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Álcool no organismo: saiba o que acontece e como eliminar


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Não há como negar que o consumo de álcool é quase sempre socialmente aceito. Ou seja, é difícil encontrar situações em que beber é visto como algo que não deve ser feito e frequentemente nos deparamos com incentivos ao consumo de bebidas alcoólicas. Porém, é preciso sempre considerar o efeito do álcool no organismo e o risco que isso traz no curto, no médio e no longo prazo.

P U B L I C I D A D E

Se beber demais uma ou duas vezes pode gerar ressacas inesquecíveis, o consumo constante de quantidades excessivas de álcool pode desencadear uma série de doenças, incluindo a dependência na substância. Por isso, veja o que precisa saber sobre o assunto para fazer escolhas mais conscientes.

O que acontece no corpo após beber álcool?

O álcool, também chamado de etanol, é uma substância oriunda da fermentação de açúcares, por meio da ação de leveduras. A partir disso, ele se faz presente em diferentes bebidas, indo da cerveja até os destilados, passando pelo vinho.

A maior parte da absorção do álcool se dá no estomago e no intestino delgado e começa minutos após a ingestão da bebida. Em média, o pico da concentração etílica no sangue se dá cerca de 90 minutos após o gole na bebida.

Nos primeiros minutos, é comum que o álcool provoque uma leve sensação de euforia e desinibição. Ou seja, quem bebe se torna mais sociável e fala mais. Contudo, o álcool é, na verdade, um depressor do sistema nervoso central. Portanto, à medida que a concentração dele no organismo aumenta, a pessoa se torna sonolenta, com reflexos lentos e tem o senso motor afetado (logo, pode ser difícil até mesmo andar em linha reta). Esses são os sinais mais característicos da embriaguez.

O que acontece com o excesso de álcool no organismo?

Sob o ponto de vista fisiológico, a partir do momento em que uma dose de álcool entra no organismo, pouco minutos depois ela se transforma em um derivado da decomposição da substância, que recebe o nome de acetaldeído. A grande questão é que o acetaldeído é altamente tóxico.

Se poucas doses de álcool forem consumidas, não há maiores problemas: o organismo dá conta de efetivar processos que vão eliminar esse “veneno” por conta própria. Por outro lado, se o volume de álcool (e, por consequência, de acetaldeído) foi muito grande, os sintomas mais agudos da intoxicação dão as caras, ainda que o excesso de álcool no sangue comece a cair assim que se parar de beber.

Quem já exagerou na dose conhece muito bem esses sintomas, já que eles recebem o nome de ressaca. Os mais comuns são dores de cabeça, boca seca, enjoo, náusea e cansaço, entre outras sensações nada agradáveis. A ressaca geralmente é um problema que se resolve por conta própria. Garantir a hidratação adequada e uma boa alimentação pode encurtar a duração dos sintomas.

Excesso de álcool no corpo: é possível fazer alguma coisa?

A partir do momento em que a embriaguez se instala no organismo, não há muito o que fazer. O ideal, claro, é interromper a bebedeira, se hidratar com água e esperar os efeitos passarem. A maior parte do álcool é eliminada após ser metabolizada no fígado.

Sem isso, o próximo estágio do efeito do álcool é o coma alcoólico, quando o excesso de álcool no organismo é tamanho que o corpo “apaga” devido a extrema dificuldade em se manter consciente provocada pela bebida, associada à depressão de sinais vitais. Ou seja, é normal que a respiração e os batimentos cardíacos fiquem mais lentos. A situação pode ser agravada se o álcool tiver sido misturado junto com outras drogas ilícitas ou mesmo determinados medicamentos (como ansiolíticos ou analgésicos opioides).

Em geral, esse tipo de quadro precisa de suporte médico imediato. Enquanto não se obtém ajuda, é importante não deixa a pessoa embriagada sozinha. Isso evita mortes por engasgos ou acidentes.

No mais, é preciso sempre levar em conta que o dano gerado pela embriaguez extrema varia de pessoa para pessoa. Fatores como a velocidade em que o álcool foi ingerido, o peso corporal, a quantidade de gordura no corpo e a tolerância à bebida são aspectos que podem aumentar ou diminuir a progressão da embriaguez.

Que partes do corpo o álcool afeta e que doenças estão associadas ao abuso dessa substância?

Os riscos do consumo excessivo de álcool não se resumem aos efeitos de curto prazo. No longo prazo, o consumo regular em grandes quantidades pode gerar uma série de consequências para saúde, tanto do ponto de vista físico quanto psicológico. Não por menos, a Organização Mundial de Saúde indica que não existe dose segura para o consumo de álcool.

Além de maior propensão à violência e exposição a comportamentos de risco (como dirigir bêbado, por exemplo), o consumo de álcool está associado a uma maior chance de desenvolver diferentes tipos de câncer (na boca, no esôfago, no estômago e no fígado, por exemplo).

Por falar nesse órgão, o excesso de álcool no fígado é uma das principais causas da chamada esteatose hepática alcoólica, conhecida como gordura no fígado. Sem o devido acompanhamento, a condição pode desencadear a cirrose hepática e uma série de outras lesões hepáticas, comprometendo a funcionalidade do órgão.

Em relação à saúde mental, o consumo de álcool pode estar associado a diferentes transtornos de humor e comportamento. Além disso, a dependência de álcool por si só já é uma doença, que recebe o nome de alcoolismo. Por isso, quem não consegue deixar de beber por contra própria e vê suas atividades afetadas, precisa de ajuda para obter o tratamento adequado.

Ou seja, é possível fazer muitos conteúdos apenas descrevendo doenças causadas pelo consumo de álcool. Diante disso, se você está preocupado com o excesso de álcool no organismo, o ideal é repensar sua relação com a bebida, sempre em busca de tentá-la manter em um patamar menos arriscado. Além disso, quando for beber tente alternar cada copo de bebida alcoólica com outras opções sem álcool, principalmente água. Assim, é possível minimizar os sintomas de uma possível ressaca, prevenir uma desidratação e beber menos.

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Revisão técnica: Alexandre R. Marra, pesquisador do Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein (IIEP) e docente permanente do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde da Faculdade Israelita de Ciências da Saúde Albert Einstein (FICSAE).

 

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