Alter do Chão é um dos distritos administrativos do município de Santarém, no estado do Pará. Localizado na margem direita do Rio Tapajós, dista do centro da cidade cerca de 37 quilômetros através da rodovia Everaldo Martins (PA-457). É o principal ponto turístico de Santarém, pois abriga a mais bonita praia de água doce do mundo segundo o jornal inglês The Guardian, ficando conhecida popularmente como Caribe Brasileiro.[1]








Entre rios, florestas e comunidades tradicionais

A magia de Alter do Chão vai além da paisagem: ela está na conexão entre natureza e cultura. Durante o chamado verão amazônico — entre agosto e dezembro —, as águas baixam e revelam praias de areia branca que lembram ilhas tropicais. Nesse período, hotéis e pousadas ficam lotados de turistas vindos de todo o Brasil e do exterior.


Mas o encanto da vila permanece o ano inteiro. Há trilhas na floresta, passeios de canoa pelos igarapés, banhos em lagoas e experiências com comunidades ribeirinhas e indígenas, como a Borari, onde é possível dormir na floresta e saborear pratos típicos preparados com ingredientes locais.


O turismo de base comunitária é uma das experiências mais autênticas da região. Visitantes podem aprender sobre o cultivo de mandioca na comunidade São Marcos, remar entre castanheiras e participar de vivências com os povos do Tapajós e Arapiuns, conhecendo o modo de vida amazônico de forma sustentável.



Como chegar

Para conhecer Alter do Chão, o ponto de partida é Santarém, cidade com aeroporto que recebe voos diretos de Brasília, Belém e Manaus. Também é possível chegar por barco a partir de Belém ou Manaus, em uma travessia que pode durar até dois dias — uma viagem dentro da Amazônia.

Da cidade, o trajeto de 37 km até a vila é feito pela rodovia PA-457 (Everaldo Martins), em cerca de 45 minutos.


Ecoturismo e preservação

Mais do que um destino de férias, Alter do Chão representa um modelo de turismo sustentável que une desenvolvimento econômico e preservação ambiental. Suas comunidades vivem em harmonia com o ritmo dos rios, preservando saberes ancestrais e a rica biodiversidade amazônica.


Com suas praias de rio, trilhas e tradições, Alter do Chão é um convite à contemplação e ao respeito pela natureza, um pedacinho da Amazônia que prova que o verdadeiro paraíso pode estar bem no coração do Brasil.




Leia mais em: https://www.diariodolitoral.com.br/cotidiano/caribe-brasileiro-vira-destaque-nacional-e-conquista-titulo-de/204111/


SAIBA MAIS: 

Fundada no dia 6 de março de 1626, pelo português Pedro Teixeira, foi elevada a categoria de vila por Francisco Xavier de Mendonça Furtadogovernador da capitania do Grão-Pará, durante o Brasil Colônia, no dia 6 de março de 1758.

Alter do Chão, durante os séculos XVII e XVIII, recebeu diversas missões religiosas comandadas pelos jesuítas da ordem Companhia de Jesus. O culto de Nossa Senhora da Saúde foi instituído. Tornou-se esta, a santa padroeira local.

Até o século XVIII, a vila era habitada majoritariamente por comunidades indígenas Boraris. Ainda se tem vestígios dos nativos devido à existência de diversos locais com grande quantidade de pedaços de barro e frequentemente são encontradas peças na forma de cabeça de urubu, círculos com furo no meio, cachimbos, entre outros, além de machados de pedra polida.[2]

No início do século XX, Alter do Chão era uma das rotas de transporte do látex extraído das seringueiras de Belterra e Fordlândia. Foi um período curto de desenvolvimento para a vila, mas, a partir da década de 1950, ocorreu a decadência do extrativismo amazônico e a vila foi atingida pelo déficit econômico. Desde a década de 1990 até os dias de hoje, o atual distrito aposta no turismo para evoluir economicamente, no que tem obtido bons resultados.

Etimologia

A origem do nome é uma homenagem à vila portuguesa de Alter do Chão.

Praias em Alter do Chão

Nas margens do rio Tapajós e do Lago Verde, em Alter do Chão, existem diversas praias. A mais famosa delas é a praia de mesmo nome do distrito, localizada em uma península com terrenos arenosos e inundáveis e também conhecida como Ilha do Amor. Existem também praias menores, como Cajueiro, na orla do distrito.[3]

Alter do Chão também é a porta de entrada para outros balneários, como Pindobal e Porto Novo, em Belterra, e Ponta de Pedras, em Santarém.

Festa do Çairé

O festival folclórico conhecido como Festa do Çairé é o mais importante do município de Santarém. Durante o período de festejos, ocorre o sincretismo entre os rituais religiosos ligados ao catolicismo e os profanos, estes últimos de origem indígena e enraizados entre os atuais habitantes. Lendas regionais, como a do boto amazônico, também são representadas.

fonte: https://pt.wikipedia.org/