Conectado por

Entretenimento

Técnico diz que foco é na permanência, mas sonha “beliscar uma sul-americana”


Compartilhe:

Publicado por

em

m pouco tempo o técnico Jorginho deu um novo perfil ao Cuiabá Esporte Clube, isso porque ele foi responsável em tirar a equipe da zona de rebaixamento do Brasileirão que, atualmente, briga na parte de cima na tabela de classificação.  O profissional já trabalhou com o atual auxiliar fixo do Dourado, Luiz Fernando Iubel, e tem passagens por vários times do país. Longe do Brasil, Jorginho já trabalhou no futebol do Japão e dos Emirados Árabes. Em entrevista especial ao , o professor falou sobre o novo desafio de comandar uma equipe tão jovem e estreante na elite do futebol brasileiro. Além disso, o treinador comentou a respeito da nova rotina familiar em Mato Grosso, relembrou momentos marcantes da carreira de técnico, avaliou o seu desempenho sob o comando do Auriverde da Baixada e revelou o que mais te motivou ao aceitar o convite da diretoria para comandar o Dourado. Na ocasião, Jorge elogiou os dirigentes do clube, descartou qualquer medo de assumir o Cuiabá, por conta das polêmicas com o ex-treinador Alberto Valentim, e afirmou ainda que existe uma ótima relação com o vice-presidente do time, Cristiano Dresch. Até o momento, Jorginho comandou o Cuiabá em 14 jogos, com 6 vitórias, 6 empates e 2 derrotas. O aproveitamento é de 57%.

P U B L I C I D A D E

Confira, abaixo, os principais trechos

Como você divide seu tempo entre a família e o futebol? Você é casado, tem filhos? Sua família mora em Cuiabá?

Sou muito bem casado, com a Cristina, minha amada esposa, que inclusive está comigo aqui. Ela vem para cá a cada 15 dias, outros 15 ela fica no Rio. Eu tenho quatro filhos, uma está casada e outros três estão solteiros, brinco com eles que já está na hora de casar pra saírem de casa. Já sou avô, tenho dois netos, é uma alegria muito grande, e hoje em dia é Cuiabá o tempo todo, claro que agora com minha esposa aqui a gente consegue um tempo legal para lazer. A minha família é aquela que eu mais amo e dedico muito à eles, sempre que posso, pois agora nem sempre é possível, pois ainda não tive o privilégio de recebê-los aqui em Cuiabá, mas já conheci alguns lugares muito maneiros aí e gostaria que eles pudessem conhecer também.

Durante sua carreira como treinador, você teve passagens pelo Flamengo, Vasco, Bahia, Ceará e outros times. Qual foi o momento que marcou a sua vida como técnico?

O momento marcante como treinador foi no Vasco da Gama, porque foi o campeão carioca, a gente jogou com o Botafogo, foi um campeonato invicto que nós tivemos, pois eu peguei a equipe na última colocação, já na zona de rebaixamento, fizemos uma pontuação, inclusive, de libertadores no segundo turno, mas não conseguimos livrar, chegamos a 44 ou 43 pontos. No ano seguinte, 2016, a gente foi campeão invicto ganhando de Flamengo, Fluminense, Botafogo, então foi um ano muito especial para mim.

O que te motivou a treinar um clube estreante na Série A?

 Tudo o que eu converso com o Cristiano, sou eu e Cristiano somente, então é papo reto e olho no olho, não tem nenhuma preocupação, ele faz as ponderações dele, mas eu faço as minhas

Jorginho

Na realidade eu já tinha recebido um convite no ano passado, mas em 2020, eu já tinha fechado para ser comentarista do SBT durante a Libertadores, então não achei justo sair naquele momento porque eu já havia assinado contrato, então acabei não fechando com o Cuiabá. O que me motivou a treinar o Cuiabá, primeiro foi a conversa muito franca que eu tive com o Cristiano. Eu tive um problema no Atlético-GO e não queria ter saído de lá, porque é um clube com uma estrutura muito boa, eu falei que o presidente Adson Batista é um excelente gestor em muitas áreas, mas é o pior que já tive em termos de relacionamentos: ele, treinador e imprensa. Isso não pode, tudo o que eu converso com o Cristiano, sou eu e Cristiano somente, então é papo reto e olho no olho, não tem nenhuma preocupação, ele faz as ponderações dele, mas eu faço as minhas. Ele é um cara que conhece muito bem o elenco, ele sabe muito bem o elenco que tem na mão, mas eu deixei muito claro que eu não queria ter o mesmo problema que eu tive com o Adson. Eu queria ter a liberdade, porque a decisão é minha, ele pode ter as ponderações, mas as decisões sempre serão do treinador, de decidir, tirar, escalar, sistema de jogo, a decisão será sempre a minha, e isso tem acontecido e estou muito feliz. Eu sei que cada clube a gente vai ter as suas particularidades, aqui o nosso vice-presidente é bem atuante em todas as áreas, é um cara que quer saber de tudo, mas eu estou satisfeito com o que está acontecendo, porque ele respeita muito a minha área, pelo contrário, ele tem me ajudado muito, porque é um conhecedor profundo, um cara que entende de futebol. Não alcançamos o nosso objetivo ainda, mas estamos a caminho dele.

