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OPINIÃO DE PRIMEIRA: Marcos Rogério só não será ministro se não quiser: ele toparia ir o sacrifício, abrindo mão da disputa ao governo de Rondônia?


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P U B L I C I D A D E

Marcos Rogério aceitaria ir para o sacrifício, abrindo mão de uma candidatura com chances reais ao governo de Rondônia, para ser ministro de Bolsonaro, num mandato tampão? Os onze ministros que entrarão no governo em 31 de março terão emprego garantido por apenas nove meses. Mais quatro anos, para eles ou pelo menos para parte deles (o senador rondoniense tem ainda mais um quatriênio de mandato, depois do final deste ano), dependeria da reeleição do presidente da República. Os bolsonaristas estão convictos que mais um mandato é certo, mas a oposição está usando todas as armas possíveis para que isso não ocorra. Quando esteve em Porto Velho, na quinta-feira, para encontro com o presidente do Peru, Bolsonaro anunciou que haverá uma grande troca no seu ministério, porque o equivalente a um time de futebol completo, ou seja, onze dos seus ministros, deixarão seus cargos para disputarem a eleição de outubro. Questionado especificamente sobre se poderia haver um rondoniense no seu Ministério, Bolsonaro se antepôs e já falou no senador do PL: “tenho o maior apreço pelo Marcos Rogério, mas ainda é muito cedo para se falar em nomes”. Ou seja, saiu pela tangente, comunicando à imprensa, ainda, que só anunciará os substitutos para os que vão concorrer, na última hora. Ironizou, dizendo que todos só ficarão sabendo dos novos nomes na edição do Diário Oficial de 31 de março, como se isso fosse possível acontecer, já que o tema vai ocupar a imprensa e os bastidores da política durante todos os próximos meses.

A presença ou não de Marcos Rogério na disputa pelo Palácio Rio Madeira/CPA muda todo o quadro. Se ele entrar, estará postada uma candidatura forte e viável, que vem com apoio da região central do Estado e de grupos políticos que o consideram pronto para a função. Se optar por permanecer no Senado e se tornar ministro de Bolsonaro (só não o será se não quiser!), Marcos Rogério pode ser instado pelo Presidente a apoiar, por exemplo, outro bolsonarista de primeira hora, o atual governador Marcos Rocha. Claro que tudo isso é apenas ilação, no pacote de elucubrações políticas que se faz, antes que as coisas se decidam mesmo, logo ali na frente, em cerca de 60 dias. Ainda nesta história toda e para complicá-la ainda mais, tem a a candidatura de Ivo Cassol, outro aliado do Planalto. Na verdade, entre os nomes na corrida pelo Governo rondoniense (Rogério, Rocha e Cassol), o trio é aliado ao governo. Em nível nacional, o Podemos de Léo Moraes também é oposição, por ter candidatura própria, a do ex-juiz Sérgio Moro e o é também ao governo de Rondônia. Confúcio Moura é outra força opositora, assim como o petista Anselmo de Jesus, que virá com o representante da esquerda, se não houver mudanças, porque ouve-se nos bastidores que há os que prefeririam apoiar Vinicius Miguel, do Cidadania. Enfim, neste momento, o quadro é este. É claro que haverá muito mais mudanças, mas, no momento, é isso que está no tabuleiro do xadrez da sucessão.

 

 

COM POPULARIDADE EM ALTA, BOLSONARO FOI ACOMPANHADO DE PERTO POR VÁRIOS POLÍTICOS RONDONIENSES

Testada também por aqui, a popularidade do presidente Bolsonaro deixou claro que ele, onde vai, arrasta um público enorme. Desde o momento em que desceu na Base Aérea de Porto Velho até seu trajeto ao Palácio do Governo, Bolsonaro foi aplaudido por grande público. Grande número de motociclistas o acompanharam, assim como centenas e centenas de pessoas que queriam vê-lo e aplaudi-lo. No meio político, o Presidente teve a companhia do governador Marcos Rocha e da primeira dama, dona Luana, mas também não deixou de ser cercado, quase sempre, por vários políticos, todos querendo aproveitar (e com toda a razão), a enorme popularidade de Bolsonaro, onde quer que ele passe. Além do senador Marcos Rogério, sempre por perto, ao menos dois deputados federais se destacaram na maioria das fotos, pela proximidade com o Chefe da Nação: Lúcio Mosquini, o líder da bancada federal no Congresso e a deputada Jaqueline Cassol. No voo para Rondônia, vieram no avião presidencial também a deputada Mariana Carvalho e o deputado Coronel Chrisóstomo. No encontro com a imprensa, sempre tenso, não houve maiores problemas. O Presidente respondeu perguntas principalmente sobre seu futuro Ministério e sobre críticas que fez, há alguns meses, quando foi eleito o esquerdista Pedro Castillo. Em meio a aplausos e saudações de admiradores, houve sim um pequeno grupo (não mais de dez pessoas), que tentaram passar pela segurança com uma faixa Fora Bolsonaro! Sem sucesso, alguns membros do grupo foram às redes sociais, criticando duramente a ação da polícia.

