
Pesquisadores destacam que a valorização recente do dólar frente ao Real também desempenha papel decisivo nesse processo. Com o câmbio favorável, o produto brasileiro ganha ainda mais competitividade no mercado externo, incentivando exportadores e atraindo maior volume de negociações dentro do próprio país. Esse movimento, por sua vez, pressiona os preços domésticos, refletindo a maior disputa entre compradores estrangeiros e indústrias nacionais.
O desempenho dos embarques brasileiros tem sido expressivo. Dados da Secex (Secretaria de Comércio Exterior), analisados pelo Cepea, mostram que somente em agosto o Brasil exportou 9,33 milhões de toneladas de soja em grão. Embora esse número represente uma queda de 23,8% em relação ao mês de julho – retração considerada típica para o período – o volume foi o maior já registrado para o mês de agosto em toda a série histórica.
No acumulado de janeiro a agosto de 2024, as exportações atingiram o patamar de 86,5 milhões de toneladas, o que também configura recorde absoluto para o período. Esse desempenho reforça a importância do Brasil como um dos principais fornecedores globais da oleaginosa e confirma a força do agronegócio brasileiro diante da demanda crescente em diversas regiões do mundo.
Com esse cenário, analistas indicam que o mercado segue atento aos próximos passos do câmbio, à competitividade do grão brasileiro e ao ritmo das exportações, fatores que devem continuar influenciando diretamente a formação dos preços nas próximas semanas.
Fonte: Vanessa Faria // Capitalist
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