Teve medo de assumir o Cuiabá devido a saída polêmica do antigo treinador?

Não tive medo, porque quando aconteceu a ligação do Cristiano e o meu empresário havia conversado com ele, ele queria conversar comigo, então, todas as dúvidas foram tiradas, eu mesmo bati um papo longo, porque o Valentim, a primeira oportunidade de fazer estágio foi comigo, na época eu estava no Goiás, então a gente tem uma amizade, ele falou das dificuldades que ele teve, e eu fui extremamente aberto em relação a isso, eu vim conversar com Valentim porque eu não queria ter uma noção ou uma ideia de assumir um clube com ideia do outro treinador, é claro que eu respeito bastante, pois é um amigo, uma pessoa que tenho uma consideração muito grande, fora de campo nós somos amigos, e eu não queria ficar com aquele ideia fixa do que aconteceu com ele, eu queria ter as minhas conclusões e foi o que eu fiz, joguei aberto com Cristiano, e até agora a gente tem se dado muito bem.

Como é a sua relação de técnico com a diretoria do Dourado? Existe interferência ?

Eu não consigo, de forma nenhuma, trabalhar, se eu não sou treinador, verdadeiramente, se eu ficar aqui como um boneco ou uma marionete, que alguém vai me movimentar, é impossível

Jorginho

Nenhuma e eu não vou deixar, porque eu saí de um clube exatamente por conta disso. Eu saí do Atlético-GO porque o presidente não queria vir com interferência, o Adson não é questão de interferência, ele sempre tinha o pensamento dele, as colocações sobre o jogo, as considerações, só que antes de falar comigo, ele já tinha falado com à imprensa, esse era o problema, o Adson terminava o jogo, ele já falava com a imprensa e depois vinha falar comigo, então isso não é justo, foi quando eu disse que se fosse continuar dessa forma eu preferia sair. Ele disse que iria continuar e ninguém ia mudar a forma de ser, então eu resolvi sair, e não teria nenhum problema se acontecesse isso aqui, eu sairia sem nenhum problema nenhum, porque eu não consigo, de forma nenhuma, trabalhar, se eu não sou treinador, verdadeiramente, se eu ficar aqui como um boneco ou uma marionete, que alguém vai me movimentar, é impossível. Eu tenho caráter, sou um homem sério, tenho muita experiência, com certeza tenho muito mais experiência do que o Cristiano, muito mais experiência do que qualquer um outro profissional que esteja trabalhando aqui a não ser o Altamiro, o Jorginho, que é o preparador físico, o Joelton que é o meu auxiliar, esses são profissionais que já estão há muito tempo no futebol, são pessoas cascudas que a gente chama, mas todos os outros profissionais, eu tive 20 anos como jogador, agora estou há 16 anos como treinador, então eu tenho experiência, eu tenho poder de decisão, sei como decidir, sei como falar, mas também sei como respeitar, sei que há um líder, não só ele, mas o Alessandro é o meu presidente, aqui do meu lado tem pessoas superiores a mim, eu sei muito bem respeitar a hierarquia, mas eu também gosto de que aqueles que estão a cima de mim entendam que eles precisam me dar liberdade para desenvolver o meu trabalho.

Jorginho e jogadores

Como você avalia o seu desempenho sob o comando do Cuiabá até aqui?

