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Agronegócios

Oferta de carnes pode levar dois meses para se normalizar devido os bloqueios


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A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) divulgou uma nota neste domingo, dia 27, em que lamenta anunciar que a mortandade animal já é uma realidade devido à falta de condições minimamente aceitáveis de espaço e quantidade de ração. Um bilhão de aves e 20 milhões de suínos estão recebendo alimentação insuficiente. ‘É importante que todos saibam: após o final da greve, a regularização do abastecimento de alimentos para a população poderá levar até dois meses”, alerta.

P U B L I C I D A D E

No fim deste domingo, o presidente Michel Temer se reuniu com representantes do agronegócio, que apresentaram a situação grave enfrentada. O vice-Presidente e diretor de mercados da ABPA, Ricardo Santin, enviou um vídeo exclusivo falando sobre o encontro. Confira!

Entenda a situação

Segundo a ABPA, com risco de canibalização e condições críticas para os animais, 64 milhões de aves adultas e pintinhos já morreram, e um número maior deverá ser sacrificado em cumprimento às recomendações da Organização Mundial de Saúde Animal e das normas sanitárias vigentes no Brasil. Milhões de suínos também estão ameaçados.

De acordo com a associação, a mortandade cria uma grave barreira para a recuperação da produção do setor nas próximas semanas e meses. “As carnes suína, de frango e os ovos, proteínas que antes eram abundantes e com preços acessíveis, poderão se tornar significativamente mais caras ao consumidor caso a greve se estenda ainda mais. O velho fantasma da inflação poderá assombrar o país, pelo menos até que ocorra o restabelecimento da produção. Os menos favorecidos serão os mais prejudicados”, defende.

A ABPA registrou, neste domingo, 167 plantas frigoríficas de aves e suínos paradas. Mais de 234 mil trabalhadores estão com atividades suspensas. “Hoje, depois de um dia pesado, conseguimos farelo de soja em duas plantas, mas tem outras 15 fábricas em que não conseguimos nada. Tem pequenos acordos com os grevistas que entendem a situação para liberar as entregas de ração, mas como não tem mais matéria-prima, já não adiantará muito a partir de amanhã. Vai morrer muito frango e suíno de fome”, contou um diretor de uma das maiores agroindústrias do país, em conversa com o Canal Rural.

A Associação dos Criadores de Suínos de Mato Grosso (Acrismat) também destacou o estado abarrotado das granjas. A entidade afirma que os prejuízos podem ir muito além, causando até mesmo problemas sanitários. “A desnutrição dos animais alojados afeta diretamente o bem-estar animal e coloca em risco a sanidade, já que sem nutrição a imunidade cai, abrindo portas para enfermidades. Além disso, o correto descarte de resíduos de produção está impossibilitado, e pode provocar impacto ambiental”.

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