Em vídeo, ex-presidente da ALE-RO agradece apoio da família e amigos e afirma que sua prisão foi um equívoco da Justiça
O ex-presidente da Assembleia Legislativa de Rondônia (ALE-RO), Maurão de Carvalho, falou publicamente pela primeira vez após deixar a prisão. Em vídeo gravado na manhã desta sexta-feira (23), ele agradeceu a Deus, à família, aos amigos e aos advogados que o apoiaram durante os três meses em que esteve detido.
“Eu só tenho que agradecer a Deus, primeiramente, à minha família, que deu todo esse suporte, aos meus amigos que torceram, oraram e trabalharam para me ajudar”, disse Maurão. Visivelmente emocionado, ele também destacou a importância da liberdade: “A coisa melhor do mundo é você ter a liberdade.”
A fala foi registrada no momento em que Maurão deixava o local de custódia. Ele também mencionou que, em sua visão, houve um equívoco da Justiça em relação ao processo ao qual respondia. “Eu sei que foi um equívoco da Justiça no meu processo, mas graças a Deus, com o trabalho dos advogados e dos meus amigos, deu certo na Justiça lá em Brasília.”
Maurão de Carvalho foi solto após decisão do ministro Rogério Schietti Cruz, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que reconheceu a prescrição da pretensão punitiva no processo em que ele era acusado de peculato. A ação envolvia supostos desvios de recursos públicos durante sua gestão à frente da ALE-RO, no início da década de 2010.
Segundo a decisão do STJ, o tempo decorrido entre o recebimento da denúncia, em 2011, e a última condenação, em agosto de 2024, ultrapassou os 12 anos estabelecidos pelo Código Penal, o que extinguiu a possibilidade de punição.
Maurão estava preso desde 12 de fevereiro de 2025, por força de mandado judicial relacionado ao mesmo processo. No vídeo, ele evita entrar em detalhes sobre as acusações, mas reforça que está grato por ter recuperado a liberdade e que segue com a consciência tranquila.
A defesa do ex-parlamentar também se manifestou por meio de nota, afirmando que a decisão do STJ “restabelece o devido processo legal e corrige uma injustiça histórica”.
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