Acho bom. Penso que pode melhorar, tenho certeza disso e acho que nossa equipe pode crescer, estamos fazendo um bom trabalho, conseguimos mudar algumas coisas em termos de sistema tático, principalmente porque vinha em um 4-3-3, com Luiz eu decidi realmente mudar essa situação, colocando num 4-2-3-1 ou num 4-4-2, porque eu acho que assim nossa equipe pisa mais na área, tem mais poder ofensivo, fica mais equilibrada. Eu sou um cara que gosto muito de um bom ambiente, prezo muito isso, sei muito bem que um atleta confiante, que acredita no potencial dele, que tem uma boa amizade com os outros jogadores e que mantém esse ambiente maravilhoso dentro do clube, isso aí facilita muito o nosso trabalho, eu atuo muito nessa área também, onde gestão de pessoas é fundamental, hoje um treinador não pode estar especificamente ligado apenas a uma área, por exemplo, um treinador não pode ter apenas uma boa leitura de jogo, seja de treinamento ou de jogo, ele não pode ser apenas um cara que substituí bem, ele não pode ser um cara que também tem criatividade nos treinamentos, ele tem que ter além disso uma boa gestão de pessoas e não apenas de jogadores, então são várias virtudes para que você chegue em uma condição em que você tenha, mesmo não tendo, eu me considero ainda um treinador que vou chegar no ápice, como fui como atleta, eu tenho alguns títulos no Kashima, no próprio Vasco, também me considero treinador na seleção brasileira, apesar de ter sido auxiliar, mas fui campeão da Copa América, sou campeão da Copa das Confederações, chegamos em primeiro lugar nas eliminatórias, além de títulos cariocas, duas copas, mas eu acho que ainda estou em um processo de grandes conquistas. Quero muito que o Cuiabá faça parte disso, que realmente me dê tempo, porque eu acredito que um treinador para desenvolver um bom trabalho, ele tem que ter tempo, então os melhores trabalhos que eu fiz, que foram no América, Figueirense, Seleção Brasileira, Vasco da Gama e Caxias, foram pelo menos trabalhos de um ano. Então espero desenvolver um trabalho aqui um trabalho a longo prazo para que eu possa além de trazer para dentro de campo minha metodologia de trabalho, minha filosofia de vida, que possa impactar, acredito que tudo que consegui superar como atleta, como treinador, eu tenho para contribuir com o clube nesse momento como é estreante na Série A, é clube jovem, que tem apenas 20 anos, e eu tenho certeza que posso contribuir muito, até mesmo com a minha própria imagem, mas com seriedade, com paixão, pelo amor que tenho pelo futebol.

Técnico Jorginho comandou o Cuiabá em 14 jogos na Série A do Campeonato Brasileiro, com 6 vitórias, 6 empates e 2 derrotas. O aproveitamento é de 59%

Qual a principal meta do Dourado no segundo turno do Brasileirão? Além da permanência, dá para pensar em algo mais? Como por exemplo uma vaga na Sul-Americana?

Eu quero ser muito sincero em relação a isso. Desde quando eu cheguei aqui, deixei bem claro a palavra para os atletas que é permanência. Essa é a nossa palavra chave, é a nossa motivação

Jorginho

Não. Eu quero ser muito sincero em relação a isso. Desde quando eu cheguei aqui, deixei bem claro a palavra para os atletas que é permanência. Essa é a nossa palavra chave, é a nossa motivação, no momento em que nós atingirmos 44, 45 pontos, aí nós vamos pensar em outros objetivos, até então, o objetivo maior é justamente a permanência.

Como é o seu dia a dia como técnico do Dourado? E como é a sua relação com os jogadores?

É muito boa. A gente chega aqui basicamente na hora do almoço, quando o treinamento é a tarde, a gente passa de 7h a 8h aqui, as vezes eu venho um pouquinho mais cedo para que eu possa discutir algumas coisas de comissão técnica ou para conhecer melhor o nosso adversário, então a gente tem essas reuniões e bate papo, eu não gosto nunca de me comprometer com os atletas, mas tenho um excelente relacionamento com eles, sempre fazendo e entendendo melhor, quando a gente passa um tempo maior no clube, a gente possa conhecer melhor a personalidade do atleta, o caráter, então a gente consegue entender que precisa de uma atenção especial, de um abraço, outros abraços têm que ser mais cobrados, mais motivados de uma forma mais severa, então a gente passa a ter esse conhecimento mais amplo de tudo o que está acontecendo, e tem sido tudo muito bom, porque eu tenho feito desse local aqui boa parte da minha família.

O Cuiabá, muitas das vezes, é desvalorizado pelos grandes jornalistas e comentaristas esportivos quando está à frente de outra equipe com mais experiência na Série A . Como lidar com isso?