 

VALDIR E MARINHA RAUPP:  CASAL NÃO DECIDIU SE  PARTICIPA OU NÃO DA ELEIÇÃO DESTE ANO  

Uma dupla que teve grande poder em Rondônia, durante longos anos, está sim fazendo falta na nossa vida pública. Tanto o ex-senador Valdir Raupp quanto sua esposa, a ex-deputada Marinha, deixaram uma lacuna entre as boas representações rondonienses, mesmo que os novos ocupantes dos espaços, estejam dando conta do recado. Não se trata de dizer que alguém é melhor do que outro, mas sim de destacar que o que os Raupp realizaram por Rondônia, durante décadas, não pode ser esquecido. Valdir Raupp foi governador e depois um senador muito poderoso no contexto da vida pública nacional. Chegou a ser o presidente nacional, embora interino, do MDB, o maior partido político do país. Começou, na medida em que crescia politicamente, a ser alvo de denúncias, várias delas e acabou, injustamente, sendo preterido pelo eleitorado rondoniense. Marinha Raupp teve vários mandatos, todos eles recheados de muitos recursos para investimentos no Estado. Foi também um fenômeno eleitoral. Pela primeira vez na história de Rondônia, um candidato à Câmara Federal ultrapassou os 100 mil votos numa eleição. Onde andam os Raupp atualmente? Ambos estão trabalhando em suas respectivas áreas e, nos últimos tempos, não têm falado, ao menos publicamente, sobre o futuro, em termos de volta ou não à vida pública. Eleitores dos Raupp estão na torcida que ambos decidam ou que, ao menos um deles opte, por voltar a disputar uma eleição no Estado. Por enquanto, não há resposta para esta possibilidade.

ESTADO E CAPITAL PREPARAM A VOLTA DE 240 MIL ESTUDANTES NESTA PRÓXIMA QUARTA, DIA 9

A quarta-feira, dia 9, será um dia muito especial para a educação rondoniense, no geral e de Porto Velho, em particular. Um total de 195 mil estudantes das mais de 320 escolas do Estado e 45 mil alunos do ensino municipal da Capital, começam o ano letivo. Nos educandários geridos pela Seduc estadual, todos os estudantes retornam às aulas presenciais. Já no caso do ensino básico, em nível municipal, as aulas serão híbridas, ou seja, parte presencial e parte será daqueles que continuarão estudando em casa. Nos dois níveis de ensino, os cuidados com a pandemia serão mantidos e, em caso de suspeita de alguma caso ou de mais de um em determinada escola, o problema localizado será tratado com ações imediatas, inclusive com o fechamento da escola, até que tudo volte à normalidade. Álcool em gel, termômetros para medição de temperatura, uso de máscara e evitar as aglomerações dentro do possível, serão medidas comuns nos dois níveis de ensino. Tanto o secretário da Seduc, Suamy Vivecananda quanto a secretária da Semed, Gláucia Negreiros, estão otimistas com o retorno às aulas, mas ambos estão atentos ao novo momento em que os casos de contaminação do vírus aumentam cada vez mais, com UTIs lotadas e mais mortes. Até o momento, contudo, todo o projeto de reinício das aulas está mantido. O que se espera que tudo seja feito com o maior cuidado, para que não haja problemas em relação à doença, nos milhares de alunos que retornam às escolas.

EM QUATRO ANOS, ATUAL GOVERNO DEVE FECHAR COM PERTO DE 2 BI REPASSADOS AOS MUNICÍPIOS

Em 2016, os investimentos do Estado nos municípios atingiram 136 milhões de reais. Em 2017, chegaram a 159 milhões de reais. No último ano do governo Confúcio Moura, o valor investido nas comunidades rondonienses, pelo Estado, chegou a 226 milhões. A partir da administração Marcos Rocha, segundo números destacados pelo chefe da Casa Civil, Júnior Gonçalves, estes “investimentos municipalistas”, como ele chama, começaram menores, porque havia grande dificuldade de controle das contas, mas, em 2020 e 2021 já deram um salto, o que deverá ainda ser mais significativo neste 2022. Júnior informou, em vídeo acessado por grande número de internautas, no Instagram, que em 2019, o primeiro ano do atual governo, os investimentos nas cidades foram de 187 milhões de reais. Mas já deram um salto em 2020, mesmo com a chegada da pandemia, com toda a sua força: o dinheiro aplicado nos municípios bateu no valor recorde de 243 milhões de reais. O enorme salto foi em 2021, num período ainda de pandemia, mas com a economia já se recuperando: ultrapassou os 529 milhões de reais. Sobre 2022, as informações vindas diretamente do governador Marcos Rocha é que o Estado pretende gastar até 1 bilhão de reais em investimentos nas cidades. Ou seja, caso este valor seja atingido, em quatro anos o apoio financeiro do Estado aos municípios pode chegar muito perto de 2 bilhões de reais.

