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Medicina

Pelagra: conheça a doença causada pela deficiência de vitamina B3


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Pelagra é uma doença rara, desencadeada quando o organismo está deficiente de niacina e de triptofano.

P U B L I C I D A D E

A niacina, ou vitamina B3, é essencial para o desempenho de diversas funções do corpo, tais como melhorar a circulação sanguínea, baixar o colesterol, ajudar no controle da diabetes, aliviar a enxaqueca, etc.

Quando em déficit, afeta significativamente o sistema digestivo, nervos e pele, causando quadros de diarreia, alterações neurológicas, perda de memória, dermatite, entre muitos outros.

Já o triptofano é um aminoácido que pode ser transformado pelo corpo em niacina e fazer a sua função. Porém, quando baixo, não consegue suprir essa carência.

De modo geral, a deficiência de niacina e de triptofano no organismo é decorrente do pouco consumo de alimentos que contenham essas duas substâncias. No entanto, há casos em que esse problema é decorrente da má-absorção pelo intestino, condição que pode estar associada à doença de Crohn.

Neste artigo, você vai conferir mais detalhes sobre a pelagra, incluindo as suas causas, fatores de risco, sintomas, diagnóstico e tratamentos. Por isso, continue a leitura e tire todas as dúvidas sobre essa doença.

O que causa a pelagra?

Como dissemos, a pelagra é uma doença desencadeada pelos baixos níveis de vitamina B3 no organismo. Por conta disso, ela pode ter duas principais causas, uma primária e outra secundária.

Pelagra primária

A pelagra primária é decorrente do consumo inadequado de alimentos ricos em niacina e triptofano, tais como verduras, carnes, peixes e ovos.

Pelagra secundária

Já a pelagra secundária é causada quando o organismo não absorve adequadamente a vitamina B3, situação que pode ocorrer devido ao consumo de alguns medicamentos, desnutrição, consumo excessivo de álcool, distúrbios gastrointestinais e outros relacionados.

Quais são os fatores de risco para desenvolvimento dessa doença?

Além da questão da alimentação inadequada e da deficiência de absorção da niacina e do triptofano pelo intestino, há outros fatores que podem aumentar o risco do desenvolvimento da pelagra, que são:

  • alcoolismo;
  • transtornos alimentares, principalmente a anorexia;
  • problemas e doenças no aparelho digestivo, como doença de Crohn e alguns tipos de cânceres;
  • diagnóstico de doença de Hartnup, patologia hereditária rara que afeta seriamente a absorção de triptofano pelos rins e intestino.

Quais são os principais sintomas da pelagra?

Os principais sintomas da pelagra são os chamados 3Ds: demência, dermatite e diarreia. Aqui, vale destacar que eles, não necessariamente, surgem nessa ordem. Além disso, a intensidade desses sintomas tende a variar de pessoa para pessoa.

Somado a esses, há uma série de outros sinais que podem ser indicativos de pelagra. Os mais recorrentes em pacientes com essa doença são:

  • náuseas persistentes, podendo ser acompanhadas de quadros de vômito;
  • cólicas abdominais;
  • perda de apetite;
  • indigestão;
  • problemas cognitivos;
  • desorientação;
  • confusão mental;
  • dores de cabeça;
  • perda de memória;
  • alterações de humor;
  • fadiga constante e intensa;
  • fraqueza;
  • pensamentos ilusórios;
  • depressão grave;
  • lesões na pele, de aparência escamosa;
  • lesões cutâneas simétricas após exposição ao sol;
  • lesões e fissuras nos pés não relacionadas a machucados ou uso de calçados;
  • vermelhidão na região do rosto, com formato similar as asas de borboleta;
  • coceira e vermelhidão no dorso das mãos;
  • surgimento de bolhas na pele;
  • escurecimento ou espessamento da pele.

Tão logo uma pessoa constate qualquer um dos sintomas que acabamos de mencionar, é essencial procurar ajuda médica.

Negligenciar esse cuidado contribui para a progressão da doença que, em casos severos, pode fazer o paciente desenvolver quadros delirantes, evoluir para o estado de coma e, em seguida, à falência múltipla dos órgãos, causando a sua morte.

Como é feito o diagnóstico e o tratamento dessa doença?

O diagnóstico da pelagra é feito com base na análise dos sinais e sintomas apresentados pelo indivíduo, seguido de exames de sangue e urina. Também são considerados os seus hábitos alimentares, e costumam ser solicitados exames de imagem e biópsia de algumas partes da pele que foram afetadas, a fim de descartar outras doenças que tenham sintomas similares.

Quanto ao tratamento, ele tem como base a reposição de vitamina B3. Para isso, médico e nutricionista orientarão o paciente para que faça mudanças no seu estilo de vida e, principalmente, que adote uma alimentação saudável.

Durante o tratamento para a pelagra é essencial que o paciente se abstenha de álcool, pois o consumo dessa substância afeta a absorção das vitaminas pelo organismo. Na maioria dos casos, são prescritos suplementos nutricionais com vitaminas do complexo B e triptofano.

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