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PIB de Mato Grosso cai, aponta IBGE


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Mesmo ampliando posição no ranking nacional, saldo foi de perda (-6,3%), puxado pela agricultura, a principal atividade econômica local.

P U B L I C I D A D E

Mato Grosso integra o grupo dos 25 estados brasileiros que apresentaram queda do Produto Interno Bruto (PIB) em 2016. Conforme dados do IBGE, a economia mato-grossense apresentou PIB de R$ 123,83 bilhões e retração em volume de 6,3% em 2016, queda que, na comparação nacional, só não foi superior à do Piauí e do Amazonas.

Apenas Roraima (0,2%) teve resultado positivo no PIB em 2016. O Distrito Federal registrou estabilidade (0,0%) e os outros 25 estados tiveram quedas no PIB, sendo que em 10 deles a variação ficou acima da média nacional (-3,3%). Estes 12 estados representaram 68,3% do PIB brasileiro em 2016. As maiores quedas foram de Amazonas (-6,8%), Mato Grosso e Piauí, ambos com -6,3%.

Apesar da retração, o Estado aumentou sua participação na economia nacional, de 1,8% para 2% e saltou uma posição na lista de posição relativa segundo o PIB, da 14ª para a 13ª. O desempenho da Agricultura, inclusive apoio à agricultura e a pós-colheita, explica em grande medida o ganho relativo em valor e a queda em volume, já que nesta atividade houve redução da produção em quantidade, mas também valorização de preços.

O setor agropecuário tem desempenho destacado na economia deste estado e em 2016 apresentou queda em volume de 22,4%. O resultado justifica-se, sobretudo, pela atividade Agricultura, inclusive apoio à agricultura e a pós-colheita, que representou 18,6% da economia do Estado em 2016 (15,9% em 2015). A queda em volume de 28,2% desta atividade esteve atrelada às condições climáticas desfavoráveis, devido à forte estiagem ocorrida em especial no período de segunda safra. O cultivo de soja, destaque na economia mato-grossense, foi amplamente atingido, bem como as culturas de algodão e milho. Conduto, a atividade teve resultado positivo em valores correntes devido ao aumento de preços e redução de custos de alguns dos principais insumos para a produção. Enquanto isso, na Pecuária, inclusive apoio à pecuária, o crescimento em volume de 4% foi impulsionado pela criação de bovinos.

A indústria mato-grossense apresentou queda em volume de 4,5%, em que pesou em grande medida o desempenho da atividade de Construção, com decréscimo de 12,9%. Tal resultado vinculou-se ao contexto nacional de retração da Construção em função da queda de investimento, com destaque para a retração nas obras de infraestrutura. Já em Indústrias de transformação, a queda de 0,9% ocorreu principalmente devido à fabricação de álcool e biocombustíveis.

Serviços sofreu a menor queda em volume entre os três setores, -1,9%, e teve sua participação no valor adicionado bruto da economia mato-grossense reduzida em função do ganho relativo da Agropecuária, em valores correntes. As atividades que mais influenciaram o resultado em volume do estado foram Comércio e reparação de veículos automotores e Transporte, armazenagem e correio, que apresentaram queda de 9,4% e 5,0%, respectivamente. Porém, outras atividades de grande participação no setor tiveram desempenho em volume positivo, o que contribuiu para conter parcialmente o resultado de Serviços, sendo elas: Administração, defesa, educação e saúde públicas e seguridade social, 2,0%; Atividades imobiliárias, 2,6%, e Educação e saúde privadas, 4,5%.

ACUMULADO – Entre 2002 a 2016 a expansão do PIB mato-grossense ficou duas vezes acima do registrado na média do páis. Conforme o IBGE, nesse período, o volume do PIB do Brasil cresceu 40,6%, 2,5% ao ano (a.a.), em média e o de Mato Grosso 4,7% a.a, sendo o segundo estado de maior avanço, atrás apenas do Tocantins.

O estado que mais cresceu foi Tocantins (5,2% a.a.), seguido por Mato Grosso (4,7% a.a.) e Roraima (4,3% a.a.). Em Tocantins, o destaque no período foi Indústrias de transformação, que cresceu 10,4% a.a.. No Mato Grosso, a variação foi impulsionada pelo setor agropecuário, que cresceu 5,9% a.a., acompanhando o desenvolvimento do cultivo de soja.

Em Roraima, a variação mais importante foi da atividade Administração, defesa, educação e saúde públicas e seguridade social, que cresceu 3,5% a.a. e responde por quase 50% da economia do estado. A exemplo do Tocantins, todos os estados da região Norte tiveram variação em volume do PIB maior que a média nacional.

Por região, a Região Norte obteve o maior crescimento na série de 2002 a 2016. A região cresceu 3,7% a.a., seguido de Centro-Oeste (3,6% a.a.) e Nordeste (2,8% a.a.). Os menores resultados são das regiões Sudeste e Sul, 2,2% a.a. e 2,1% a.a., respectivamente.

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