Por | Rondônia Dinâmica
Porto Velho, RO – O jornalista Nilton Salinafoi o convidado do podcast Resenha Política, apresentado por Robson Oliveira em parceria exclusiva com o Rondônia Dinâmica. Logo no início, Oliveira contextualizou a audiência e as plataformas de exibição antes de introduzir o entrevistado. Ao ser questionado sobre o teor de suas publicações recentes, Salina afirmou que o ponto de corte editorial é a presença de dinheiro público: “O material que eu coloco, geralmente, tem alguma coisa a ver com recurso público. [...] A vida do político é uma coisa; mas, geralmente, tem recurso público envolvido”.
Na sequência, o entrevistado relacionou episódios íntimos a atos de gestão ou de gabinete. Segundo ele, há situações em que viagens oficiais (“diárias”) serviriam de pano de fundo para relações extraconjugais. Em diálogo, Oliveira perguntou se “sempre eles levam alguém”, e Salina respondeu: “Segundo dizem”. Em outro trecho, relatou o caso de um parlamentar que teria feito cirurgia íntima (faloplastia) por razões pessoais, frisando que não houve pagamento com verbas públicas, mas que a narrativa se torna de interesse público porque “ele colocou [a amante] no gabinete dele. [...] Tirou ela do gabinete de um outro deputado e levou ela pro gabinete dele. Aí vale”.
Salina também descreveu um caso envolvendo o vazamento de vídeos íntimos produzidos no celular de um vereador em Pimenta Bueno. Segundo o jornalista, a mulher que gravou os vídeos “trabalhou na campanha pra ele”, usou o aparelho do parlamentar, e as imagens ficaram armazenadas no iCloud associado à conta do vereador. Ele contextualizou que o vazamento ocorreu após desavenças com a mãe do vereador, “que é secretária da saúde”, e no contexto de uma denúncia relacionada à secretaria: “Vê que tem coisa pública envolvida, né? [...] Coisa envolvendo lá partos, dinheiro do SUS”. No diálogo, Oliveira pediu esclarecimentos técnicos sobre o armazenamento e o acesso às imagens, e Salina explicou o procedimento de backup e sincronização.
Em outro relato, o jornalista mencionou um episódio de motel que teria envolvido um secretário de esportes, uma coordenadora e o marido desta, motorista da prefeitura. Segundo ele, “eles viajavam juntos com o diário [...] e de tanto eles viajarem juntos, o motorista começou a ficar desconfiado”, apontando novamente para o uso de recursos de viagem. Questionado sobre consequências administrativas, disse que, antes da divulgação, “o prefeito tinha exonerado ela [...] mas não exonerou o secretário”, o que motivou a publicação do conteúdo por entender que o “tratamento” deveria ser igual para ambos.
O programa trouxe ainda um caso atribuído a Ouro Preto, descrito por Salina com referências indiretas (“lá acontece muito rodeio”). O jornalista relatou confusão policial envolvendo agressões, a presença de viaturas da PM, a intervenção de uma “mulher do prefeito” e a posterior liberação dos envolvidos na delegacia, segundo sua narrativa, porque “o delegado é sobrinho do prefeito”. Interpelado por Oliveira, Salina destacou que cobrou esclarecimentos públicos e que, em situações com contestação jurídica, registra versões e retificações quando necessário, citando, por exemplo, uma correção sobre a presença do governador em determinado evento após contato da assessoria.
A entrevista avançou então para a disputa eleitoral ao Senado e ao governo. Salina listou quatro pré-candidatos ao Senado “em Ji-Paraná”, mencionando Bruno Scheide, Sílvia Cristina, Assis e Marcos Rogério, e discutiu os impactos de elegibilidade e pulverização de votos. Em diálogo direto, ele questionou se, no comando do PL em cenário com Jair Bolsonaro em prisão domiciliar, Marcos Rogério permitiria a candidatura de Bruno Scheide: “Você deixaria Bruno Scheidt ser candidato?”. Oliveira respondeu: “Não. Nem deixava [ele] se filiar”.
Salina avaliou que Marcos Rocha “passa a ser um candidato forte” em eventual corrida majoritária, e ponderou sobre o crescimento do Delegado Camargo: “Hoje [...] ele é a única oposição que tem ao governo”, acrescentando que a pauta do espectro do autismo mobiliza famílias e pode ampliar seu alcance. Em sua leitura, a fragmentação no campo da direita abre espaço para Confúcio Moura: “Brincar, o Confúcio ganha”, disse o entrevistado, ao falar do efeito da pulverização em eleição “sem segundo turno” para o Senado.
No balanço de obras federais, Salina afirmou que, conforme provocação pública do jornalista Samuel Costa (“prometeu um carro para quem mostrasse uma obra iniciada e terminada pelo Bolsonaro em Rondônia”), “não tem nenhuma” concluída no estado sob o governo Bolsonaro; ao mesmo tempo, creditou ao senador Confúcio Moura a “viabilização” de iniciativas federais recentes, citando rodovias e a avenida Jorge Teixeira, em Porto Velho. Oliveira contrapôs com a leitura do “antipetismo” histórico em Rondônia, mencionando cidades administradas pelo PT no passado e uma pesquisa recente que teria apontado “62%” de rejeição a Lula no estado, reforçando que se trata de percepção regional consolidada. Ao encerrar, Salina diferenciou figura pública e gestão: “Enquanto pessoa, o Lula é melhor que o Bolsonaro”, e criticou declarações do ex-presidente sobre vítimas da Covid-19. As informações são do site Rondônia Dinâmica.
Texto originalmente publicado em https://www.rondoniadinamica.com/noticias/2025/10/de-cirurgia-para-aumento-de-penis-a-escandalos-de-motel-jornalista-revela-bastidores-intimos-de-politicos-de-rondonia,229179.shtml. A reprodução é permitida desde que citada a fonte e incluído o link para o artigo original. Respeite os direitos autorais e compartilhe com responsabilidade.
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