questões emocionais, já que o Alzheimer pode favorecer o desenvolvimento de quadros de depressão, agitação, agressividade ou distúrbios do sono. Além disso, a doença pode evoluir de forma a se tornar incapacitante.

Geriatria

Como a imensa maioria de casos de Alzheimer acomete idosos, o geriatra é um profissional essencial para fazer o acompanhamento do paciente diagnosticado com o problema. Muitas vezes, esse especialista pode ser o responsável por observar os primeiros sintomas. 

Geriatria é uma das especialidades que costumam detectar problemas como estes
Geriatria é uma das especialidades que costumam detectar problemas como estes.

O geriatra é responsável por cuidar e tratar de diversas outras doenças típicas do envelhecimento, visando promover a qualidade de vida para o idoso. Esse profissional também fornece cuidados paliativos aos pacientes portadores de doenças sem possibilidade de cura.

Agora que você já sabe os profissionais aos quais pode recorrer no caso de suspeita de Alzheimer, é bom também ficar atento aos sintomas da doença. Confira a seguir! 

Quais os sintomas do Alzheimer? 

O Alzheimer é uma doença que tem progressão lenta, com sintomas que podem variar de acordo com o estágio que o paciente se encontra. Veremos a seguir quais são eles. 

Fase inicial

Na fase inicial, os primeiros sintomas se manifestam a partir das primeiras alterações na memória. Coisas corriqueiras do cotidiano começam a ser esquecidas, como o que comeu de almoço naquele dia, ou se trancou ou não as portas antes de sair de casa.

Fase inicial do Alzheimer
Fase inicial do Alzheimer

A noção de tempo e espaço também começa a ser afetada nesse primeiro estágio, e a pessoa pode começar a ter dificuldades de se lembrar onde está, qual caminho deve fazer para voltar para casa ou qual é o dia da semana. 

Também podem acontecer algumas alterações na personalidade do paciente, como sinais de agressividade e/ou depressão. Alterações de humor e perda de interesse em realizar atividades costumeiras podem fazer parte dessa primeira fase do Alzheimer.

Fase moderada

Durante a fase moderada da doença, os sintomas começam a ficar mais evidentes, tornando mais fácil o diagnóstico. A perda da memória se torna mais acentuada, e o paciente pode se esquecer do nome de familiares ou pessoas próximas, com quem está habituado a conviver. 

Também é possível notar certa dificuldade para realizar algumas tarefas comuns do dia a dia. Nessa fase, é comum esquecer o fogão ligado ou não trancar a porta ao sair, por exemplo, o que acaba aumentando os riscos e deixando o paciente mais vulnerável. 

A segunda fase, percebemos o agravamento dos sintomas
A segunda fase, percebemos o agravamento dos sintomas

A desorientação também se agrava, e a pessoa pode se perder dentro da própria casa. Agitação e insônia também são alguns sintomas que passam a fazer parte da rotina, além da capacidade de cuidar da própria higiene pessoal, que pode ficar comprometida.  

A partir desse momento, o paciente se torna incapaz de viver sozinho, devido aos riscos que pode enfrentar. O ideal, nessa situação, é que conte com a companhia de outra pessoa, que possa cuidar do paciente com Alzheimer e ajudar com as tarefas diárias. 

Fase avançada

Durante a fase avançada do Alzheimer, os sintomas apresentados até então se agravam bastante. O comprometimento cognitivo avança e o paciente então passa a apresentar dificuldades para andar, comer e falar.

Aspectos como a incontinência urinária e fecal também passam a ser comuns, bem como a dificuldade para reconhecer nomes e rostos de pessoas próximas e familiares. 

Terceira fase do Alzheimer
Terceira fase do Alzheimer

As fases aqui mencionadas são classificadas de acordo com o estado da memória e da realização de atividades sociais e instrumentais do paciente. Não há uma regra que facilite prever como será a evolução da doença. Há pacientes que podem alcançar a fase grave de 2 a 5 anos após os primeiros sintomas, e outros podem levar de 10 a 16 anos

A fase avançada da doença pode durar em torno de 2 a 4 anos. Nos casos de Alzheimer precoce, iniciados antes dos 65 anos, os sintomas podem evoluir mais rapidamente. 

Cada pessoa que enfrenta o Alzheimer pode ter uma evolução diferente dos sintomas, o que vai depender também da sua reserva cognitiva, escolaridade, intelectualidade e sociabilidade. 

Continue a leitura para conferir quais os exames usualmente realizados para auxiliar no diagnóstico do Alzheimer. 

Quais exames são feitos para identificar o Alzheimer?

Para fazer o diagnóstico do Alzheimer, o médico responsável precisa avaliar a histórica clínica do paciente, observando e reunindo informações sobre possíveis sinais e sintomas apresentados. 

Quais exames são feitos para identificar o Alzheimer?
Quais exames são feitos para identificar o Alzheimer?

Além disso, é preciso realizar testes cognitivos e de memória para obter uma avaliação completa e adequada sobre o quadro neuropsicológico do paciente. Esses testes geralmente observam aspectos como a concentração, capacidade linguística, orientação de espaço, humor e diagnóstico de depressão, entre outros que podem ser indicativos de Alzheimer. 

Os principais testes utilizados são:

  • Miniexame do estado mental.
  • Avaliação Cognitiva de Montreal (Montreal Cognitive Assessment – MoCA).
  • Escala de avaliação para a Doença de Alzheimer.
  • Teste do relógio.
  • Teste da fluência verbal.

Além dos testes, também é imprescindível fazer exames de imagens para constatar o diagnóstico de Alzheimer. Essa doença leva à morte das células nervosas e perda de tecido do cérebro. O órgão pode encolher com o passar do tempo, afetando quase todas as suas funções.

Além dos testes, também é imprescindível fazer exames de imagens para constatar o diagnóstico
Além dos testes, também é imprescindível fazer exames de imagens para constatar o diagnóstico

Sendo assim, esses exames podem ser úteis em mostrar as evidências físicas da doença, como a redução do volume cerebral. Também servem para excluir a possibilidade de outras doenças, como AVC, tumor cerebral ou esclerose múltipla. Os exames de diagnóstico por imagem mais solicitados são:

  • Tomografia computadorizada.
  • Ressonância magnética.
  • PET/CT.

A doença de Alzheimer é uma doença progressiva, que afeta não apenas o paciente diagnosticado com o problema, mas todo o seu círculo familiar. Como não tem cura, pode causar grande impacto familiar, emocional e financeiro. 

Apesar disso, há tratamentos e cuidados capazes de garantir a manutenção da dignidade do paciente com Alzheimer. Lembre-se que, quanto antes a doença for identificada, melhor, e nesse momento os cuidados e sensibilidade do especialista escolhido são fundamentais para que a família possa enfrentar o diagnóstico da melhor forma. 

Ficou com alguma dúvida sobre a doença de Alzheimer e os profissionais envolvidos em seu diagnóstico? Deixe sua pergunta nos comentários abaixo para ajudarmos a resolvê-la.

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