Entre rios, florestas e comunidades tradicionais
A magia de Alter do Chão vai além da paisagem: ela está na conexão entre natureza e cultura. Durante o chamado verão amazônico — entre agosto e dezembro —, as águas baixam e revelam praias de areia branca que lembram ilhas tropicais. Nesse período, hotéis e pousadas ficam lotados de turistas vindos de todo o Brasil e do exterior.
Mas o encanto da vila permanece o ano inteiro. Há trilhas na floresta, passeios de canoa pelos igarapés, banhos em lagoas e experiências com comunidades ribeirinhas e indígenas, como a Borari, onde é possível dormir na floresta e saborear pratos típicos preparados com ingredientes locais.
O turismo de base comunitária é uma das experiências mais autênticas da região. Visitantes podem aprender sobre o cultivo de mandioca na comunidade São Marcos, remar entre castanheiras e participar de vivências com os povos do Tapajós e Arapiuns, conhecendo o modo de vida amazônico de forma sustentável.
Como chegar
Para conhecer Alter do Chão, o ponto de partida é Santarém, cidade com aeroporto que recebe voos diretos de Brasília, Belém e Manaus. Também é possível chegar por barco a partir de Belém ou Manaus, em uma travessia que pode durar até dois dias — uma viagem dentro da Amazônia.
Da cidade, o trajeto de 37 km até a vila é feito pela rodovia PA-457 (Everaldo Martins), em cerca de 45 minutos.
Ecoturismo e preservação
Mais do que um destino de férias, Alter do Chão representa um modelo de turismo sustentável que une desenvolvimento econômico e preservação ambiental. Suas comunidades vivem em harmonia com o ritmo dos rios, preservando saberes ancestrais e a rica biodiversidade amazônica.
Com suas praias de rio, trilhas e tradições, Alter do Chão é um convite à contemplação e ao respeito pela natureza, um pedacinho da Amazônia que prova que o verdadeiro paraíso pode estar bem no coração do Brasil.
Leia mais em: https://www.diariodolitoral.com.br/cotidiano/caribe-brasileiro-vira-destaque-nacional-e-conquista-titulo-de/204111/
SAIBA MAIS:
Fundada no dia 6 de março de 1626, pelo português Pedro Teixeira, foi elevada a categoria de vila por Francisco Xavier de Mendonça Furtado, governador da capitania do Grão-Pará, durante o Brasil Colônia, no dia 6 de março de 1758.
Alter do Chão, durante os séculos XVII e XVIII, recebeu diversas missões religiosas comandadas pelos jesuítas da ordem Companhia de Jesus. O culto de Nossa Senhora da Saúde foi instituído. Tornou-se esta, a santa padroeira local.
Até o século XVIII, a vila era habitada majoritariamente por comunidades indígenas Boraris. Ainda se tem vestígios dos nativos devido à existência de diversos locais com grande quantidade de pedaços de barro e frequentemente são encontradas peças na forma de cabeça de urubu, círculos com furo no meio, cachimbos, entre outros, além de machados de pedra polida.[2]
No início do século XX, Alter do Chão era uma das rotas de transporte do látex extraído das seringueiras de Belterra e Fordlândia. Foi um período curto de desenvolvimento para a vila, mas, a partir da década de 1950, ocorreu a decadência do extrativismo amazônico e a vila foi atingida pelo déficit econômico. Desde a década de 1990 até os dias de hoje, o atual distrito aposta no turismo para evoluir economicamente, no que tem obtido bons resultados.
Etimologia
A origem do nome é uma homenagem à vila portuguesa de Alter do Chão.
Praias em Alter do Chão
Nas margens do rio Tapajós e do Lago Verde, em Alter do Chão, existem diversas praias. A mais famosa delas é a praia de mesmo nome do distrito, localizada em uma península com terrenos arenosos e inundáveis e também conhecida como Ilha do Amor. Existem também praias menores, como Cajueiro, na orla do distrito.[3]
Alter do Chão também é a porta de entrada para outros balneários, como Pindobal e Porto Novo, em Belterra, e Ponta de Pedras, em Santarém.
Festa do Çairé
O festival folclórico conhecido como Festa do Çairé é o mais importante do município de Santarém. Durante o período de festejos, ocorre o sincretismo entre os rituais religiosos ligados ao catolicismo e os profanos, estes últimos de origem indígena e enraizados entre os atuais habitantes. Lendas regionais, como a do boto amazônico, também são representadas.
fonte: https://pt.wikipedia.org/
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