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Semusa alerta população sobre risco de acidentes com lagartas em Porto Velho


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Acidentes com animais peçonhentos são relativamente comuns, mas podem e devem ser evitados. Em 2020, o Departamento de Vigilância em Saúde (DVS) da Secretaria Municipal da Saúde (Semusa) registrou 171 acidentes com animais peçonhentos, oito deles envolvendo lagartas. O último ocorreu na sexta-feira (11), nas proximidades do Parque Circuito, em Porto Velho, com uma mulher de 42 anos.

P U B L I C I D A D E

A vítima contou que caminhava pela avenida Lauro Sodré quando avistou alguns pés de azeitonas carregados de frutos. Ao apanhar algumas frutas não percebeu a presença de lagartas e encostou o dedo nas cerdas/espinhos existentes na espécie. No local do contato com o animal surgiu roxidão e muita dor que logo irradiou para o braço, além de febre. “Era uma dor insuportável” definiu a vítima que foi atendida pela rede municipal de saúde e encaminhada ao Cemetron, onde foi medicada e ficou internada por algumas horas em observação.

Segundo o coordenador de acidente por animais peçonhentos da Divisão de Vigilância Epidemiológica (DVE), Edson Neves da Cruz, tão logo tomou conhecimento da ocorrência, uma equipe se dirigiu até o local para realizar a averiguação, onde foi constatado grande presença de lagartas da espécie Periphoba sp. Família Saturniidae. “É uma lagarta que geralmente não causa graves acidentes, porém gera muita dor e desconforto na vítima e pode ser ainda pior em crianças, idosos ou pessoas alérgicas”, esclarece.

Ainda durante a diligência da equipe, foi constatado que há diversos pés de azeitonas ao longo das avenidas Lauro Sodré (próximo do Parque Circuito) e Jorge Teixeira (próximo do Espaço Alternativo) e a grande maioria com a presença das lagartas.

“As lagartas são da mesma cor das folhas e isso dificulta a identificação da espécie. A recomendação é evitar coletar as frutas e se o fizer verificar se existem folhas cortadas ou comidas, isso indica a presença das lagartas. Além disso, é preciso lembrar que pode ter maribondos e serpentes nessa vegetação, podendo ocorrer acidentes também com esses animais”, alerta Edson Neves.

Em caso de sintomas como dor, febre, calafrio, vermelhidão ou roxidão no local do contato com animais peçonhentos, a vítima deve procurar atendimento imediato no Cemetron, hospital especializado no atendimento de doenças tropicais.

A Semusa também dispõe de um telefone para esclarecimentos e denúncias direto com a DVE através do número 69 3223-5958 que funciona de segunda a sexta, das 08h às 17h.

ANIMAIS PEÇONHENTOS

Animais peçonhentos são aqueles que produz como mecanismo de defesa ou caça, peçonha (veneno) e ainda um aparato eficiente para inoculá-lo, que dependendo da situação em que se encontram, são utilizadas em defesa própria ou para a preservação de sua espécie. Quando se sentem ameaçados por outro animal ou até mesmo pelo homem, utilizam-na para se defenderem.

O contato com esses animais pode ocorrer pela pele (“queimaduras”), por meio de mordidas, picadas, ferroada. Os acidentes por animais peçonhentos são considerados um problema de saúde pública no Brasil, em virtude do elevado número de pessoas envolvidas anualmente, e também pela gravidade e complicações que podem apresentar.

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