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Secretário define quais delegacias serão fechadas em Mato Grosso


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O secretário de Segurança Pública (Sesp), Alexandre Bustamante, definiu quais serão as delegacias que serão fechadas em Mato Grosso. O gestor da pasta não quis adiantar para a imprensa a quantidade e nem os municípios afetados, já que ainda apresentará todos os dados para o governador Mauro Mendes (DEM). A medida, segundo ele, é por uma questão técnica e não econômica.
 
“Tenho uma reunião com o governador ainda nesta quinta-feira (07) e logo em seguida vou anunciar as cidades e delegacias que terão as atividades suspensas. Posso adiantar que o número é bem menor que os 21 que estão sendo especulados”, explicou o secretário.
 
Bustamante ainda lembrou que o poder Judiciário tem fechado diversas comarcas, assim como o Ministério Público Estadual (MPE) e que isto se dá por uma questão técnica, já que não há a necessidade daquele serviços, que são caros, em um município que não tem demanda suficiente.
 
“Tem delegacias em que três ou dois investigadores ficam tomando conta do prédio. O papel deles é investigar e não estão fazendo isto. O mais adequado é suspender as atividades nestas delegacias para que os profissionais componham equipes para fazer investigações, atendendo a sociedade como ela precisa”, comentou o secretário.
 
O secretário ainda acrescenta que as questões técnicas foram levadas em conta, já que a econômica representa apenas 10% do problema. “Não adianta abrir a delegacia sem necessidade. Se fossem só questões econômicas, certamente não seriam fechadas”.
 
Revolta
 
Nas últimas semanas, deputados estaduais criticaram com severidade a medida, ainda em estudo, e chegaram a citar que 20 cidades de Mato Grosso, além de um distrito, podem ser prejudicadas caso a adminstração pública vete o funcionamento das unidades.
 
Para o deputado e também delegado da Polícia Cívil, Claudinei Lopes (PSL), com o fechamento das unidades, a população será prejudicada. O parlamentar requereu uma audiência pública para debater o assunto. Na tribuna da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, ele chegou a ponderar que a Polícia Militar de Ponte Branca, em caso de flagrante, terá de percorrer cem quilômetros para se deslocar até a cidade de Alto Araguaia, que terá a unidade policial mais próxima.
 
Na prática, serão duzentos quilômetros a serem percorridos. Ele avalia que o tempo necessário para o deslocamento, além do tempo em que a equipe  será impedida de realizar o trabalho preventivo.
 
Ao Olhar Direto, o governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (DEM), após saber das críticas ao estudo, disparou: “são brincadeiras de faz de conta”.
 
“Mas é uma questão de eficiência porque existiam delegacias que estavam em cidades que não têm juiz, não têm promotor, em cidades que tinham uma estrutura muito precária. O que se tinha era um imóvel alugado com dois ou três funcionários, era uma brincadeira de faz de conta. Então a gente tem que parar com essas brincadeiras de faz de conta. Têm delegacias que durante um ano foi feito um inquérito. É uma questão de economicidade, de lógica. O estudo feito pelo comando da Polícia Civil detectou que nós prestaríamos um melhor serviço com essas reduções. Aquilo não era delegacia, era brincadeira de faz de conta”, rebateu.
 
Segundo o Sindicato dos Investigadores de Polícia (Sinpol), as cidades em situação mais crítica são Alto Araguaia, Nova Marilândia, Santo Afonso e São José do Povo, onde há apenas um efetivo atuando. O levantamento foi realizado em 2018; em outras unidades, foi constatado que apenas dois ou três efetivos.

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