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Singeperon pede que TCE suspenda intervenção da PM nos presídios de RO


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O Sindicato dos Agentes Penitenciários e Socioeducadores de Rondônia (Singeperon) encaminhou, neste último final de semana, uma denúncia ao Tribunal de Contas do Estado (TCE) contestando a intervenção da Polícia Militar (PM) nos Presídios de Rondônia. No documento, o Sindicato pede a suspensão da intervenção alegando considerá-la “irregular e danosa aos cofres públicos”.

P U B L I C I D A D E

Segundo o Sindicato, a administração das unidades, conforme a Lei de Execuções Penais, não prevê que as forças policias militares realizem tarefas referentes a guarda e gestão dos estabelecimentos prisionais.

O Decreto Estadual nº 23.592 de 24 de janeiro de 2019 autorizou a intervenção e administração por 60 dias pelo Comando da PM nas unidades prisionais que compõem o sistema penitenciário do Estado de Rondônia. É previsto também uma prorrogação do prazo de mesmo período até que a atual situação dos presídios seja normalizada.

No entanto, o Sindicato afirma que a intervenção da PM é irregular e afronta as chamadas Regras Mínimas das Nações Unidas para o Tratamento de Presos.

Outro ponto contestado na denúncia é referente a contratação emergencial de integrantes do Corpo Voluntário de Militares do Estado da Reserva Remunerada.

Nesse ponto, o Sindicato afirma que a contratação emergencial poderá resultar em danos aos cofres públicos, tendo em vista, que membros da Reserva Remunerada (RR), segundo o Singeperon, custam o dobro do valor de um servidor público estadual para o cargo.

Também conforme o Sindicato, a colocação de policiais da RR em funções de agentes penitenciários é ilegal, conforme a Lei Estadual n° 1.053, de 22 de fevereiro de 2002, onde policiais são proibidos de executarem trabalhos dentro das Unidades Prisionais, permitido a eles somente o policiamento de segurança externa dos estabelecimentos penais.

Sobre um futuro dano financeiro ao Estado, o Sindicato explica na denúncia que as despesas decorrentes da contratação poderão comprometer a previsão orçamentária da Secretaria de Estado da Justiça (Sejus).

Ainda sobre isso, o Singepron explica na denúncia que a criação da despesa com a intervenção não teve planejamento orçamentário, não passou por aprovação da Assembleia Legislativa e que o Governo Estadual não estimou impactos financeiros com a ação.

Diante disso, o Sindicato solicitou, em caráter de urgência, sob pena de multa diária por descumprimento, que o TCE proíba que a administração penitenciária seja realizada pela PM, proibindo também a contratação de membros da RR.

A intervenção teve início na tarde da última quinta-feira (24), após decisão do governador coronel Marcos Rocha (PSL). A intervenção vale para todos os Presídios de Rondônia e foi uma resposta ao baixo efetivo de agentes penitenciários nas unidades, após um movimeno grevista iniciado no dia 18 deste mês.

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