Se a gente entender, quem nós somos, nossos objetivos, primeiro, permanecer, depois, a gente conseguir beliscar uma sul-americana, fantástico, o que vier depois disso seria um sonho

Jorginho

Isso é muito normal. É natural com que um estreante na Série A e tão novo assim, gostaria muito que o saudoso gaúcho estivesse aqui, acho que ele teria orgulho de ter dado início a esse trabalho maravilhoso, mas é muito normal com que os outros nos olhem para gente como bebezinho, clube que não tem experiência, vai aprender muito, mas a gente se estruturando, acho que esse é o segredo de vários clubes que estão com condições financeira melhor, que o caso do Red Bull Bragantino, nós temos um bom investimento, a família Dresch tem investido pesado aqui, e acho que aí está o segredo, existe um mandante, fica mais fácil de reportar. Quando se chega num clube normalmente tem que falar com presidente, vice-presidente, conselheiros, aí às vezes a torcida invade o espaço, uma série de coisas que dificultam bastante. Aqui nós sabemos muito bem quem manda e obedece quem tem juízo. Eu acho que é natural eles enxergarem a gente assim, agora é muito importante nós nos enxergamos de uma forma diferente, porque nós temos aqui atleta que já disputou Série A, que são campeões brasileiros, atletas, que são vitoriosos na sua carreira, extremamente experiente, como o caso do Elton, Walter, e outros. Esses jogadores sabem muito bem que futebol ele se resolve dentro de campo, neste momento ainda de pandemia, sem a presença da torcida, a gente sabe o quanto o torcedor tem a influência no jogo, porque tem jogadores que sentem o ambiente. Então, esse período de pandemia não está tendo muita influência de jogar em casa ou fora, para um lado é muito importante, que a gente tem entendido que futebol se resolve dentro de campo, mas os jogadores, mesmo que voltar a torcida, a gente sabe muito bem que o torcedor não entra em campo, apesar dele fazer um grande barulho ou vaiar, os torcedores não tem poder de entrar em campo. A gente entendendo de quem nós somos, a capacidade que temos, o nível de estrutura que temos montado, como falei, a gente está se organizando cada vez mais para se tornar uma grande equipe em termos de estrutura, que o tempo dirá se Cuiabá vai se tornar grande, porque é uma cidade grande, está em um estado que tem uma cadência de ter um grande clube, e o time está se estruturando para isso, e eu tenho certeza que nós alcançaremos nossos objetivos. Se a gente entender, quem nós somos, nossos objetivos, primeiro, permanecer, depois, a gente conseguir beliscar uma sul-americana, fantástico, o que vier depois disso seria um sonho.

Você acredita que se houvesse a presença da torcida nos estádios, o desempenho do Cuiabá poderia ter sido melhor na Arena Pantanal no primeiro turno? E qual é o seu o seu posicionamento sobre o retorno parcial dos torcedores às praças esportivas?

Eu sou favorável, desde que tenha todos os cuidados necessários. Eu perdi meu sogro e meu cunhado para a covid-19, então eu sei muito bem como é sentir a dor dentro de casa, da minha esposa e da minha cunhada que perdeu o pai e o marido. Sei o quanto as pessoas sofrem por essa situação, mas a gente precisa entender que a vida segue e com cuidados necessários, é possível, com as pessoas vacinadas, pessoas fazendo os testes PCR, com certeza, é possível o retorno. Isso aí vários países já têm demonstrado, e outra, países que ainda não estão tão vacinados como o nosso, nós temos mais da metade da população vacinada, inclusive com a segunda dose, países como a Alemanha que eu conheço muito bem, não querem tomar a vacina, 50% da população dos Estados Unidos não quer tomar a vacina, tem muitos jovens que estão preocupados se vão ter alguma coisa que possa causar dado para ela lá na frente, realmente, apesar da importância que tem, pela correria que foi, é uma vacina experimental, nós não sabemos o que vai acontecer, mas eu vou de qualquer jeito já fui vacinar, por várias outras coisas. Ter prudência é fundamental. Em relação a outra pergunta, pode pode ser que sim, mas a gente não tem deixado de ser eficiente, de lutar, de estar organizado dentro de casa, mas a gente sabe que o nosso torcedor está muito sedento que isso aconteça, e a gente sabe que vai ser muito forte por que a torcida vai comprar a ideia, às vezes vou em shopping, eles me encontram e falam que não veem a hora de poderem voltar a ver um jogo, então eu acho que, provavelmente, a gente teria um desempenho melhor pela presença do nosso torcedor, que vai muito importante. A gente costuma dizer que é o nosso décimo segundo jogador em campo.

