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Advogado classifica prisão como perseguição política e promete acionar 2 delegados


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Após a Polícia Federal investigar e não constatar a prática de trabalho análogo à condição de escravo em sua fazenda, o advogado Robson Medeiros, 43, morador de Colniza (1.065 km a noroeste de Cuiabá), considera que sua prisão em julho de 2017 foi uma perseguição política. 

P U B L I C I D A D E

Agora, com relatório da PF em mãos, Robson pretende entrar com uma representação contra o delegado da Polícia Civil, Edson Ricado Pick, que atuava em Colniza, e o delegado regional de Juína, José Carlos de Almeida Júnior, por causa do pedido de prisão formulado contra ele e decretado pela Justiça Federal. 

“Eu vinha em um grande processo contra várias irregularidades de vários setores, inclusive promovi o processo de cassação de dois prefeitos da Cidade, e também de 4 vereadores. Parece até uma cena de conspiração, porque aduzir tantos crimes a uma pessoa pública que é o primeiro advogado militante da região é até ilógico”, disse em entrevista ao.

Inicialmente, as investigações da Polícia Civil atribuíam ao advogado a prática de crimes como maus-tratos, sequestro e cárcere privado, redução à condição análoga à de escravo e ainda assédio sexual contra uma adolescente de 13 anos. 

Em relatório de 10 páginas, o delegado da PF, Marcellus Henrique de Araújo, afirmou que não ficou constatada a prática do crime disposto no artigo 149 do Código Penal Brasileiro. Foram ouvidos os acusados, a esposa, funcionários da fazenda e até a funcionária de um hospital da cidade. 

“Se fizerem um pedido de prisão só com trabalho escravo não dá prisão preventiva contra um advogado. Mas se você colocar violência sexual contra menor, cárcere privado, maus tratos, a liberdade fica insustentável. Então eles colocaram muitas coisas que foi a maneira deles me segurarem”, explicou. 

O advogado acusa o delegado Edson Pick de utilizar de seu cargo para agir de maneira ilegal e praticar crimes contra cidadãos de Colniza, bem como de ter atuação política direta ao lado do prefeito da cidade. Ele disse que a perseguição também se deu por parte da mulher do caseiro, que era usuária de drogas e queria prejudicá-lo. 

“Ela não foi contratada por mim, eu contratei o marido dela. Ela é mãe da menina de 13 anos que acusaram de eu ter abusado sexualmente. Não faz sentido, seria impossível pela própria natureza. Como você pode submeter ao trabalho escravo uma  pessoa que perdeu uma perna?”, questionou. 

Além do delegado Edson Pick, os investigadores Ricardo Sanches e Woshigton Kester Vieira também atuaram na investigação da PJC e produziram relatório pedindo a prisão do advogado e seu ex-sogro. Porém, eles não estão mais em Colniza. Os 3  foram presos no mês passado acusados de totura contra pelo menos 3 presos investigados por crimes como tráfico de drogas. Depois foram transferidos para outras cidades por determinação da Justiça.

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