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‘Parem de nos matar’, apela deputada Alessandra em nome das mulheres do Amazonas


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Em duro pronunciamento na sessão desta quarta-feira, 28 de agosto, na Assembleia Legislativa, a deputada estadual Alessandra Campêlo (MDB) comentou sobre os últimos casos de violência contra as mulheres registrados   no Amazonas e reafirmou seu compromisso político com a defesa das mulheres de todo o Estado. Alessandra é presidente da Comissão da Mulher, da Família e do Idoso do Poder Legislativo Estadual e está em seu segundo mandato como deputada.

P U B L I C I D A D E

Na tribuna do plenário Ruy Araújo, Alessandra citou recentes ocorrências de extrema violência contra mulheres, como o caso do agricultor Rosimar Sales Moraes, 31, que na última terça-feira, 27, matou a esposa Jomara Ferreira, 34, a remadas no município de Maués (a 255 quilômetros de Manaus). A filha da vítima, de seis anos, presenciou o crime, de acordo com as autoridades policiais.

“Nós, mulheres,  não aguentamos  mais ser assassinadas. Homens, parem  de nos matar! Agora a pouco recebi a notícia de que uma mulher foi assassinada pelo seu marido a remadas”, disse  a presidente da Comissão da Mulher da Assembleia.

Índices alarmantes

No discurso, Alessandra elogiou a Polícia Civil pela prisão de Fabrício Moura de Queiroz, 30, suspeito do assassinato de Suely Pereira do Santos, 43, que estava grávida dele. O caso ocorreu no dia 28 de outubro de 2018, num motel no bairro do Aleixo, Zona Centro-Sul da capital. Ele foi apresentado na última segunda-feira, 26, na sede da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS) pelo delegado Paulo Martins.

Embora tenha enaltecido todo o esforço dos servidores da Segurança Pública com a causa das mulheres, a deputada relembrou também o feminicídio de Aline Pâmela Teixeira Machado, 26, morta na semana passada a pauladas pelo “companheiro”, no bairro da Cidade Nova, Zona Norte. Outros casos ocorridos na capital e interior foram citados pela parlamentar, acrescentando que os registros são acompanhados pela Comissão da Mulher da Casa.

“Os homens não podem matar as mulheres simplesmente porque não aceitam o fim de um relacionamento, isso é um absurdo. Nós, mulheres, não podermos viver porque não se quer mais ter um relacionamento com alguém, ou por ciúmes um homem assassinar uma mulher”, disse Alessandra.

Mudança de mentalidade

A parlamentar lamentou que, quase todos os dias, os jornais de Manaus ainda tragam em suas capas manchetes que abordam a violência contra a mulher, incluindo feminicídios. Para a vice-presidente da Assembleia, é preciso investir em campanhas educativas e mudar a mentalidade das novas gerações.

“Não basta só prender e condenar esses homens. É preciso ter uma mudança na base educacional do nosso País. As crianças precisam crescer entendendo que, do mesmo jeito que elas não podem roubar –  e aprendem isso em casa – , os meninos não podem sair matando quando crescem as suas namoradas e as suas esposas”, concluiu Alessandra.

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