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Reestruturação da Emater-RO visa modernização para uma assistência técnica e extensão rural eficiente


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Com 47 anos e meio de serviços prestados ao estado de Rondônia, a Entidade Autárquica de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-RO) está entrando em uma nova fase. A proposta, atendendo ao pedido da nova gestão de governo, é dar celeridade ao processo de modernização e eficiência no atendimento ao produtor rural.

P U B L I C I D A D E

Ao assumir a presidência da Emater-RO, o médico veterinário Luciano Brandão recebeu do governador Marcos Rocha a missão de transformar a Emater-RO em uma entidade de assistência técnica e extensão rural de qualidade e de referência no Brasil. Para isso estão sendo tomadas medidas que passam pela reestruturação e fortalecimento das unidades administrativas até a implementação de uma gestão de excelência com sistema moderno de monitoramento e novas tecnologias. “Já estamos trabalhando com a Detic (Departamento de Gestão e Tecnologia de Informação e Comunicação) um sistema de monitoramento mais moderno, paralelamente ao sistema que já temos, que é o Sigater (Sistema de Gerenciamento de Ater)”, conta Brandão.

A Emater-RO está presente no 52 municípios rondonienses com 74 unidades de atuação direta no campo (73 escritórios locais e uma subunidade), sendo um dos órgãos de maior capilaridade dentro do estado, entretanto, cada técnico assiste hoje, em média, 105 famílias, “não dá a efetividade necessária para um bom atendimento”, explica o presidente da Emater-RO. Uma das propostas para tornar o serviço de Assistência técnica e extensão rural (Ater) mais eficiente está em diminuir esse número de propriedades assistidas dando condições para que o técnico trabalhe com mais dedicação e atenção ao produtor rural, no sentido de promover a real transformação da pequena propriedade.

Mas para que essas e outras propostas tornem-se viáveis é preciso que a Emater-RO passe por uma gestão de choque que dê uma nova dinâmica às ações e à própria missão da Emater que é ser eficiente na assistência técnica e extensão rural com qualidade. Para isso, a diretoria está discutindo pontos que considera primordial para que haja segurança nas atividades institucionais e uma delas é a necessidade de normatização de cada setor. Essa normativa já está sendo discutida no setor jurídico e no setor de controle interno da Emater-RO e passará pela Controladoria Geral do Estado.

Como instituição pública, outra preocupação do presidente Luciano Brandão é o Planejamento Plurianual (PPA), a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e a Lei Orçamentária Anual (LOA). “Nós precisamos ter um orçamento onde a gente consiga mais condições de trabalho, principalmente para o pessoal de campo, que é um orçamento voltado mais para assistência técnica, mesmo”, analisa o presidente, complementando que para dar a celeridade necessária ao processo de modernização e gestão de excelência é preciso promover a recuperação de bens e que, para isso, já está providenciando o levantamento das necessidades prioritárias. “Precisamos colocar equipamentos de mobília, equipamentos de informática, precisamos reformar toda a parte elétrica, precisamos climatizar esses escritórios, precisamos dar uma condição melhor de trabalho para nossos técnicos, além de recuperar veículos que se encontram parados hoje, por falta de manutenção”.

Para atender à solicitação de uma média de corte de 20% a 30% nos gastos, proposto pelo governador a cada secretariado, a diretoria da Emater-RO está tomando medidas cautelosas para que não haja prejuízo na realização dos serviços de Ater. Uma delas é a cedência de profissionais da autarquia para atuarem em órgãos parceiros em atividades relacionadas à áreas do setor produtivo, ao todo já são 154 funcionários que foram cedidos para Idaron, Sedam, Seagri e Seas . “Isso vai dar aproximadamente uns cinco milhões de reais de economia na folha.” Ainda dentro da reforma administrativa foram cortadas assessorias, promovendo uma economia anual de 293 mil reais, cortes esses que vem sendo feito com pé no chão, para que não se tenha prejuízo no serviço público e não perder a eficiência dos serviços prestados à comunidade.

Outra questão é a organização do quadro de pessoal, no intuito de definir a necessidade de força de trabalho de cada unidade. A Emater tem hoje uma concentração maior de técnicos atuando no eixo da BR, devido esses lugares oferecerem mais qualidade de vida, principalmente nos quesitos saúde e educação, então todo mundo quer ir para o eixo da BR, mas, segundo Luciano, a extensão rural vem de contraponto. “A extensão rural e a assistência técnica a gente tem que estar fazendo na ponta, lá em São Domingos, lá em Chupinguaia, lá em União Bandeirantes, lá em Calama, lá em Extrema, são esses lugares que precisam mais de extensionistas.”

A proposta de Luciano é implantar um plano de transferência voluntaria, visando distribuir os técnicos que estão em excesso em uma unidade para dar cobertura a outra onde haja deficiência de recursos humano. “Concluído esse processo, será possível avaliar a necessidade de contratação de novos profissionais e até abrir concurso para cobrir essa demanda. Então nós estamos assim, trabalhando nessas coisas mais prioritárias.”

Toda essa organização pela qual a Emater-RO vem passando e ainda vai passar visa dar um novo formato administrativo à instituição, levando-a à excelência, à modernidade e à inserção de tecnologias que trarão um novo dinamismo ao setor produtivo, principalmente aquele voltado para a agricultura familiar que é o foco da autarquia, tornando-a mais eficiente nos serviços de Ater. “A gente, organizando essa parte estrutural, com certeza o nosso serviço público será de mais qualidade, de mais eficiência e ele vai chegar para a sociedade de uma forma mais completa, fazendo com que a Emater se torne uma empresa de assistência técnica e extensão rural com eficiência, capaz de contribuir na transformação das pequenas propriedades em empresas ou microempresas que deem retorno para o estado financeiramente, economicamente, socialmente e ambientalmente em um curto espaço de tempo.”

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