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Presença de fungos na ração afeta desempenho de suínos e retorno econômico do produtor


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Estratégia ideal envolve controle sanitário e aplicação de programa adequado de antifúngico e adsorventes de amplo espectro, orienta Trouw Nutrition

P U B L I C I D A D E

 

Grãos e cereais representam a base de rações para animais de produção. Por isso, a atenção a essas matérias-primas deve ser contínua. Uma vez contaminadas, podem impactar negativamente o desempenho de animais e causar alto prejuízo econômico às propriedades. “As micotoxinas, produzidas por fungos, representam uma grande ameaça à saúde e produção animal e a presença em todas as etapas torna o controle muito complexo”, informa Fernanda Andrade, gerente de programa Feed Safety da Trouw Nutrition. De acordo com a FAO e USDA, pelo menos 25% das culturas agrícolas mundiais estão contaminadas com algum tipo de micotoxina.

“Evitar a contaminação pelos fungos é praticamente impossível, visto que as principais espécies toxigênicas estão disseminadas no meio ambiente. No entanto, cuidados podem ser tomados durante a armazenagem das matérias-primas, como a aplicação de antifúngico. Mesmo em baixa concentração, a presença de micotoxinas tem efeito prejudicial ao sistema imune dos animais. A integridade do sistema imunológico dos suínos em crescimento é muito importante para que o potencial de desenvolvimento seja alcançado.”, reforça a especialista.

Apenas um fungo é capaz de produzir mais de um tipo de micotoxina no mesmo substrato, assim como diferentes espécies de fungos podem produzir o mesmo tipo de micotoxina. A micotoxina Deoxynivalenol, conhecida como DON, uma das mais comuns nos grãos, causa diferentes problemas para os suínos, como por exemplo baixo ganho de peso e lesões renais.

 “DON está associado principalmente a lesões orais e dérmicas, diminuição do apetite, vômitos e, consequentemente, baixo ganho de peso. Outro sinal clínico de contaminação por essa micotoxina – que também pode ser causada por outras, como Aflatoxina (Afla) e Fumonisina (FUM) – é a imunossupressão, que pode deixar o animal vulnerável aos agentes patogênicos,  constante desafio nas granjas”, explica a gerente de Feed Safety da Trouw Nutrition.

Outra forma nociva de atuação de micotoxinas ocorre no sistema reprodutivo dos suínos. A Zearalenona (ZEA) pertence ao grupo com fortes efeitos estrogênicos, imitando o hormônio naturalmente produzido pelos animais. “Em porcas contaminadas por ZEA, os sinais clínicos externos costumam ser edema e hiperemia de vulva. A substância tóxica também é responsável por abortos, falhas reprodutivas, cistos no ovário e hipertrofia ovariana”, alerta Fernanda Andrade.

A contaminação de grãos por micotoxinas é um problema sério, que acontece devido às condições inadequadas de armazenagem ou mesmo na lavoura, durante o período pré-colheita. A especialista da Trouw Nutrition informa que os antifúngicos usados como inibidores da proliferação representam uma medida preventiva. “O uso de antifúngicos preserva o valor nutricional e não interfere na alimentação final dos animais. Mas apesar da eficácia, já são mais de 400 compostos de micotoxinas identificados até o momento, porém menos de 3% são quantificadas pelas técnicas convencionais. Isso significa que a maioria dos alimentos para animais provavelmente estará contaminada com múltiplas micotoxinas”.

Fernanda Andrade acrescenta outra estratégia a ser usada em conjunto para minimizar a exposição das substâncias tóxicas: a redução de sua biodisponibilidade com o uso de adsorventes na dieta. “Os adsorventes sequestram as micotoxinas do trato digestivo do animal para que sejam eliminadas nas fezes. É importante ressaltar que essa tecnologia atua apenas sobre as substâncias tóxicas, sem impacto nos nutrientes da ração”.

 Texto Assessoria

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