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Visão e Reação: De que forma isso influencia nas nossas relações sociais?


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Se não víssemos a possibilidade de nos ferirmos gravemente ou até mesmo morrermos caso, de forma propositada, com uma motocicleta, batêssemos de frente com uma carreta, a quantidade de acidentes que ocorrem no mundo seria avassaladora. Mas o fato é que, como vemos neste ato, a possibilidade de nos darmos mal, nos faz evitar tal prática. E o fato de vermos dessa forma, nos faz agirmos de outra forma. Esse fato revela, de forma peremptória, que nosso modo de ver determina nosso modo de agir.

P U B L I C I D A D E

Esse princípio – ainda que não queiramos – está presente também no nosso modo de nos relacionarmos com as pessoas. Vemos as pessoas como chatas, como legais, como ricas, como pobres, como magras, como infelizes, como alegres e despertas, como desenvoltas, como enganadoras, como bandidas, como prostitutas, como sem escrúpulos, como cheias de escrúpulos, como inteligentes, como “burras” etc. E, assim como as vemos, vamos forjando nosso modo de nos relacionarmos elas.

O problema é que este princípio acaba criando protocolos relacionais que nos impedem, no mais das vezes, de enxergarmos a dignidade humana que há por detrás do rótulo. E isso faz com que não estreitemos  vínculos e até mesmo ajudemos na mudança dessas pessoas.

Se Jesus se guiasse por esse modelo rastaquera, medíocre, não teria alcançado os resultados positivos que alcançou em seu curto ministério. O mestre, certa vez, como está registrado em João 4, dirigiu a palavra a uma mulher que, se fosse em nossos dias teria tantos apelidos, tantos rótulos negativos, que viveria uma vida sem amizades – pelo menos com as mulheres casadas. Mas ele, com a visão que o evangelho fornece, viu além do rótulo, além daquilo no que a mulher havia se tornado, além de seu modo de compreender teologia e a religião.

O dialogo com esta mulher foi tão produtivo que ela acabou saindo de encontro com os moradores de vilarejo onde morava e os trouxe para que ouvissem o messias.

Há rótulo que fazem das pessoas “desprezíveis”, como era o caso da mulher Samaritana. Mas há rótulos que fazem das pessoas “maiores que nós”, inatingíveis. E nosso modo de ver, através desses rótulos, tem nos impedido de sermos anunciantes do evangelho salvador de nosso Senhor Jesus Cristo.

Foi por não querer abrir mão de seu modo medíocre de ver que Jonas tentou  abster-se de anunciar o juízo e o arrependimento que salvou uma cidade inteira, na qual havia mais de 100 mil pessoas (Nínive).

Nosso modo de ver pode nos roubar a capacidade de exercer amor, perdão, misericórdia e todo o tipo de bem. O próprio profeta Jonas declarou isso: “Os que observam as falsas vaidades deixam a sua misericórdia” (Jonas 2.8). Talvez essa declaração de Jonas se refira a uma reflexão que ele tenha feito depois  de passar por tudo que passou, depois de ter sido questionado por Deus sobre o modo como ele via e reagia.

Como você, condição de pastor, tem enxergado seus liderados, seus auxiliares? Como tem reagido? Como você tem visto as pessoas no seu dia a dia? Esse seu modo de ver a cada uma delas tem impedido você de exercer algum tipo de bem? Tem lhe impedido de anunciar o evangelho?

O único rótulo que nos interessa na vida é aquele que traz informações sobre os produtos. As pessoas são mais do que o que dizem delas, são mais até mesmo do que são, são potenciais cidadãos do céu, assim como fomos um dia.

Como você se vê? Como tem reagido?

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