 

JANEIRO CHEIO DE MÁS NOTÍCIAS SOBRE A PANDEMIA: 39 MIL CASOS E 147 ÓBITOS 

De 284.660 casos em 1º de janeiro deste 2022 para 323.699 em 2 de fevereiro, pouco mais de um mês depois. Ou seja, em apenas 32 dias, Rondônia registrou nada menos do que 39.039 novos contaminados pelo Coronavírus. A média diária de novos casos chegou, neste período, a 219 afetados pela doença. Os números assustam mais ainda quando se teve, até o primeiro dia deste ano, nada menos do que 147 mortes. Elas eram 6.737 desde o início da pandemia e saltaram, no período inicial do ano, para 6.884. Rondônia perdeu para a pandemia mais de quatro pessoas por dia, neste 2022. O pacote de más notícias inclui as internações. No final de dezembro passado, quando já parecia claro que viveríamos uma terceira onda, haviam 84 pacientes internados, pouco mais de 20 deles nas UTIS. No janeiro, a ocupação dos leitos saltou para 226, ou seja, mais 135 por cento de pessoas nos hospitais e chegamos a ter, no início desta semana, nada menos do que onze rondonienses na fila de espera das UTIs, agora superlotadas novamente.

 

PESQUISAS COMEÇAM A MUDAR SEUS NÚMEROS E LULA JÁ NÃO PARECE COMO O PRESIDENTE ELEITO

As pesquisas pró Lula continuam pululando país afora, com, neste momento, algumas diferenças bastante significativas sobre aquelas, feitas até o final do ano passado, em que já se poderia entregar a faixa presidencial ao petista, tal a imensa maioria que teria conquistado entre o eleitorado brasileiro. Agora, as pesquisas precisam ser registradas detalhadamente na Justiça Eleitoral e, além de todas as informações técnicas, é exigido que se saiba quem a contratou. Desapareceram, como por milagre, os resultados que davam até 50 pontos de vantagem de Lula sobre Bolsonaro. Milagrosamente, os novos números começam a diminuir muito a diferença entre ambos. Ou seja, de uma hora para outra, Lula já não está ungido à Presidência e nem Bolsonaro jogado, como uma espécie de traste político, pelos cantos do esquecimento popular. Comentário comum que se ouvia entre os bolsonaristas mais apaixonados e outros que são apenas admiradores do Presidente, durante sua estada em Porto Velho, é de que Bolsonaro quase se atira no meio do povo, onde quer que vá, enquanto Lula não consegue andar nas ruas, sem ser chamado de ladrão, vagabundo e de ser hostilizado. No andar da carruagem, agora sob fiscalização rigorosa da Justiça Eleitoral, as pesquisas terão que começar a mostrar uma verdade que está na cara de todos…

 

PREFEITURA LUTA CONTRA CANAIS ENTUPIDOS PELO LIXO JOGADO PELA PRÓPRIA POPULAÇÃO

Chuvas torrenciais, alagações, sofrimento da população, nestes tempos de inverno amazônico. Infelizmente, em algumas áreas da cidade, são os próprios moradores  que contribuem, mesmo sabendo o risco que correm, para piorar ainda mais a situação. O entupimento de vários canais que atravessam a zona urbana é causado, na grande maioria das vezes, por ações absurdas, como jogar todo o tipo de lixo nos córregos, o que impede que o grande volume de água consiga passar normalmente. Interrompida pelas barreiras causadas pelo lixo, a água das chuvas volta, muitas vezes, para dentro das casas de quem fez dos canais o seu lixão. Some-se a isso os sedimentos que, pela natureza, já entopem os locais, para se ter um quadro de enormes problemas. A Secretaria de Obras da Prefeitura da Capital tem tentado, mesmo sem a parceria que deveria ter de toda a população, manter os canais limpos. Já foram feitas desobstruções nos bairros Cohab, Aponiã, Flodoaldo Pontes Pinto e na região do porto fluvial do Cai N’Água e, nesta semana, o trabalho chegou ao bairro Três Marias. Todos os anos, o serviço municipal de limpeza retira toneladas de lixo dos canais da cidade. Não está na hora da população começar, ela mesma, a ajudar na fiscalização, não permitindo que a sujeira acabe voltando para suas casas?

 

PERGUNTINHA

Na sua opinião, as pesquisas eleitorais no Brasil ainda merecem crédito ou você simplesmente deixou de acreditar nelas?

 

SÉRGIO PIRES

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