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Medicina

Tudo o que você precisa saber sobre as vacinas contra a COVID-19


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Por: Ladinne Campi

P U B L I C I D A D E

Desde que as vacinas contra a Covid-19 tornaram-se realidade, muito são os mitos e até fake news que cercam o assunto. A falta de informação é tão nociva que, em 2019, a Organização Mundial da Saúde (OMS) se posicionou contra o movimento antivacina, caracterizando-o como uma das maiores ameaças sanitárias do mundo.

Confira, abaixo, as maiores curiosidades sobre o assunto:

1. As vacinas são seguras?

As vacinas são um dos recursos mais eficientes para a defesa do nosso organismo contra agentes infecciosos. Nos últimos 200 anos, muitas foram as doenças controladas e até erradicadas graças aos imunizantes.

2. Qual a diferença de eficácia entre as vacinas?

Em termos de eficácia, a CoronaVac apresentou 50,4%. Já a vacina AstraZeneca, produzida pela Fiocruz em parceria com o laboratório britânico Oxford, cerca de 70%. A Janssen, vacina da Johnson & Johnson, afirma 85% após 28 dias de aplicação. Já a Moderna apresentou efetividade de 95,5%, seguida da Pfizer e da Sputnik V, com 95% e 91,6%, respectivamente. Por fim, a vacina Novavax apresenta 89,3%.

3. Vacinas produzidas em tempo recorde deixam a desejar?

Graças a estudos de mais de uma década, a tecnologia de encaixe e funcionamento demanda apenas o código genético do vírus, que nesse caso, foi identificado rapidamente.

4. As vacinas alteram o DNA humano?

As vacinas não são capazes de alterar o material genético humano, pois suas fórmulas sequer entram em contato com o DNA. De forma simples, o DNA localiza-se no núcleo da célula e o RNA mensageiro situa-se no citoplasma, região externa ao núcleo.

5. As vacinas podem causar efeitos colaterais?

Qualquer vacina pode levar a reações adversas, dependendo do paciente. Sintomas como vermelhidão, inchaço ou dor ao redor do local da injeção, fadiga, febre, dor de cabeça e dor nos membros podem ser comuns por até três dias. No caso das vacinas contra a Covid-19, algumas reações, típicas de vacinação, foram relatadas e costumam persistir por 48 horas. Se os sintomas persistem, recomenda-se buscar orientação médica.

6. Por que a vacina da AstraZeneca pode causar mais reação?

O imunizante usa o adenovírus vivo atenuado para levar uma proteína do Sars-Cov2. Este é incapaz de se replicar, mas, em geral, vacinas com essa tecnologia costumam causar reações.

7. Como as vacinas agem no corpo?

Conforme supracitado, os vírus vivos atenuados entram nas células e, embora não sejam capazes de causar a doença, provocam uma reação no organismo. Já as vacinas de RNA mensageiro, como é o caso da Pfizer, “ensinam as células a sintetizarem uma proteína que estimula a resposta imunológica do corpo”. (Fonte: Pfizer)

8. Devo fazer teste para saber se a vacina “pegou”?

A Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) explica que não é necessário realizar o teste de sorologia para verificar se a vacina produziu resposta imunológica. Segundo o órgão, a eficácia das vacinas não depende apenas de anticorpos neutralizantes.

9. O que é proteína S?

A proteína Spike compõe a estrutura viral do coronavírus e é usada para penetrar nas células e se multiplicar. É importante pontuar que ela, por si só, não é capaz de causar uma patologia grave a uma pessoa exposta. Porém, uma vez que o nosso sistema imunológico reconhece a proteína Spike, reúne e mobiliza defesas contra a invasora.

10. Precisamos usar máscara e evitar aglomerações mesmo depois de vacinados?

Sim. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, a vacina, apesar de ser uma forma vital e poderosa contra o coronavirus, não é a única maneira de conter a pandemia. Para isso, as medidas individuais e coletivas de higiene e distanciamento devem continuar sendo mantidas.

11. Quais medidas de proteção são essenciais?

A população deve continuar usando máscara, higienizando as mãos, respeitando a etiqueta respiratória, evitar aglomerações, manter os ambientes limpos e ventilados, dormir e se alimentar bem, não compartilhar objetos de uso pessoal, higienizar objetos pessoais com frequência e não tocar nos olhos, nariz e boca.

12. As vacinas podem causar outras doenças a longo e médio prazo?

Isso é mito. Todas as vacinas passam por testes rigorosos e, nos últimos tempos, a qualidade das formulações só melhorou. Questões como vacinas podem causar autismo em crianças são fake news e devem ser combatidas.

13. É possível pegar e/ou transmitir o vírus mesmo estando vacinado?

Primeiro, é preciso pontuar que nenhuma vacina existente protege 100%. Sabemos que as vacinas contra a Covid-19 previnem contra formas graves da doença. Mesmo que uma pessoa imunizada não manifeste sintomas, ela pode estar infectada e, dessa forma, ser transmissora do vírus, contaminando outros indivíduos. Por isso, as medidas de higiene e distanciamento devem continuar sendo mantidas por todos.

14. Como saber qual é a dose de reforço que devo tomar?

No Brasil, a dose de reforço não é mais uma exclusividade entre idosos e imunossuprimidos. Toda a população acima de 18 anos que completou o calendário vacinal há pelo menos cinco meses (no estado de São Paulo, o prazo é de quatro meses) deverá tomar o reforço a fim de garantir a proteção, a longo prazo, contra o vírus da Covid-19. No caso de quem tomou a vacina da Janssen, que a princípio era dose única, deverá tomar a dose adicional após dois meses.

Uma dúvida frequente é sobre a fabricante do imunizante; porém, estudiosos britânicos do jornal médico Lancet constataram que qualquer uma das vacinas produz uma boa resposta do sistema imunológico e funciona como reforço.

A estratégia adotada no Brasil, segundo o Ministério da Saúde, foi de combinação heteróloga, que cruza diferentes patentes para potencializar a eficácia da dose de reforço. Esta constatação é o resultado de uma pesquisa realizada na Universidade de Oxford. Entenda a imunização cruzada:

• Janssen (dose única) + Janssen (após 2 meses) + Pfizer (após 5 meses)

• Pfizer (1ª e 2ª dose) + Janssen ou AstraZeneca (após 5 meses)

• AstraZeneca (1ª e 2ª dose) + Pfizer (após 5 meses)

• CoronaVac (1ª e 2ª dose) + Pfizer, Janssen ou AstraZeneca (após 5 meses)

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