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O meu auxílio emergencial não caiu no Caixa Tem. O que fazer?


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Os repasses do auxílio emergencial acontecem por meio do aplicativo Caixa Tem, com o objetivo de disponibilizar o acesso às cotas sem causar aglomerações nas agências bancárias. No entanto, inúmeras pessoas continuam passando por dificuldades para garantir as parcelas do benefício.

P U B L I C I D A D E

Muitos usuários dependem do dinheiro para efetuar o pagamento de suas faturas mensais e, por isso, qualquer atraso pode ser extremamente prejudicial em meio à crise econômica ocasionada pela COVID-19. Você sabe como proceder quando o auxílio emergencial não cair na sua conta digital do Caixa Tem?

Para te ajudar a responder a esse questionamento, entrevistamos o advogado Pedro Saliba. O profissional trabalha com direito digital e idealizou o canal “Posso Processar?”, no YouTube, focado em educação jurídica popular.

Acompanhe a matéria completa logo abaixo e saiba o que fazer para recorrer ao atraso do auxílio emergencial no aplicativo Caixa Tem. Não se esqueça de conferir outros conteúdos de nosso site, como simulados e artigos. Temos certeza de que existe um material feito especialmente para você!

O que fazer quando o dinheiro do auxílio emergencial não cair na conta do Caixa Tem?

A Caixa Econômica Federal já criou aproximadamente 91,7 milhões de poupanças digitais pelo aplicativo e, por sua vez, mais de 41 milhões de brasileiros acessam o aplicativo regularmente. Contudo, as coisas não estão funcionando da maneira que os usuários gostariam.

Desde o início de julho de 2020, os usuários do Caixa Tem vêm reclamando de falhas e instabilidades no sistema, como atraso no pagamento das parcelas e erro na visualização do saldo (valor zerado). Na época, também ocorreram denúncias de que problemas de demora e dificuldade de acesso continuavam acontecendo.

“A responsabilidade pelos pagamentos é da Caixa Econômica Federal, mas o dinheiro vem necessariamente através do Ministério da Cidadania. É preciso identificar, em cada caso, onde houve falha para que os prazos não fossem cumpridos”, Pedro Saliba informa.

De acordo com o advogado, a orientação geral é reunir provas do ocorrido, como prints para comprovar o atraso nos pagamentos pelo Caixa Tem, registro de ligações para a Caixa Econômica Federal e cópia das reclamações no PROCON ou no site do consumidor.

“Muitas vezes não vai resolver o problema, já que não é uma questão isolada, e sim algo que está afetando milhares de pessoas ao mesmo tempo, mas é fundamental caso a situação não se resolva em curto prazo”, explica.

É possível processar a Caixa pelo atraso no pagamento do auxílio emergencial?

Qualquer pessoa tem o direito de recorrer à Justiça para decidir sobre conflitos, ainda mais se o interessado tiver provas do atraso nos pagamentos e conseguir demonstrar que isso trouxe danos materiais. “Por exemplo, teria uma conta que venceu e você pagou juros por causa do atraso. Isso é tipo de dano material”, o advogado destaca.

Entretanto, é importante verificar alternativas antes mesmo de entrar na Justiça. Pedro Saliba recomenda que eventuais processos só devam acontecer caso os prejudicados não consigam resolver o problema de nenhuma outra forma. A orientação é de sempre buscar informação pelas agências da Caixa ou pelos canais de atendimento, sempre anotando protocolos, datas/horários das ligações e nome dos funcionários.

“É importante tentar resolver sem processo judicial. Primeiro porque um processo sempre vai demorar, mas também para evitar a sobrecarga dos tribunais. São muitas ações todos os dias. É irresponsável judicializar um conflito que pode ser resolvido de forma mais simples. Também é importante dizer que entrar na Justiça não significa ganhar: um juiz ou juíza vai analisar a situação e decidir”, Saliba argumenta.

Caso nenhuma das alternativas tenha surtido efeito, os beneficiários podem procurar a Defensoria Pública da União. A instituição fornece atendimento gratuito para solucionar problemas vinculados ao auxílio emergencial. Além disso, também é possível recorrer ao site da Justiça Federal do seu estado, especialmente para entrar com uma ação gratuita e sem advogado (via Juizado Especial Federal).

