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O que é diabetes autoimune latente?


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Diabetes autoimune latente, também chamado de diabetes 1,5. Quais as causas, os sintomas e como é o tratamento?

P U B L I C I D A D E

O conceito de diabetes autoimune latente em adultos, cuja sigla em inglês é LADA, de latent autoimmune diabetes in adults (também chamado diabetes 1,5), foi introduzido pela primeira vez em 1993. O LADA é uma modalidade de diabetes diferente dos tipos clássicos, 1 e 2. Trata-se de uma forma de instalação lenta de diabetes autoimune que, como o diabetes tipo 1, ocorre porque o pâncreas deixa de produzir insulina adequadamente, provavelmente devido a algum motivo que lentamente danifica as células produtoras de insulina no pâncreas.

Para alguns autores, contudo, o LADA não é um tipo autônomo de diabetes, mas um subtipo do diabetes tipo 1. Outros pesquisadores acreditam que o LADA ocorre em continuidade, ficando entre diabetes tipo 1 e tipo 2.

O diabetes mellitus tipo 1, que geralmente se inicia na infância ou na adolescência, leva à necessidade de administração de insulina desde o início. No entanto, alguns pacientes experimentam início do diabetes na idade adulta e uma proporção de indivíduos com esse tipo da doença pode ser tratada inicialmente com medicações orais e não requer terapia com insulina desde o momento do diagnóstico. Esse tipo de diabetes tem, clínica e terapeuticamente, muitas similaridades com o diabetes mellitus tipo 2. Porém, enquanto o diabetes tipo 2 é devido à resistência à insulina, o diabetes autoimune latente em adultos é um diabetes por insuficiência de insulina.

Quais são as causas do diabetes autoimune latente?

Como o diabetes tipo 1, o LADA ocorre porque o pâncreas deixa de produzir insulina na quantidade adequada, provavelmente devido a algum dano causado ao pâncreas por anticorpos contra células produtoras de insulina que lentamente as danificam. Fatores genéticos também podem estar envolvidos.

Quais são as principais características clínicas do diabetes autoimune latente?

O LADA, na maioria dos casos, ocorre em pessoas com mais de 30 anos. Como são mais velhas do que é típico para alguém com diabetes tipo 1 (que geralmente se inicia antes dos 18 anos), quando os sintomas se desenvolvem, e porque inicialmente o pâncreas ainda produz alguma insulina, as pessoas com LADA costumam ser diagnosticadas erroneamente com diabetes tipo 2, particularmente se tiverem fatores de risco para diabetes tipo 2, como um forte histórico familiar ou obesidade.

Os sintomas de diabetes autoimune latente em adultos são semelhantes aos de outras formas de diabetes:

  1. Hiperfagia (aumento da fome)
  2. Polidipsia (sede e ingestão de água excessivas)
  3. Poliúria (micção excessiva)

E, frequentemente, visão turva.

Comparado ao diabetes juvenil tipo 1, os sintomas se desenvolvem mais lentamente, durante um período de pelo menos seis meses.

Como o médico diagnostica o diabetes autoimune latente?

Estima-se que mais de 50% das pessoas diagnosticadas como portadoras de diabetes tipo 2 não relacionada à obesidade podem realmente ter LADA. O diagnóstico é tipicamente baseado no achado de hiperglicemia, associado à constatação de que a causa é devida a uma falha da ilhota de Langerhans ao produzir insulina, em vez de uma resistência à insulina. A detecção de um nível baixo de peptídeo-C e anticorpos contra as ilhotas de Langerhans reforçam e sustentam este diagnóstico.

Uma diferenciação com o diabetes tipo 2 pode ser feita porque as pessoas com LADA tipicamente têm níveis baixos, embora às vezes moderados, de peptídeo C à medida que a doença progride e aqueles com resistência à insulina ou diabetes tipo 2 são mais propensos a ter níveis elevados de peptídeo C devido a uma produção excessiva de insulina.

Como o médico trata o diabetes autoimune latente?

O diabetes autoimune latente em adultos pode ser tratado com os medicamentos orais habituais para diabetes tipo 2 por um determinado período de tempo, após o qual o tratamento com insulina é necessário. Também deve ser feito um monitoramento a longo prazo, para evitar complicações.

O tratamento dietético do LADA é semelhante ao do diabetes tipo 1 clássico.

Os pacientes obesos com LADA se beneficiam da restrição de calorias consumidas e do aumento dos níveis de atividade física. A metformina é provavelmente útil em pacientes obesos com LADA. No entanto, a longo prazo, a terapia com insulina passará a ser o tratamento de escolha. Portanto, não há razão para adiar o início da terapia com insulina, mas isso só pode ser avaliado por um endocrinologista.

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