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Agronegócios

Quebra na produção de soja não será nenhuma catástrofe, diz consultoria


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Ele percorreu a região do Matopiba no Rally da Safra —uma expedição anual que avalia as condições da safra no país— e diz que o problema encontrado na região é semelhante ao das demais regiões: a soja precoce.

P U B L I C I D A D E

Para reduzirem custos e terem tempo hábil para o plantio da safrinha de milho e do algodão, que vem na sequência do da soja, os produtores estão utilizando cada vez mais variedades de ciclo mais curto.

Em um período como o de 2018, quando as condições climáticas iniciais foram favoráveis, mas se complicaram no fim do ano, a soja precoce é mais afetada do que a tardia.

A soja precoce tem um ciclo de produção de até 100 dias; a soja de ciclo médio, de até 120; a de ciclo tardio, de até 140 dias. O plantio de soja precoce traz imprevisibilidade ao setor. Em condições climáticas adversas, ela não tem tempo para reagir e acaba sendo mais afetada do que a tardia.

Debastiani afirma que a quebra de safra da oleaginosa seria ainda maior se os produtores não viessem há alguns anos cuidando do solo.

A preocupação com o solo, novas variedades de soja e a maior utilização de tecnologia no campo impediram recuo maior da safra deste ano.

Na Bahia, um dos estados percorridos pelo Rally da Safra, a produção de soja foi recorde no ano passado, atingindo 66 sacas por hectare.

Os produtores investiram ainda mais nesta safra de 2018/19, esperando um resultado ainda melhor, que não ocorreu —e a produtividade deste ano deverá ficar próxima de 56 sacas por hectare.

“Ficou abaixo da expectativa dos produtores, mas ainda será a segunda ou a terceira maior safra da história do estado”, diz Debastiani.

Muitos produtores, porém, vão ter gastos maiores com a produção devido ao ataque de lagartas, percevejos, mosca branca e ferrugem em várias áreas do Matopiba.

A Agroconsult ainda está apurando os dados finais da produção de soja deste ano. As informações deverão ser divulgadas nesta semana.

Em 2018, a produção foi de 119,3 milhões de toneladas, segundo a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento). Para este ano, o órgão está prevendo 113,5 milhões.

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