Presidente da Aprosoja pede à Bolsonaro neutralidade sobre disputa ao Senado em Mato Grosso

Durante entrevista ao jornal da CBN Cuiabá nesta segunda-feira (25), o presidente da Aprosoja Brasil e pré-candidato ao Senado, Antônio Galvan (PTB), defende que o presidente da República Jair Bolsonaro (PL) se mantenha neutro no Estado, em relação ao apoio de candidato ao Senado no pleito de outubro deste ano.

Galvan sustenta esse discurso, pois seu partido também faz parte da base de sustentação do presidente e tem candidatura para o cargo, assim como o PP  tem Neri Geller e o próprio partido de Bolsonaro tem o senador Wellington Fagundes que briga pela reeleição e, todos, claro, se digladiando pelo apoio do chefe maior.

“Eu acredito que o nosso presidente vai ficar alheio a essa eleição aqui no Mato Grosso. Porque os três partido têm pré-candidatos , o PTB do qual eu faço parte, o PP e o próprio PL, legenda do presidente são partidos hoje que o apoiam no Congresso Nacional. Então penso que o presidente não deveria se envolver aqui”, disse.

A articulação para manter o presidente neutro na disputa em Mato Grosso vem sendo feita pela direção nacional do PTB, diretamente, com Bolsonaro e o ministro chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira.

O pré-candidato lembrou ainda que para governar, o presidente estabeleceu diversas alianças no Congresso Nacional. Desta forma, caso ele apoie um determinado candidato ao Senado pode comprometer o seu futuro nas urmas mato-grossenses.

“O PTB sozinho dentro do Congresso Nacional não pode dar o amparo necessário que o presidente tem. Então, como ele tem hoje esses acordos já firmados, como ele foi para o PL, como ele possui apoio do PP dentro do Congresso, acho prudente que o presidente da República fique neutro e deixe que a gente aqui decida quem tem os melhores trabalhos”, pontuou.

Galvan disse ainda que é um apoiador de Bolsonaro desde a pré-candidatura em 2017. “Desafio qualquer um que esteja falando aí que é apoiador de Jair Messias Bolsonaro que mostre em qual manifestação esteve junto, lutando e brigando pela manutenção dele no governo, e até mesmo antes dele ser presidente”, disse.

O presidente da Aprosoja ainda apontou sobre a possibilidade do presidente do PTB no Estado, ex-deputado federal Victório Galli, vir a colocar seu nome na disputa pelo comando do Paiaguás.

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