Pesquisadores brasileiros comparam, pela primeira vez, quatro tipos de energia no tratamento da síndrome geniturinária da menopausa, colocando o Instituto GRIS no mapa da ciência internacional

Instituto GRIS, com sede em Curitiba (PR), acaba de alcançar um marco científico inédito: a publicação de um estudo clínico original na revista Maturitas, o periódico oficial da European Menopause and Andropause Society (EMAS), uma das mais prestigiadas revistas do mundo nas áreas de saúde da mulher, climatério e endocrinologia do envelhecimento.

O artigo, intitulado “Microablative and non-ablative laser and radiofrequency treatment of genitourinary syndrome of menopause: A randomised controlled trial with four different energies”, publicado na edição de novembro, representa o único ensaio clínico randomizado no mundo que comparou quatro diferentes tipos de energia, sendo laser Er:YAG, laser CO₂, radiofrequência não ablativa e radiofrequência microablativa, no tratamento da síndrome geniturinária da menopausa (SGM).

Realizado em parceria com a Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), o estudo conduzido pela médica ginecologista do Instituto GRIS, Helena Slongo, especializada em uroginecologia e cirurgia ginecológica, avaliou 48 mulheres pós-menopáusicas e comprovou que todas as modalidades de energia proporcionam melhora significativa nos sintomas de ressecamento vaginal e dor durante a relação sexual, além de alterações histológicas e citológica mensuráveis, como o aumento da espessura e da densidade do colágeno na mucosa vaginal.

“É uma conquista gigantesca para a ciência brasileira e para a ginecologia regenerativa”, afirma Alexandra Ongaratto, médica especializada em ginecologia endócrina e climatério e Diretora Técnica do Instituto GRIS e uma das autoras do trabalho. “Pela primeira vez, conseguimos comparar quatro tecnologias diferentes sob o mesmo protocolo clínico e com análise histológica e citológica detalhada. Isso ajuda a estabelecer parâmetros técnicos e de segurança que servirão de base para protocolos futuros em todo o mundo”.

A força da ciência feita no Brasil

A publicação na Maturitas é um reconhecimento internacional da qualidade metodológica e da relevância clínica da pesquisa conduzida pelo Instituto GRIS. “Estar na Maturitas significa entrar no debate científico global sobre o uso de laser e radiofrequência na menopausa. Nosso estudo tem grande potencial para ser citado como referência para diretrizes internacionais”, explica Alexandra.

A médica reforça o valor simbólico da conquista: “O GRIS nasceu com o propósito de unir ciência, tecnologia e cuidado clínico. Publicar em uma revista desse nível mostra que é possível fazer ciência de ponta fora dos grandes centros universitários, e isso é motivo de muito orgulho para nós e para o Brasil”. Ela cita também que o Instituto GRIS já está desenvolvendo novos projetos de pesquisa nessa mesma linha de tecnologias. 

O estudo contou com a colaboração de especialistas do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia e do Departamento de Patologia da UNICAMP. As análises histológicas e citológicas foram realizadas com rigor técnico e seguiram os padrões internacionais de ensaios clínicos controlados e registrados no Registro Brasileiro de Ensaios Clínicos (ReBEC).

Relevância clínica e impacto internacional

síndrome geniturinária da menopausa (SGM) afeta até 84% das mulheres pós-menopáusicas, causando sintomas como ressecamento vaginal, dor, ardência e desconforto urinário. Apesar de sua alta prevalência, o tratamento com energias, como laser e radiofrequência, ainda gera debates na comunidade médica.

“Nosso objetivo foi trazer dados concretos, baseados em evidência histológica e citológica, para apoiar a prática clínica com segurança e respaldo científico”, detalha Alexandra. “Os resultados mostraram que diferentes tipos de energia têm efeitos equivalentes em eficácia e regeneração tecidual, o que amplia as possibilidades terapêuticas para as mulheres”.

Com a publicação, o Instituto GRIS consolida sua posição como referência internacional em medicina regenerativa ginecológica, abrindo espaço para que futuras pesquisas brasileiras ganhem visibilidade e contribuam para a formulação de diretrizes globais sobre o tema.

Instituto GRIS

O Instituto GRIS tem como compromisso priorizar o bem-estar e a saúde feminina. Sediado em Curitiba, é pioneiro como o primeiro Centro Clínico Ginecológico do Brasil, agregando as mais avançadas tecnologias para o cuidado da saúde íntima feminina. Seu enfoque abrangente e especializado combina inovação e dedicação, ajudando as mulheres a assumirem o protagonismo em suas jornadas de saúde.