“Muita gente tem conhecido isso como atermação [processo de ouvir o cidadão com a sua demanda e transformar em um termo a ser dirigido ao juiz]. É uma opção ótima para quem não conseguir atendimento jurídico ou prefere fazer tudo sozinho. Além de mim, outros canais no YouTube estão ensinando como fazer isso”, o advogado comenta.

Mudanças no aplicativo Caixa Tem

Logo no início de julho de 2020, a Caixa Econômica Federal realizou mudanças no aplicativo Caixa Tem para aprimorar os serviços online. Agora, os beneficiários têm a possibilidade de permanecer em uma mesma sessão durante até 72 horas. Isso quer dizer que, no período de três dias, não é necessário fazer login para continuar acessando a plataforma e suas respectivas funcionalidades.

O Caixa Tem estava sendo alvo de reclamação de milhares de usuários, tendo em vista as diversas falhas nas operações e a demora que gerava longas “filas virtuais”. Mesmo após as mudanças realizadas pela Caixa, ainda existem relatos de pessoas que não estão conseguindo fazer o login no Caixa Tem ou que afirmam ter dificuldades na hora de efetuar o pagamento de boletos.

A Caixa Econômica Federal destacou que o aplicativo tem, em média, cerca de 500 mil usuários por hora. Por isso, é possível que ocorram momentos de instabilidade em razão da alta demanda, mas que a ferramenta continua disponível 24 horas por dia. A instituição bancária também divulgou que já foram feitas mais de 1,2 bilhão de consultas em relação ao saldo do auxílio. Além disso, mais de 17,7 milhões de boletos foram pagos utilizando o aplicativo Caixa Tem.

Como funciona o aplicativo Caixa Tem?

O aplicativo Caixa Tem está disponível para smartphones que utilizam sistema operacional Android ou iOS, sendo possível encontrá-lo nas lojas virtuais da Google Play e App Store. Tanto o download quanto sua utilização são operados de maneira gratuita.

Mesmo sem cartão físico, a plataforma fornece recursos de transferências e pagamentos para os beneficiários. O objetivo é de servir como uma maneira simplificada para ter acesso à poupança digital. Por isso, o Caixa Tem funciona como uma espécie de conversa de WhatsApp.

Conforme a Caixa Econômica Federal, todos os beneficiários do auxílio podem usar o cartão virtual Caixa Tem. Confira como você pode gerá-lo para efetuar compras e pagar faturas:

  1. Na tela inicial do aplicativo, toque em “Cartão Virtual”;
  2. Na tela de mensagens, toque em “Usar agora meu Cartão de Débito Virtual”;
  3. Digite a sua senha do Caixa Tem, cadastrada para usar o aplicativo;
  4. Clique na imagem para visualizar as informações geradas (validade e código de segurança).

O que fazer quando o Caixa Tem estiver instável?

  • Verifique sua conexão com a internet: muitas plataformas dão problemas devido à instabilidade de conexão;
  • Atualize o aplicativo: se o Caixa Tem estiver desatualizado, provavelmente ele irá apresentar erros e prolongar o andamento das ações online;
  • Reinicie o celular: às vezes, o próprio dispositivo pode estar sobrecarregado. Então, feche os outros aplicativos e reinicie o celular. Depois, tente acessar o Caixa Tem mais uma vez;
  • Evite horários de pico: logo quando é liberado algum valor, muitas pessoas acessam o aplicativo de uma só vez e isso pode gerar erros. Tente entrar em horário estratégico, no sentido de evitar filas virtuais e problemas de acesso.

Novas funcionalidades do aplicativo Caixa Tem

Atualmente usado para os pagamentos do auxílio emergencial, o Caixa Tem pode se transformar em um banco digital para pessoas com baixa renda. Isso porque a Caixa Econômica Federal pretende ampliar os serviços ofertados, fornecendo microcréditos, seguros e cartões aos beneficiários cadastrados no sistema.

No dia 28 de agosto de 2020, Pedro Guimarães informou que a entrada de pequenos empréstimos já está sendo finalizada. O presidente da instituição bancária disse que o recurso vai disponibilizar microcréditos para os interessados que possuam baixa renda, especificamente na faixa de “R$ 100, R$ 200 e R$ 300”.

As novas funcionalidades do Caixa Tem podem ser uma estratégia para manter os beneficiários do auxílio dentro da base de dados, considerando o período após a pandemia. Até porque ao menos 40 milhões de brasileiros não possuíam contas na Caixa e foram registradas para receber as parcelas do benefício.

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