O que é?
Esta síndrome é causada pela compressão do nervo mediano que passa por um canal estreito no punho chamado de Túnel do Carpo. A compressão é causada pelo aumento das estruturas que passam pelo túnel ou pelo seu espessamento.
A doença é comum em pessoas que realizam trabalho manual com movimentos repetidos. No dia-a-dia do professor, ações como escrever no quadro, digitação, são um dos movimentos repetitivos que podem acarretar na doença. Também tem associação com alterações hormonais como menopausa e gravidez, o que explica a maior freqüência em mulheres na faixa de 35 a 60 anos. Outras doenças associadas são Diabetes Mellitus, artrite reumatóide e doenças da tireóide.
Sinais e sintomas
Os sintomas mais freqüentes são: dor, choque, dormência, formigamento e perda da destreza nas mãos.
A dor é pior a noite, principalmente após uso exagerado das mãos durante o dia e pode ser intensa a ponto de acordar o paciente. A dor pode irradiar para o braço e até para o ombro. Atividades que promovem a flexão do punho por longo período podem aumentar a dor.
A diminuição da sensibilidade dos dedos, traduzida por dormência ou formigamento, acomete a palma da mão e poupa o dedo mínimo e o dorso da mão. Associada a uma certa fraqueza nas mãos, pode haver dificuldade de amarrar os sapatos, abotoar uma camisa e pegar objetos. Pode haver acometimento das 2 mãos em 60% dos casos.
O que pode ajudar?
Abaixo estão alguns exercícios que podem ajudar a diminuir incômodos e evitar sofrer desta condição.
1. Alongamento dos punhos ( veja figura abaixo)
Alongar os punhos é uma grande forma de diminuir a tensão que ocorre na região ao realizar atividades repetitivas com os punhos, podendo prevenir a inflamação do nervo médio e com isso os sintomas da síndrome do túnel do carpo.
Para fazer este exercício você simplesmente deverá esticar o braço e posteriormente o punho para a frente. Permaneça por 60 segundos nesta postura e depois leve-o para trás, repetindo também por 1 minuto. Você pode fazer estes exercícios 3 vezes ao dia.
2. Alongamento dos dedos – ( veja figura abaixo)
Entre os exercícios para prevenir a síndrome do túnel do carpo, os alongamentos de dedostambém podem favorecer o relaxamento do nervo médio, ao mesmo tempo em que diminuem a tensão que ocorre nos dedos depois de atividades repetitivas.
Você deverá esticar a mão estendendo-a durante um minuto, depois feche os dedos como se observa na imagem mantendo também durante 60 segundos.
3. Apertar os dedos – ( veja figura abaixo)
Apertar ligeiramente os punhos é muito bom para relaxar a palma da mão e os dedos. A recomendação é fechar o punho com os dedos esticados durante um minuto e depois fazer o mesmo gesto, mas com os dedos apertados.
4. Alongamento de dedos e polegar – ( veja figura abaixo)
O polegar é um dos dedos que mais sofre quando se apresenta esta condição, por isso aqueles exercícios para evitar a síndrome do túnel do carpo onde o mesmo é esticado são muito benéficos. Como nos exercícios anteriores, deve-se manter cada postura durante 1 minuto.
5. Apertar os punhos – ( veja figura abaixo)
Grande parte da dor da síndrome do túnel do carpo concentra-se na zona da palma da mão, afetando nossa força para fechar o punho e segurar objetos. Por este motivo apertar e soltar o punho é um excelente exercício para fortalecer a zona e prevenir incômodos.
6. Levantar e baixar os dedos – ( veja figura abaixo)
Realizar movimentos nos quais levantamos e baixamos os dedos com certa tensão é ideal para fortalecer os mesmos, nos ajudando a ganhar força ao mesmo tempo em que evitamos as dores e incômodos próprios da realização de atividades manuais. Repita cada movimento durante 1 minuto 3 vezes ao dia.
Quando devo procurar um neurocirurgião?
Caso os sintomas persistam por alguns dias, deve-se procurar um especialista. Quanto mais cedo for feito o diagnóstico e iniciado o tratamento, melhores são os resultados.
O tratamento conservador é feito com antiinflamatórios, imobilização, fisioterapia e medicamentos específicos para o nervo. Infiltrações com corticóide também podem ser realizadas. Nos casos mais graves ou refratários ao tratamento clínico, a cirurgia está indicada.
Fonte: Neurocirurgia.com
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