Durante esse pouco tempo à frente do Cuiabá, teve algum aprendizado que levará para o currículo de treinador?

É a primeira vez que trabalho em clube que tem apenas 20 anos, ao mesmo tempo é clube que está se estruturando e eu estou fazendo parte dessa estruturação, então o que precisarem de mim estou à disposição

Técnico Jorginho

Sim. É a primeira vez que trabalho em clube que tem apenas 20 anos, ao mesmo tempo é clube que está se estruturando e eu estou fazendo parte dessa estruturação, então o que precisarem de mim estou à disposição em contribuir com minha experiência, com minha vivência dentro de campo e fora dele, o que estou vendo é que as pessoas estão totalmente sérias aqui, e que quando as coisas são tratadas com seriedade, profissionalismo, e outra, cheguei aqui com essa preocupação de que estavam falando, mas quando eu conversei com Cristiano ele foi muito claro comigo e eu fui claro com ele também. Eu percebo que estou tendo uma proteção muito grande por parte da minha diretoria, então se eu tenho qualquer necessidade, a diretoria me respalda e isso é muito importante. Eu já trabalhei em clubes que não existia um respaldo por parte da diretoria com o treinador em relação aos jogadores, sempre há uma proteção muito grande pelos atletas, então há uma proteção muito grande, onde a diretoria entende que se eu for bem, automaticamente o time está bem, e se o time está bem, todo mundo ganha com isso.

T�cnico Jorginho

Há muitas críticas quanto a Arena pantanal, em termos de estrutura, o que precisa avançar?

Acho que já melhorou, mas sabemos que pode ser ainda melhor porque não há um grande volume de jogos. Nesse período que nós estamos jogando uma vez por semana, a gente está jogando na Arena em 15 em 15 dias, é só dar um atenção maior, que tenha realmente um tratamento adequado, eu sei que o clima aqui é totalmente seco, mas nós temos água, então que haja um tratamento importante, porque é somente a gente que está jogando ali. A gente não tem nem treinamento ali, às vezes eu peço para que tenhamos um treino antes dos jogos, mas isso não está acontecendo, que bom que temos hoje pelo menos um campo muito qualificado, que é no novo CT, que está sendo preparado, então a gente não está nem podendo usar ainda o estádio com um dia ou dois dias antecedência, mas o ideal é que haja um bom tratamento para que a gente tenha um tapete como temos no nosso CT.

Qual a sua visão sobre o futuro do futebol mato-grossense?

Espero, sonho, e vou trabalhar para que seja vitorioso, seja grande e surpreenda quem não acredita na gente.

Como está sendo a sua adaptação em Cuiabá? Como está sendo se adaptar com os novos costumes, cultura e até a culinária cuiabana?

Estou gostando bastante, o povo é muito acolhedor, carinhoso demais, é quente, quente de coração e quente no clima, mas eu como carioca estou muito adaptado ao clima quente, alguns falam que lá é bem tropical, la a umidade do ar realmente é maior, eu desenvolvo um trabalho social chamado Bola Pra Frente, que fica em Deodoro Guadalupe, é uma região muito próxima de Bangu, quem conhece o Rio de Janeiro sabe que Bangu é o lugar mais quente, se aqui em Cuiabá tá 40 graus, lá está 43, então estou bem acostumado com esse clima, quando criança ou adolescente, fui criado ali, então conheço muito bem, esse clima mais seco, mais calor, muito abafado, mas aqui me adaptei muito bem, como os jogadores mesmo falaram, que logo logo que eu ia me acostumar, e realmente estou adaptado. Estou gostando muito da cidade, conhecendo aos poucos os lugares, já fui em Chapada, me permita falar, fui em local chamado Malái, que resort maravilhoso, é um local fantástico que eu indico para qualquer um, porque além de ser muito bem recebido, é um lugar maravilhoso para poder descansar. E o que eu mais gosto é o calor humano das pessoas, eu sou um cara receptivo, e carioca gosta disso, apesar dos nossos problemas de violência, mas as pessoas sabem que quando chegam no Rio de Janeiro são bem tratadas e recebem carinho. Eu me sinto da mesma forma aqui em Cuiabá.

 

 

Rdnews.com.br

Nossa webrádio parceira: dj90.com.br