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Perda de libido pode estar relacionada a problemas de saúde


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Desde que a pandemia mudou as rotinas dentro de casa, muitos foram os efeitos sentidos na saúde mental e física. Convivência intensa, medo do futuro, preocupação com o desemprego, estresse, dores de cabeça e dificuldade para dormir são alguns dos resultados das novas dinâmicas impostas pelo coronavírus. Em pesquisa online realizada em fevereiro de 2021 pelo UOL AD LAB em parceria com o VivaBem, 44% dos respondentes afirmaram possuir algum distúrbio psíquico, sendo que, entre esses indivíduos, 55% identificaram que os sintomas do transtorno aumentaram após o início da pandemia.

P U B L I C I D A D E

Nesse contexto, a libido também se tornou assunto. O termo se associa à produção e liberação de hormônios como testosterona, estrogênio, ocitocina e dopamina, com influência de fatores psicológicos, emocionais e sociais. Na pesquisa do UOL AD LAB que avaliou como anda a saúde mental dos brasileiros e o que mudou na rotina, nos hábitos e na forma de pensar durante a pandemia, 28% responderam que o apetite sexual diminuiu nos últimos 12 meses e para 38% ela se manteve igual, sendo que a ansiedade, o desânimo, o estresse, o cansaço e o nervosismo cresceram mais de 40%.

No início da pandemia, L.L.T.S, 35, foi demitida. Depois de alguns anos no mesmo trabalho, a publicitária precisou enfrentar um cenário de dúvidas sobre sua carreira enquanto se adaptava ao dia a dia dentro de casa. “O clima de incerteza e medo não era favorável, mesmo com mais tempo disponível e a proximidade da convivência diária”, lembra. Ela conta que, depois de um tempo vivendo assim e precisando se acostumar, a libido está voltando aos poucos. Segundo o psiquiatra Alisson Marques, essa tem sido uma situação comum, já que a saúde mental está entre os campos mais afetados pelas restrições por conta do coronavírus. “Episódios de ansiedade, falta de motivação ou perspectiva, entristecimento, medo e angústia estão ocorrendo, o que pode ser algo pontual ou representar adoecimento”, afirma. O especialista explica que vivemos da interação de corpo, mente e ambiente, na qual também se manifesta a libido. “Então, quando um desses campos se encontra em desequilíbrio, pode ocorrer a redução dela. Uma mente organizada nas suas emoções influencia muito na expressão desse desejo”.

L.L.T.S recorda que perder o emprego mexeu com sua confiança e autoestima, fazendo com que ela não se sentisse alguém desejável. Além disso, alerta para um ponto importante da vida em casal: as diferenças. “Eu acho que a forma de encarar a pandemia pode não ser igual para os dois. A minha libido ficar bem não quer dizer que a do meu parceiro vai ficar também”, reflete.

Uol.com.br

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