
Na última década, o comércio entre Brasil e China gerou um superávit de US$ 276 bilhões — equivalente a 51% de todo o saldo positivo brasileiro no período. Esse resultado contribuiu de forma a elevar as reservas internacionais, reduzir vulnerabilidades externas, suavizar a volatilidade cambial e ancorar expectativas, especialmente em momentos de instabilidade econômica global. Os dados fazem parte do estudo Análise Socioeconômica do Comércio Brasil-China, elaborado pelo Conselho Empresarial Brasil-China (CEBC) em parceria com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), e foram divulgados pelo site Times Brasil.
Segundo o levantamento, a relação comercial com a China tem sido o principal motor da balança comercial brasileira. A parceria entre os países envolve setores setores-chave brasileiros como agronegócio, energia e mineração.
O estudo ainda ressalta que, diante de um ambiente global adverso—em que os Estados Unidos impõem tarifas de até 50% sobre produtos brasileiros—, a China emerge como um aliado estratégico e estrutural. O peso do mercado chinês compensa barreiras impostas por outros países e garante ao Brasil margem de manobra para sustentar o crescimento de suas exportações.
“A China depende do Brasil como fornecedor estável de alimentos, energia e minerais, enquanto o Brasil garante acesso ao maior mercado consumidor do mundo”, afirma Camila Amigo, analista do CEBC.
Segundo analistas, a expectativa é que, nos próximos anos, a cooperação se expanda para áreas de maior valor agregado, como tecnologia, inovação e transição energética. Esse aprofundamento pode ampliar ainda mais os ganhos já obtidos pelo Brasil na última década.
Fonte: Brasil247
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