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Acre notifica mais de 3,5 mil casos de malária em 2023, aponta Saúde


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O Acre notificou mais de 3,5 mil casos positivos de malária nos primeiros oito meses deste ano. Os dados são do resumo epidemiológico divulgado, a pedido do g1, nesta quinta-feira (14) pelo Departamento de Vigilância em Saúde, da Secretaria Estadual de Saúde (Sesacre).

P U B L I C I D A D E

O número de casos positivos da doença vem caindo nos últimos anos no Acre. Segundo o levantamento da Saúde, entre janeiro e agosto de 2022 foram registrados 4.437 casos de malária em todo estado. Ou seja, em um ano, a redução foi de quase 20% nas notificações.

Este ano, segundo a Saúde, foi registrado um óbito por conta da malária, na cidade de Tarauacá, no interior do Acre. Em todo o ano de 2022 foram notificados dois óbitos em Cruzeiro do Sul.

Em Cruzeiro do Sul, os casos de malária aumentaram 9% em um ano. Segundo os dados, em 2022, de janeiro a agosto foram registrados 1.889 casos e no mesmo período este ano foram 2.061 casos. Já em Mâncio Lima, houve uma redução de 34% nos casos, saindo de 1.459 para 962 em um ano. Em Rodrigues Alves também teve uma queda de 60,4% nos casos da doença no mesmo período.

O boletim mostra que em todo o ano passado, o Acre registrou 6.139 casos de malária, o que representou uma queda de 27,5% em relação ao ano de 2021, quando foram contabilizados mais de 8,4 mil casos. De 2018 a 2022, o estado apresentou uma redução de 76,2% nas notificações da doença.

Eliminação da malária até 2035

 

Estando entre os estados com maiores taxas de malária, o Acre aderiu, em maio do ano passado, ao plano nacional do Ministério da Saúde de eliminação da malária até 2035.

O plano foi lançado pelo então ministro da Saúde, Marcelo Queiroga. Entre as metas estão a de chegar a 2025 com menos de 68 mil casos, a 2030 com menos de 14 mil casos autóctones (que têm transmissão relatada dentro do Brasil) e de eliminação da doença até 2035 (zero casos autóctones).

Doença e seus sintomas

 

O Ministério da Saúde define a malária como uma “doença infecciosa febril aguda”, causada por “protozoários transmitidos pela fêmea infectada do mosquito Anopheles”.

Qualquer pessoa pode contrair a malária. Quem apresenta várias infecções da doença pode atingir uma imunidade parcial, com poucos ou quase nenhum sintoma. Até hoje, a imunidade total não foi observada. Não há vacina aprovada contra a doença.

No Brasil, a maioria dos casos de malária se concentra na região amazônica – Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins. As outras regiões do país têm poucas notificações, mas a doença não pode ser negligenciada devido à alta letalidade.

Os sintomas são:

  • febre alta;
  • calafrios;
  • tremores;
  • sudorese;
  • dor de cabeça, que podem ocorrer de forma cíclica.

De acordo com o ministério, muitas pessoas também sentem náuseas, vômitos, cansaço e falta de apetite, principalmente antes da fase aguda.

Em geral, após a confirmação do diagnóstico de malária, o paciente recebe tratamento em regime ambulatorial, com medicamentos que são fornecidos gratuitamente em unidades do SUS. Somente os casos graves devem ser hospitalizados de imediato.

G1

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