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Mato Grosso

Secretário comemora redução em crimes e critica falta de mais recursos na segurança: “tem que ser prioridade”


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“A segurança tem que ser vista como uma pasta prioritária”. A afirmação é do secretário de Segurança Pública (Sesp), delegado Gustavo Garcia, que comemorou a redução de diversos crimes no Estado e também teceu críticas a quantidade de recursos que a área vem recebeu na sua gestão, colocando ainda que a União foi quem passou poucos recursos. O número de homicídios este ano reduziu aproximadamente 7%.
 
Gustavo Garcia, que está no fim de sua gestão, afirmou que “para o próximo ano, entendo que os caminhos foram dados. Demos passos largos e precisa continuar avançando. A segurança é isto, precisa de apoio financeiro, tem que ser vista como uma pasta prioritária. Não só do governo do Estado, mas também das prefeituras, a União. Foram poucos os recursos que chegaram da do Governo Federal, principalmente se comparado há anos anteriores”.
 
Dados da Coordenadoria de Estatísticas e Análise Criminal da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp), com base nos dados consolidados pela Polícia Judiciária Civil (PJC), mostram que de janeiro a outubro houve uma redução de 16% das ocorrências de roubo e furto em Mato Grosso, na comparação com o mesmo período em 2017.
 
“Vejo como positiva a nossa gestão. Conseguimos trazer índices importantes de redução em crimes. Os homicídios nós reduzimos aproximadamente 7%, em comparação ao ano passado, considerando que aquele foi o melhor da última década. Roubos e furtos também estão em queda, assim como latrocínio”, comentou o secretário.
 
O delegado ainda aproveita para agradecer aos servidores: “O que mais me orgulha é o sentimento das forças de segurança de que precisam trabalhar em conjunto. Nos da muito orgulho ver toda a tropa unidade, todos juntos. Passamos por momentos difíceis juntos. Acho que o grande avanço é esta integração. Claro que investimos bastante também em inteligência. Quando fazemos isto, potencializamos o material humano. Enxugamos alguns setores administrativos, mas não perdemos nossa eficiência”.
 
“A criminalidade é muito complexa, todos os dias nós temos eventos diferente em qualquer parte do mundo. Quando um caso de repercussão acontece, é preciso dar uma resposta eficiente e rápida. Posso dizer que a minha equipe fez todo o possível com aquele recurso que nos foi disponibilizado. Para todos os servidores eu não posso dar outra nota além de dez. Nosso servidor é o maior patrimônio que temos em Mato Grosso. Em todas as áreas, todos fizeram o máximo. Isso me da o conforto e consciência de dizer que avançamos. Crises ocorrem, passam e o importante é você saber que andou na linha reta. Temos convicção que fizemos a coisa certa”, finalizou o secretário.

P U B L I C I D A D E

Gustavo Garcia possui graduação em Direito pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, foi inspetor da Polícia Civil do Estado carioca e escrivão da Polícia Federal na Superintendência Regional em Cuiabá.

Foi delegado da Polícia Civil do Estado de Mato Grosso, tendo atuado na delegacia municipal de Tabaporã, Porto Esperidião (Gefron), Cáceres e Delegacia Especializada de Entorpecentes, onde foi designado como o responsável técnico pelo núcleo de inteligência operacional desta unidade.

Ainda na atividade de inteligência, foi o chefe do núcleo de inteligência da delegacia regional de Cuiabá e coordenador da diretoria de inteligência da Polícia Judiciária Civil. É professor das disciplinas Inteligência e investigações de tráfico de drogas da academia da polícia Judiciária Civil do Estado de Mato Grosso.

Números de destaque

O estado de Mato Grosso apresenta a menor taxa de homicídio dos últimos 10 anos, de acordo com estimativa da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp-MT). Em 2018, o índice é de 26,5 mortes por 100 mil habitantes, de acordo com levantamento da Coordenadoria de Estatística e Análise Criminal (CEAC) do órgão. Em termos percentuais, levando em consideração uma projeção do mês de dezembro (que ainda não está consolidado), a redução é de aproximadamente 7% em relação ao ano anterior.

A série histórica da região metropolitana também é positiva. Em Cuiabá, também levando em conta a estimativa de dezembro, que é de 114 casos, o registro de homicídio é o menor desde 2007, quando houve 206 mortes. Este número chegou a 245 em 2014 e vem sendo reduzido ano a ano. Já Várzea Grande apresenta o segundo menor registro em 11 anos, já que a estimativa de dezembro de 2018 é de 79 casos, contra 96 registrados em 2007.

No período de janeiro a novembro de 2018, já consolidado, em comparação com o mesmo período de 2017, os índices de homicídio doloso, latrocínio, roubo, furto e roubo de veículos apresentaram reduções em Mato Grosso. No caso do homicídio, foram 888 no ano passado e 838 casos este ano (-6%); 46 latrocínios contra 33 (-28%); roubos somaram 19.970 em 2017 e 17.237 em 2018 (-14%); furtos totalizaram 50.182 contra 43.230 (-14%); e 2.585 registros de roubos de veículo no ano anterior e 2.127 este ano (-18%). Dentro do estudo deste período, apenas o crime de lesão corporal seguida de morte teve aumento de 47% (25 casos em 2018 e 17 em 2017).

No fechamento feito pelo setor do período de janeiro a 16 de dezembro de 2018, os crimes de homicídio reduziram de 938 em 2017 para 877 este ano (-7%); os roubos passaram de 20.754 para 17.756 (-14%); e os registros de furtos apresentaram queda de 52.730 para 44.813 (-15%). Como o mês ainda não terminou, os dados correspondentes ao período de 1° e 16 de dezembro ainda não estão consolidados, e foram obtidos com base no Sistema de Registro de Ocorrências Policiais (SROP).

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